A Presa dele

Capítulo 01

Raíssa é uma menina muito bonita que perdeu os pais quando tinha 11 anos de idade. Ela ficou com o tio Júlio, irmão de sua mãe, mas Júlio, digamos, não é flor que se cheire. Ele não é um tio amoroso, nem carinhoso, e muito menos gosta de Raíssa. Cuidava dela porque, como era o tio mais próximo e os outros tios se negaram a ficar com ela, foi imposto a ele ficar com a guarda da menina, pois ela era menor. Como Raíssa tinha uma pensão, seu tio se aproveitou disso para viver uma boa vida, dando a Raíssa apenas o necessário.

Raíssa cresceu e agora trabalha no café, porém pensa em sair da casa do tio. Mas, por gratidão, fica com medo de sair e deixá-lo sozinho, temendo que aconteça alguma coisa e se sentir culpada. Assim, mesmo sendo maior, ela continua morando na casa do tio.

O tio não ligava para ela e a deixou sozinha em casa várias vezes quando ainda era menor.

Mas, nessa agora, ele passou de todos os limites. Júlio fez uma dívida no bar do tio do dono do morro. Seu Nizo começou a discutir com Júlio e mandou chamar seu sobrinho Louco para resolver a situação. Seu Nizo contou toda a história da dívida para Louco, e Louco disse: "Vai pagar agora, pois eu não tenho tempo para isso, não, p*rra."

Júlio começou a tremer e falou: "Eu não tenho dinheiro, mas tenho a garota."

Louco: "Que garota?"

Júlio, a minha sobrinha pode pagar. Ela trabalha em um café chamado Café Real, que fica aqui perto. Ela pode trabalhar para você.

Louco, fala: MM e Litro para irem atrás dessa garota. Se não a encontrarem, Júlio, você vai dando adeus à sua vida,aqui agora.

Louco, tem alguma foto dessa menina?

Júlio, mostra a foto de Raíssa, e Louco sente alguma coisa, mas não quer que os outros saibam.

Louco, olha bem, falou para MM e Litro para não a machuquem, senão vocês estarão mortos. MM e Litro ficaram surpresos, porque Louco os conhece desde criança; são primos e amigos. Também porque Louco nunca tinha agido dessa maneira.

Louco, não pensa, e vão falar para eles.

Do outro lado,

MM e Litro estão à espera de Raíssa, em um carro todo preto.

Raíssa nem imagina o que vai acontecer; estava trabalhando. É uma moça muito educada e gentil com todas as pessoas.

Todos os dias, por ser bonita, recebe várias cantadas, passa por situações bem incômodas, mas ela sabe se defender à altura. Ela termina de atender às mesas e, como já acabou seu turno, vai se trocar. Vêm Amélia e Sônia.

Sônia falou: "Hoje o dia foi osso, muitos clientes abusados e chatos."

Amélia, nem me fale! E você, Raí, não vai falar nada?

Raíssa: Ai, me desculpa, mas eu estou com uma dor de cabeça e estou cansada.

Raíssa se trocou, se despediu e saiu.

Amélia, nossa, a Raí está estranha. Notou que nem quis comer aqui antes de ir para casa?

Sônia, às vezes é porque, como ela falou, está cansada.

Amélia, espero que só seja isso mesmo.

Raíssa estava assim porque seu tio não havia aparecido desde ontem. Ela trabalhou preocupada com ele e, ao sair, não deu nem tempo de Raíssa fazer nada. Dois caras pegaram ela e colocaram no carro preto. Raíssa não teve sorte; não passava ninguém na hora em que a sequestraram, e ninguém viu levá-la para o carro. Quando chegaram ao bar, estava Louco, sentado, com os seguranças deles apontando as armas para Júlio.

Raíssa saiu correndo para falar com o tio.

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