Capítulo 2

...Jade Narrando...

Acordei ouvindo batidas na porta. Passei a mão na cama e percebi que estava sozinha. Então com muito esforço, eu me levantei e fui até a porta, a abrir e cocei os olhos enquanto perguntava:

— Olá…aconteceu alguma coisa?

Na frente da porta havia dois homens altos e fortes, eles tinham cara de poucos amigos e aquilo me deixou nervosa.

— Senhorita Jade, certo?

— S-sim…o que querem comigo?

— Venha conosco em silêncio, se caso não obedecer — Mostra a arma que estava na sua cintura — já sabe o que lhe acontecerá, senhorita!

Engoli em seco enquanto todo o meu corpo tremia, o que será de mim? E o que eu fiz para eles estarem aqui? Suspirei pesadamente e disse, enquanto me afastava da porta.

— Vou só pegar a minha bolsa…

— Não faça nenhuma gracinha, se não eu estouro os seus miolos! — Falou ele, enquanto me encarava com um olhar mortal.

Assenti e fui até a mesa, onde estava a minha bolsa. Peguei ela e saí do quarto. Fui escoltada por aqueles homens até um carro escuro que estava dentro do estacionamento do hotel. Eles mandaram eu entrar no carro e assim eu fiz.

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...Na mansão dos Carter...

— Então, já encontraram ela?

— Sim senhor, agora mesmo está a caminho da mansão.

Ryan girou o seu copo com whiskey, os gelos começaram a bater um no outro fazendo barulho. O olhar frio e escuro do Ryan fez o seu mordomo se estremecer por completo.

— Cadê o Bernardo?

— Está no portão, senhor….

— Mande-o vim aqui.

— Farei isso agora mesmo, senhor!

O mordomo saiu da sala, deixando Ryan sozinho. Ele estava irritado, pois o Antone demorou tempo demais para entregar a garota, tal que ele trocou por míseros dólares. Ryan não precisava comprar a filha de um CEO poderoso, mas quando teve a oportunidade preferiu não a jogar fora.

Ele sairia no lucro, casaria com a filha do Breno, o CEO mais bem visto e invejado por todos, menos por ele, pois ele o admira e não o inveja. Ryan está ciente que não será uma tarefa fácil, já que ele soube que a Jade é muito chata e irritante.

Passando a mão nas têmporas, ele encarou o homem à sua frente. Bernardo estava com o cabelo repartido ao meio e lambido, aquilo quase arrancou um riso dos seus lábios. Porque ele estaria com um penteado tão estúpido?! Ele estava se achando charmoso??

— Bom dia patrãozinho lindo do meu coração! Sentiu minha falta? — Perguntou ele, enquanto soltava um beijinho no ar na direção do Ryan, que desviou semicerrando os olhos.

— Não tomou os seus remédios hoje, Bernardo? — Perguntou aborrecido, arrancando uma revirada de olhos do Bernardo.

— Ryan, é verdade que a sua noiva vai chegar hoje?

Ryan suspirou, estava longe daquela garota ser a sua noiva, pois ele simplesmente a raptou primeiro para assim poder falar a ela sobre o acordo que ele fez com o Antone.

— Ela não é oficialmente a minha noiva ainda, Bernardo. — Confessou num suspiro.

— Certo. Porque me chamou aqui? Eu estava tomando café, sabia?

— E o que eu tenho haver com isso? Eu te pago não é para me servir a hora que eu quiser?

Bernardo deu um sorriso safado, piscou para o Ryan e disse, enquanto cobria o seu corpo com as mãos.

— Aaaah você é tão safado senhor!

Ryan mordeu os lábios com raiva, encarou o Bernardo e disse, enquanto pegava a sua arma:

— Some daqui Bernardo, se não eu juro que meto uma bala nesse seu rabo!

— Tenha calma! Foi só uma brincadeirinha para descontrair. Senti que você estava muito tenso.

Bernardo sentou-se, cruzou as pernas e Ryan soltou um bufado de ódio. Ele havia feito alguma aula para irritar tão bem assim o Ryan?

— Diga chefe, o que o seu escravo precisa fazer por você hoje? — Perguntou a sorri, pois sabia que aquilo deixava o Ryan mais pistola que o normal.

— Quando a Jade chegar, quero que você fique responsável por ela.

— E-eu?!

Bernardo ficou de pé atônito, ele não tinha planos de ficar em casa por muito tempo, já que tinha um esquema marcado com uma ficante.

— Tem mais alguém aqui além de você? — O encara.

— Chefe…eu tenho planos…sou um virgem que precisa ser desvirginado!! — Falou ele, quase chorando.

— Te pago o triplo do salário.

— Que horas ela vem? — Mudou repentinamente de ideia.

Com o passar do tempo, o carro parou na frente do portão enorme e uma buzina foi ouvida, avisando que eles haviam chegado com a garota. Jade estava encolhida no canto do carro, a mesma estava muito assustada e com medo.

— Desça, chegamos ao nosso destino, loirinha. — Falou um dos homens, trazendo a atenção dela para ele.

— O que…irão fazer comigo? Vocês por acaso sabem quem é o meu pai?!

— Haha, não teria esse que não conhecesse o seu pai. Vamos lá, você não vai morrer.

— Como posso ter certeza que não vão me matar?! — Perguntou ela.

— Apenas Desça.

Mordendo os lábios, ela saiu do carro e olhou ao redor para tentar achar alguma maneira de fugir, mas o local estava totalmente seguro devido aos seguranças que havia ali.

— Droga…— Sussurrou ela em descontentamento.

O homem a puxou pelo braço até a porta principal. Jade o encarou enquanto fechava os seus olhos, o braço dela estava machucado devido ao jeito bruto que o Antone o pegou enquanto eles faziam sexo.

— Ei! Você está me machucando!

— Eu não estou agarrando o seu braço com tanta força loirinha. Porque está inventando isso?

— Não estou inventando nada!

Jade estava prestes a chutar o homem na canela, quando uma voz masculina chamou a sua atenção para ele.

— O que está acontecendo aqui? Você não está cuidando direito da nossa convidada, Brutos?!

— Senhor…senhor Bernardo, eu não estou machucando ela, eu não apertei o braço dela, mas ela insiste em dizer que estou!

Jade o encarou puta da vida. Ele teve mesmo a cara de pau de desmentir ela?! Com mais raiva ainda, ela retrucou dizendo:

— Porquê você está realmente me machucando!

— Mas…

O homem tentou argumentar novamente, mas foi proibido de continuar com as suas argumentações.

— Chega Brutos, solte a garota e volte ao seu trabalho. Eu cuido dela a partir daqui.

— Certo. Cuidado para não perder a cabeça, ela é muito teimosa!