Capítulo 5: A Jornada Para a Harmonia
O sol mal havia surgido no horizonte, pintando o céu com tons de laranja e rosa, quando Oliver despertou. Ele se espreguiçou, apreciando a calma do amanhecer antes que os outros acordassem. A casa, gentilmente oferecida pelos aldeões em agradecimento pela derrota do dragão, era simples, mas acolhedora. A presença de Yuki, Yami e Nevinha a tornava ainda mais especial.
Nos dias que se seguiram à transformação de Nevinha, Yami permaneceu grudentamente próxima a Oliver, temendo que a nova integrante pudesse afastá-lo dela. Contudo, a determinação de Oliver em manter a harmonia entre todos começava a surtir efeito.
Yuki, sempre a mediadora, conseguia perceber as tensões e fazia o possível para amenizá-las, criando atividades que uniam todos e fortaleciam os laços. A pequena Nevinha, com sua natureza curiosa e carinhosa, logo se adaptou à vida com seus novos protetores, desenvolvendo um carinho especial por cada um deles.
Os dias no vilarejo eram repletos de tarefas para a reconstrução das casas e plantações. Oliver, mesmo não sendo um guerreiro poderoso, dedicava-se com afinco a ajudar os aldeões, ganhando seu respeito e admiração.
— Oliver, você pode nos ajudar a levantar esse muro? — perguntou um aldeão, acenando para uma pilha de pedras que seria usada para reconstruir uma casa.
— Claro, estou a caminho! — respondeu Oliver com um sorriso, já se preparando para a tarefa.
Enquanto isso, Yuki e Yami usavam suas habilidades divinas para acelerar a recuperação do vilarejo. Yuki, com sua luz curativa, restaurava plantações e curava feridos, enquanto Yami manipulava as sombras para realizar tarefas pesadas, como mover escombros ou reforçar estruturas.
Nevinha, ainda se acostumando à sua forma humana, ajudava como podia. Sua agilidade e força residual de dragão eram úteis para subir em telhados e entregar materiais aos trabalhadores. E sempre que podia, ela procurava estar perto de Oliver, fascinada pela sua determinação e bondade.
— Oliver, olha! Eu consegui levar todas as telhas para o telhado! — disse Nevinha, orgulhosa de sua contribuição.
Oliver sorriu, passando a mão carinhosamente pelos cabelos verdes da garota.
— Excelente trabalho, Nevinha! Você está se saindo muito bem.
Essa harmonia crescente entre todos não passava despercebida por Yami, que começava a se sentir menos ameaçada e mais parte de uma família unida.
Com o vilarejo se recuperando rapidamente, os aldeões pediram a Oliver e suas esposas que investigassem a Floresta Encantada nas proximidades. Rumores diziam que a floresta escondia um antigo templo com um artefato mágico capaz de proteger o vilarejo de futuras ameaças.
Preparando-se para a jornada, Oliver, Yuki, Yami e Nevinha partiram ao amanhecer, adentrando a floresta densa e misteriosa. O ar era fresco e carregado de fragrâncias de flores e plantas exóticas.
— Tenham cuidado, esta floresta é cheia de surpresas, — alertou Yuki, sentindo a energia mágica ao redor.
Caminharam por horas, enfrentando trilhas íngremes e rios sinuosos. Nevinha, apesar de sua idade, demonstrava coragem e destreza, mantendo-se ao lado de Oliver e participando ativamente das discussões sobre o caminho a seguir.
— Acho que estamos perto, — disse Yami, apontando para uma área onde a vegetação parecia menos densa e uma estrutura de pedra começava a aparecer.
Ao se aproximarem, encontraram o templo antigo, coberto por musgo e vinhas, mas ainda majestoso em sua arquitetura. A entrada era guardada por duas estátuas de dragões, cuja semelhança com a antiga forma de Nevinha era inegável.
— Parece que encontramos nosso destino, — disse Oliver, com determinação.
Entraram no templo, explorando corredores escuros e câmaras misteriosas. Yuki usava sua luz para iluminar o caminho, enquanto Yami mantinha uma aura de sombras protetoras ao redor do grupo.
Ao chegarem ao coração do templo, encontraram o artefato: um cristal brilhante flutuando sobre um pedestal. Antes que pudessem se aproximar, uma voz ecoou pelas paredes.
— Quem ousa entrar no meu domínio? — a voz era profunda e reverberante, emanando de um espírito guardião que surgiu diante deles.
— Viemos em busca do artefato para proteger nosso vilarejo, — explicou Oliver, sem mostrar medo.
O espírito guardião, uma figura imponente de luz e sombra, olhou para cada um deles. Reconhecendo as deusas e a essência dracônica de Nevinha, ele assentiu.
— Provaram ser dignos. Levem o cristal, mas lembrem-se, seu poder só funcionará se houver verdadeira harmonia entre vocês.
Com essa advertência, o espírito desapareceu, deixando o caminho livre para o artefato. Oliver pegou o cristal com reverência, sentindo sua energia pulsar.
De volta ao vilarejo, foram recebidos com júbilo. Os aldeões, ao saberem do sucesso da missão, organizaram uma grande celebração. O cristal foi colocado no centro da praça, irradiando uma luz protetora que envolveu o vilarejo em um manto de segurança.
— Vocês salvaram nosso vilarejo novamente, — disse o líder dos aldeões, emocionado. — Nunca poderemos retribuir o suficiente.
Durante a celebração, Yami, ainda com seu habitual toque de ciúmes, permaneceu próxima a Oliver. Porém, ao ver a alegria no rosto de Nevinha e o carinho entre todos, sentiu uma onda de aceitação e compreensão. Ela começou a relaxar, aceitando a presença de Nevinha como uma parte essencial de sua nova família.
Yuki, sempre perceptiva, notou a mudança em Yami e sorriu, aproximando-se dela.
— Vejo que finalmente encontrou paz, Yami, — disse Yuki, tocando suavemente o ombro da Deusa das Trevas.
Yami suspirou e sorriu de volta.
— Acho que sim. E você está certa, Yuki. Esta família... é mais do que eu poderia ter imaginado.
Oliver, observando suas esposas e Nevinha interagindo em harmonia, sentiu uma profunda gratidão. Ele sabia que sua jornada estava apenas começando, mas com Yuki, Yami e Nevinha ao seu lado, qualquer desafio poderia ser enfrentado.
A festa continuou até tarde da noite, com risos, música e danças. Os aldeões, agora seguros sob a proteção do cristal, celebraram não apenas a vitória, mas também a união e a força que vinham da verdadeira harmonia.
Os dias seguintes à celebração foram de tranquilidade e trabalho árduo. Oliver, Yuki, Yami e Nevinha se integraram ainda mais à vida do vilarejo, ajudando na reconstrução e fortalecendo os laços com os aldeões.
Uma manhã, enquanto tomavam café da manhã, Nevinha olhou para Oliver com curiosidade.
— Oliver, o que vamos fazer agora? Já salvamos o vilarejo. Há mais aventuras por aí?
Oliver sorriu, apreciando a empolgação da jovem.
— Sempre há mais para descobrir, Nevinha. Este mundo é vasto e cheio de mistérios. E com vocês ao meu lado, sinto que podemos enfrentar qualquer coisa.
Yuki assentiu, concordando com o entusiasmo de Nevinha.
— Existem muitos lugares que precisam de ajuda e muitos segredos que ainda não foram revelados. Devemos continuar nossa jornada e ver onde o destino nos leva.
Yami, agora mais confiante e segura sobre seu lugar na vida de Oliver, olhou para ele com um brilho determinado nos olhos.
— E, claro, sempre juntos. Não importa o que enfrentemos, enquanto estivermos unidos, seremos invencíveis.
Com essa nova determinação, o grupo começou a planejar suas próximas aventuras. Souberam de um reino distante que estava sendo ameaçado por forças sombrias e decidiram partir em direção a ele, prontos para oferecer sua ajuda.
A viagem até o reino distante exigia que atravessassem a temida Montanha dos Ventos, conhecida por suas tempestades violentas e trilhas traiçoeiras. Muitos viajantes evitavam essa rota, mas Oliver e suas companheiras estavam determinados a seguir em frente.
— Precisamos nos preparar bem, — disse Oliver, estudando um mapa da região. — As tempestades aqui são imprevisíveis.
Yuki, com seu poder de luz, poderia criar uma barreira protetora contra os ventos ferozes, enquanto Yami usaria suas sombras para guiar o caminho através das trilhas mais perigosas.
Nevinha, empolgada com a nova aventura, praticava seus poderes residuais de dragão para ajudar na travessia.
No dia da partida, os aldeões se reuniram para se despedir
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Atualizado até capítulo 25
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