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A casa de Naja era quase como um palácio enorme: os pais dela eram ricos o suficiente para fazerem parecer a casa de Sea (que por acaso era da realeza) numa casa de campo.

Havia vários anexos nas traseiras da casa que eram pequenas acomodações que os pais dela tinham para os funcionários pernoitarem. A casa dispunha de uma piscina de interior onde os irmãos mais novos de Naja adoravam fazer festas para os amigos e austentavam o que os pais lhes davam.

Max respirou fundo antes de tocar no botão do intercomunicador, já sabia que ia ouvir falar de todos os pormenores e mais alguns sobre um casamento que ele não queria, mas ele não tinha outro remédio senão fazer o que todos queriam.

Naja veio abrir a porta. Quando olhou para Max soltou um suspiro como se não estivesse nada feliz de o ver.

- É sempre bom ver-te também Naja...- comentou ele passando por ela.

- Eles estão na sala de jantar à tua espera.- anunciou ela seguindo-o para dentro de casa.

Era assim um casamento arranjado. Não havia sentimentos no meio, não havia qualquer perspectiva de felicidade naquela união. Naja não o amava. apenas o via naquela altura como a pessoa que lhe ia roubar a liberdade que tinha, embora Max ja lhe tivesse garantido antes que não ia ser assim, mas mesmo assim ela não conseguia confiar nele.

Max entrou na sala de jantar seguido por Naja.

- Bem vindo querido filho!-exclamou o pai de Naja levantando-se para lhe dar um abraço.

-Obrigado por me receber.- respondeu Max abraçando-o.

- Vamos comer, senta-te ao pé da Naja, por favor!

Max sentou-se e reparou que Naja estava sempre a mandar mensagens a alguém e estava a ficar cada vez mais ansiosa.

- Que se passa? - perguntou baixo.

- Não é nada contigo. Ouve o meu pai. Ele quer discutir pormenores do casamento.- sussurrou virando o ecrã do telemóvel para baixo.

- Sabes que eu não quero este casamento tal como tu. Podes ao menos parar de ser tão hostil comigo?- sussurrou começando a ficar farto das hostilidades de Naja cada vez que falavam. Ela pareceu relaxar um pouco, mas o telemóvel não parava de vibrar com as notificações de alguém que a estaria a contactar.

- Vou lá fora.- acabou ela por dizer levantando-se da mesa e levando o telemóvel consigo.

- Ela deve ir tratar de alguma coisa do casamento...- desculpou-se o pai dela.

- Aproveito que ela não está aqui para falar consigo Amin...- começou Max - Você sabe bem que este casamento vai ser sempre de fachada: eu não amo a Naja, ela não me ama e além disso temos vidas muito diferentes. A minha carreira é literalmente filmar bls's e muitos deles teem cenas que não são as mais religiosas, se é que me entende. Ainda hoje posso dizer que estive com a língua dentro da boca de um homem que mal conheço. Não quero dar essa vida a ela. As pessoas são muito maldosas e ela pode vir a sofrer por causa disso.

- Mas podes sempre fazer dramas. não precisas de continuar a fazer bl's...- respondeu Amin ignorando o ponto essencial da conversa.

- Essa escolha terei de ser eu a fazer. Não vai ser você a dizer o que vou fazer com a minha carreira. Os nossos pais até podem ser amigos,mas não quer dizer que eu tenha de acatar as ordens ou sugestões que me derem. O ponto desta conversa é que quero estabelecer um acordo com vocês.

- Que acordo?

- Quero saber quanto é que vocês querem para esquecerem esta promessa de casamento feita entre vocês e os meus pais.

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