Capítulo 2 Um Novo Melhor Amigo

Felipo...

Como eu disse, morei por quatro anos em Portugal,fiz a minha especialização e agora estou pronto para a volta ao Brasil, para assumir o lugar de CEO na rede de joalherias Matarazzo.

Os meus pais Olga e Cássio são pessoas maravilhosas,o papai nasceu em berço de ouro mas meus avós sempre lhe ensinaram valores e princípios,e que não devemos nos sentir superiores a ninguém.

A rede de jóias é um legado da família do papai,ele conheceu minha mãe quando ela começou a trabalhar como sua secretária.Mamãe conta que foi muito julgada pelas pessoas que insistiam em falar que ela só queria dar o golpe do baú no herdeiro Matarazzo,mas meus avós sempre apoiaram o relacionamento deles e diziam que minha mãe foi a redenção do papai.

Redenção? Sim,pois ele assim como eu era um jovem baladeiro,que não ligava muito para compromissos.Porém, a partir do momento que ele conheceu a mamãe, tudo mudou e os dois cresceram juntos, e expandiram ainda mais os negócios.

Eu e minha irmã somos fruto do amor verdadeiro e forte de um casal, que foi capaz de enfrentar todas as adversidades e permanecer juntos e apaixonados mesmo depois de tantos anos.

Mas vamos lá,durante estes anos que estive em Portugal,conheci algumas pessoas ,tipo "amigos" que hoje sei que eram apenas colegas,e certa noite fui para uma balada,bebi muito e julguei ter tirado a sorte grande ao conhecer Cristina Voguer.

Fala sério, a mulher era maior gostosa,porém aquele tipo lance de só uma foda.Eu como bom galanteador não perdi tempo e parti para a "conquista".

No fim da noite eu estava lá fodendo gostoso aquela mulher loira,do corpo cheio de curvas,os seios firmes de dar água na boca...

O Resultado desta noite? Aí que tá,depois daquela noite a minha vida mudou completamente,pois em um dia a tal Cristina que eu nunca mais tinha visto bateu na porta do meu apartamento e disse estar grávida e o filho era meu.

Impossível,ela só podia estar louca...

Cristina não queria seguir com a Gravidez pois segundo ela sua vida estaria acabada, de início eu concordei com isso mas depois parando para refletir um pouco eu consegui convence-la a não interromper a gestação e estava disposto a assumir minhas responsabilidades como pai se caso o bebê fosse mesmo meu.

Pai?Fala sério,eu estava zero preparado para isso,queria curtir mais minha vida e juventude.

Quando deu o tempo, fizemos o teste de DNA antes mesmo do bebê nascer e sim eu era o pai,combinamos então que depois do parto eu assumiria todas as responsabilidades com meu filho e Cristina seguiria a sua vida.

Quando o Arthur nasceu,tudo mudou completamente:Minha vida,rotina,até abri mão de muitas coisas por ele,porém me senti mais feliz e completo pois ganhei um novo melhor amigo e companheiro.

Meu filho não teve nem a oportunidade de receber leite materno,já que no dia que ganhou alta do hospital a Cristina me entregou o menino sem olhar para trás,a única coisa que ela quis foi uma boa quantia em dinheiro.Uma mãe que vende o filho, realmente não merece receber esse título.

Minha mãe passou um tempo comigo em Portugal e me ensinou a cuidar do meu filho,meu pai também sempre ia como um bom vovô babão. Consegui uma excelente babá para o Arthur que cuidava dele e da casa quando eu não podia,Elina se tornou membro da minha família e eu a trouxe comigo para o Brasil já que ela não tem ninguém além de nós.

Elina já enfrentou e enfrenta muito preconceito por além de ser homossexual,ainda ter o corpo coberto por tatuagens,porém faço o que estiver ao meu alcance para defendê-la.Acreditem,o meu filho não poderia ter melhor babá e eu ganhei outra irmã.