A empregada, uma mulher de rosto fechado e olhar distante, me levou para um quarto amplo, mas frio.
A mobília era escura e imponente, como se estivesse em um mausoléu.
A cama, macia, me convidava a descansar, mas a sensação de apreensão me mantinha alerta.
Assim que a empregada saiu, me joguei na cama, enfiando meu rosto no travesseiro macio.
As imagens da minha mãe, da venda, do Enzo... tudo girava na minha cabeça.
Mas o sono me fugiu.
..
Senti um olhar sobre mim, pesado e penetrante.
Abri os olhos lentamente, e lá estava ele.
Ele estava encostado na porta, com os braços cruzados, me observando com uma expressão implacável.
Seus olhos escuros me analisavam como se estivessem lendo meus pensamentos.
Nicolás Hernandez
Você não parece assustada
Valentina Cavalcanti
Eu... eu estou..
* gaguejei, tentando me cobrir com o lençol.
Ele parecia ser pior do que o Enzo. Era uma sensação estranha, mas algo me dizia que o Enzo era um leão, enquanto o Nico era uma cobra.
Nicolás Hernandez
Não finja,Eu sei que você tem medo
Valentina Cavalcanti
Por favor, me deixe ir.
Nicolás Hernandez
Você está aqui para ficar, E vai aprender a obedecer
Valentina Cavalcanti
Eu não quero obedecer
Valentina Cavalcanti
Eu só quero ir para casa
Nicolás Hernandez
Casa?
Nicolás Hernandez
haha
Nicolás Hernandez
Sua casa não existe mais
Valentina Cavalcanti
O que você quer de mim?
Nicolás Hernandez
Você vai descobrir
*ele disse, se levantando e se aproximando da porta.
Nicolás Hernandez
Mas prepare-se, Valentina.
Ele saiu do quarto, deixando a porta entreaberta, e me encarando por cima do ombro, como um predador observando sua presa.
Eu não sabia o que me esperava, mas sabia que não seria nada bom. Eu estava presa, em uma jaula de ouro, com dois monstros como carcereiros.
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