Os Dowel's
Numa pequena casa, aos redores da cidade de Luton, vivia a família Dowel.
Uma família de três membros.
O pai. A mãe, e o filho deles, Jaime.
O pai era um músico fracassado, que largou tudo após sofrer um golpe de uma gravadora e virou gerente de uma armazém na cidade.
A mãe, uma mulher que não estava preparada para largar os próprios sonhos de ser Atriz, e cuidar do filho.
James nasceu de duas pessoas que Fracassaram ao seguirem os seus sonhos.
E ele, também séria um fracasso, afinal, o mundo funcionava daquela forma.
Eles não eram ricos, longe disso, na verdade, tinha vezes que não havia nada do que comer em casa.
E hoje não seria diferente.
James voltou da escola, com a alça da mochila rompida, o uniforme já velho e desbotado,agora sujo de terra, e o cabelo no mesmo estado.
Assim que entrou, viu a sua mãe sentada no sofá da sala, passando esmalte no pé, a casa estava completamente desarrumado, e a pia da cozinha cheio de louça para lavar.
Eloíse Dowel
Ainda bem que chegou, vê se dá um jeito naquela cozinha, antes que o seu pai volte, acabei de passar esmalte, não vou estragar-los fazendo faxina. - Dita sem olhar para o Filho.
Eloíse era uma mulher vaidosa, gostava de se cuidar, e ter o melhor da vida.
Mas engravidou no auge da sua carreira, sendo afastada pela indústria do cinema.
Desde então, a mulher faz de tudo para recuperar o que lhe foi tirada dela pelo filho, segundo ela mesma.
Ao não obtiver respostas, a mulher levantou o olhar para a porta.
Eloíse Dowel
Estou a falar com- O que aconteceu com você?! - Diz a olhar o Estado do filho.
James Dowel
Eu briguei na escola. - Responde num sussurro.
Eloíse Dowel
Tks. Se não sabe nem se proteger, e ainda gosta de arranjar briga, vai morrer apanhando. - Vira o rosto. - Vá toma um banho, e vê se lava esse cabelo, já falei pro Charles te levar num barbeiro para tirar esse ninho da cabeça!
James Dowel
- Abaixa a cabeça, e sobe para o segundo andar da casa.
O garoto trancou-se ali, até ouvir o seu pai chegar.
Eloíse Dowel
- Bate na porta. - Acorda garoto, desce logo para o jantar! - Vira e sai.
Mesmo não querendo, James sabia precisar ir, não havia comido nada desde o jantar do dia anterior, porque não havia comida.
Então levantou da cama, e saiu do quarto, caminhando até a cozinha.
A louça na pia não estava mais lá, provavelmente o pai dele é que lavou.
Charles Dowel
Olha só, se não é o meu garoto. - Sorri.
James Dowel
- Se aproxima e abraça o pai. - Oi pai.
Charles Dowel
Olha só o que eu trouxe. - Abre a sacola e tira três marmitas.
A marmita era arroz de cenoura, hambúrguer, feijão e duas salsichas.
James Dowel
- Puxa a cadeira e senta na mesa.
Eloíse Dowel
- Entra na cozinha e vê a marmita. - Isso de novo?! - Diz irritada.
Charles Dowel
É a única coisa que posso comprar agora, Eloíse. - Explica.
Eloíse Dowel
Tks. - Pega a bolsa no sofá.
Charles Dowel
Está a ir para onde? - Pergunta mais alto para que a outra ouvisse.
Eloíse Dowel
Comer fora, cansei de comer porcaria. - Bate a porta e sai.
James estava de cabeça baixa, o tempo todo.
Charles Dowel
Ei,olha, tem mais para nós. - sorri.- E trouxe mais uma coisinha. - Puxa uma garrafa de coca cola.
James Dowel
- Sorri de volta. - Obrigado.
Charles Dowel
Mas então, o que aconteceu na escola? - Começa a comer.
Eloíse havia o contando o Estado em que o garoto chegou em casa.
Charles não era muito presente na vida de James, devido ao seu trabalho, e Eloíse viajava muito.
O principal motivo pelo qual os dois brigavam tanto.
Mas o alfa tentava fazer parte da vida do filho, para que este não se sentisse tão só.
James Dowel
Não foi nada. - diz sem olha-lo.
Charles Dowel
Hm. Sabe filho, as vezes, mesmo que queiramos muito proteger nossas ideias, violência nem sempre é o melhor caminho . - Explica.
Charles Dowel
Nesta vida, você tem que ser egoísta com as coisas importantes para você, é principalmente com você mesmo, caso contrário, alguém mais egoísta do que você irá pegá-lo de si. - Diz a pensar longe.
Os dois entraram num silêncio na casa.
James Dowel
Pai... Eu quero fazer faculdade. - Diz baixo.
James Dowel
Não, eu falei com a condenadora, ela disse que as minhas notas, estão ótimas para tentar uma bolsa, mas tem que pagar a Inscrição. - Olha para o Homen.
James percebeu a expressão de derrota na cara do pai.
James Dowel
Mas está tudo bem se o senhor não poder. - termina de comer e levanta.
Charles Dowel
Eu vou conseguir, vou trabalhar mais, e então estuda mais, está bem? - Diz sorrindo.
James Dowel
- Sorri. - Está bem.
Como sempre, recebendo papéis na sua mesa e piadas dos outros estudantes.
O garoto estava focado no seu livro, e na tarefa dada pela professora, então tentava ignorar os estavam a fazer.
A sua atenção foi tirada do livro, quando ouviu o seu nome vindo da porta da sala.
Lá estava a senhorita Katarina, a Secretaria da diretora, uma mulher de vinte poucos anos, loira, e com sorriso falso parecendo sempre estar feliz.
"É melhor trazer as suas coisas"
James Dowel
- Arruma tudo na mochila e levanta.
James o acompanha, ouvindo o som do salto desta batendo contra o piso de madeira da escola.
E o barulho escoava pelo corredor vazio.
Ao chegarem na sala, ela abriu a porta para o James entrar.
A dita diretora, estava de pé, olhando pela janela.
...
Há, senhor Dowel. - Vira para o menino. - Recebemos uma ligação da sua mãe, ela disse-me que o seu pai se encontra hospitalizado, devido a uma parada cardíaca.
James Dowel
- Olha para ela assustado.
...
O senhor está dispensado das aulas por hoje. - Finaliza.
James Dowel
Obrigado. - Sai a correr.
James foi para o Hospital mais próximo, O Hospital Sta. Marie.
Assim que chegou, viu a sua mãe sentada num dos bancos de espera.
James Dowel
Onde ele está?! - Pergunta desesperado.
Eloíse Dowel
Na sala de cirurgia. - Diz sem olha-lo.
James não sabia dizer por quanto tempo.
Mas quando vieram chamá-los por uma das enfermeiras, fora o primeiro a levantar.
Foram conduzidas por um corredor branco, até chegarem em frente à uma porta escrita "Restrito."
De lá saiu um médico, ainda com a roupa da cirurgia.
？？？
Eu lhes dóu meus pêsames, fizemos tudo que estava ao nosso alcance, a situação do paciente já estava muito avançada.
James sentia tudo girar a sua volta.
A cor das paredes misturada com a luz Branca pareciam mais cintilantes que o normal.
O cheiro a álcool puro e remédio embriagavam os seus sentidos.
Nada estava a fazer sentido
Eloíse Dowel
O que... O que ele tinha? - Diz receosa.
？？？
O senhor Dowel sofria de insuficiência cardíaca do Ventriluco esquerdo, a aproximadamente três meses, ele foi trazido para as pressas, pois teve uma insuficiência respiratória.
？？？
No entanto, ele recusou-se a ser internado, e pelas descrições médicas, também não seguiu o Conselho de tomar os remédios prescritos de forma adequada. - Explica calmamente.
Cada palavra dita por aquele médico, deixava James mais abalado, como assim o seu pai estava doente?
Ele sabia, e mesmo assim não fez o tratamento, porquê?
Foi então que a conversa que teve com o pai a três meses, veio a sua mente.
Charles Dowel
Eu vou conseguir, vou trabalhar mais, então estuda mais, está bem? - Sorri.
A Voz do médico o tirou do seu devaneio.
？？？
Mais uma vez, meus pêsames. - E vai embora.
James Dowel
- Sente as lágrimas descendo.
Eloíse Dowel
Isso é culpa sua! - Olha para o filho com raiva nos olhos. - Desde que nasceu, só me trouxe problemas, estragou tudo da minha vida.
A mulher saiu dali chorando.
Aquelas palavras doeram mais do que James gostaria.
O enterro do seu pai foi algo simples, de família, apenas ele e a mãe foram.
E mais umas dez pessoas, entre amigos e colegas de trabalho do seu pai.
Todo o dinheiro que o seu pai veio a juntar para ajudá-lo com a adesão à faculdade, foi usada para o funeral, e para pagar as contas do hospital.
Parecia haver voltado tudo a estava zero.
Ele e a mãe viviam no automático.
James passou a comer na escola, ou em centros comunitários, Eloíse sumia por semanas, e do nada voltava com alguma comida, roupas ou sapatos para o garoto.
E está rotina durou só nove meses, antes daquele fatídico dia.
James estava a voltar para casa, aquele fora seu último dia aulas, antes de entrar para as férias de Natal e ano novo.
Fazia muito frio pelas ruas, e mesmo que ainda não tivesse nevado, chovia bastante fazendo o ar muito húmido.
Assim que se aproximou da casa, percebeu as luzes acesas pela janela.
Sabia que aquilo significava que a sua mãe voltara.
Abriu a porta com as chaves e entrou, não planeava falar com a mulher, e o seu objetivo era ir para o quarto e se trancar até que está fosse embora.
Contudo não aconteceu como planeava, pois assim que chegou no segundo degrau da escada, escutou a voz da mãe o chamando da por da cozinha.
Eloíse Dowel
James! - Diz a sorrir falsamente. - Porque não vem cumprimentar, faz tempo que não nos vimos.
Ao olhar para a cozinha mais atentamente, James percebeu haver outra sombra, e já entendeu o que estava a acontecer ali.
A sua mãe trouxera outra para casa novamente, e estava a fingir ser uma boa mãe.
James não usou questionar.
Até porque, da última vez que fez isso, ficou quase duas semanas sem comer, além de água e bolachas vencidas que haviam na casa.
James Dowel
- Desce da escada, vai até esta e a abraça.
Eloíse Dowel
Coloca um sorriso nessa cara, e se usar me envergonhar, eu mato-te.- Sussurra entre dentes.
James Dowel
- Se afasta da mulher e olha para a cozinha.
Eloíse Dowel
Ed, este é o meu filho, James, e James, este é o Edward, o meu noivo. - Diz feliz, mostrando o anel no dedo anelar.
Pouca coisa tirou alguma expressão além do indiferente do menino nos últimos meses, mas aquela notícia, aquela o assustou.
Comments
Nick-chan
o pior que é vdd
2025-06-08
0
Nick-chan
tadinho
2025-06-08
0
•Alan💍•
continuaaa
2024-11-18
0