Como Desvendar um Assassinato
Dor
Naquele dia chuvoso eu consegui falar com ela.
Eu a segurei firme pelo braço e a levei em direção a um beco que tinha perto dali.
Emma Hayes
O que aconteceu com você? Porque está assim? O que tinha naquele quarto?
Ela começou a chorar descontroladamente e junto das suas lágrimas gotas de chuva caíram do céu e em meio a isso ela gaguejava numa tentativa falha de contar-me algo.
A puxei para um abraço e esperei pacientemente que ela falasse.
Jully Lewis
E-ele estava lá...
Emma Hayes
Certo certo, mas de quem você está falando?
Rodrigo Lewis
Jully ...o que você está fazendo com a minha filha? Saia daqui não vê que já a machucou o suficiente?
Emma Hayes
Eu a machuquei? Quando? Eu nunca fiz e nem faria isso!
Ele chamou-a e ela foi sem titubear, aparentemente, mas eu vi nos seus olhos que estava com receio ou talvez medo.
Naquela noite eu não dormi, a minha mente não parava de pensar nas suas palavras "E-ele estava lá… ", A sua voz abatida e amedrontada não parava de ecoar na minha cabeça depois de muito tempo eu apaguei e dormi com aquilo na cabeça.
Com isso o meu cérebro entrou no processo de sono REM.
Jully pega a chave do quarto proibido na gaveta ao lado da cama dos dois e logo começou a se direcionar para uma porta preta a cada passo que ela dava de aproximação um cheiro forte de podre invadia as suas narinas quando ela chegou em frente a porta o cheiro era quase insuportável.
Logo ela destrancou a porta e quando abriu o lugar se encontrava totalmente escuro, imediatamente ela acendeu a lâmpada e deparou-se com o chão alagado por sangue no local havia facas, armas, tesouras dentre outras coisas no local e também tinha uma prateleira nela havia muitos potes. Consegui imaginar o que tinha nesses potes? Dentro deles tinha olhos humanos.
Ela aproximou-se devagar com certa dificuldade para poder ler o nome que tinha em um dos potes que continha um par de olhos verdes-claro, o nome que estava virado para trás então ela virou o pote devagar até o que estava escrito poder ser visto com clareza e lá estava escrito "DAMIAN HOPER".
Ellen Hayes
O que foi Emma? Aconteceu algo?
Olhei para minha mãe assustada sem entender o que aconteceu.
Emma Hayes
Não foi nad- aí
Ellen Hayes
O que houve? não está se sentindo bem?
Emma Hayes
A minha cabeça dói, tive um pesadelo horrível.
Ellen Hayes
Acha que pode ir para escola?
Emma Hayes
Acredito que não vou poder ir, eu vou ficar em casa tudo bem?
Ellen Hayes
Claro, vamos tomar café.
Me arrumei ainda pensando no sonho, tomei o meu café da manhã depois de um tempo, decidi que iria à casa dela. Quando cheguei, bati na porta e para minha surpresa quem me atendeu foi ela a minha melhor amiga até aquele momento.
Emma Hayes
Oi, está tudo bem? Como você está?
Perguntei-lhe muito preocupada com a mesma.
Jully Lewis
Não, enquanto você tentar falar comigo nunca vai estar tudo bem.
Abri os olhos surpresa com o que ela me disse.
Emma Hayes
O quê? Porque o que aconteceu?
Jully Lewis
Vou te falar apenas uma vez e espero que você entenda. Nunca mais fale comigo! eu não pretendo continuar sendo sua amiga, não quero mais a sua amizade, quero você bem longe de mim, Entendeu?
Quase sem voz eu respondi.
Nesse dia eu senti a dor de perder uma amizade, Depois desse dia eu só a vi de perto uma única vez.
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