A noite do jantar na mansão de Megam e Adan trouxe um misto de excitação e apreensão para Silvana. A casa era uma obra de arte arquitetônica, com seus altos tetos, escadarias de mármore e lustres de cristal. A decoração refletia riqueza e poder, mas também um gosto impecável que Silvana só podia imaginar ter sido influenciado por Megam.
Ao entrar na mansão, Silvana foi recebida por Adan, cujo sorriso misterioso não escondia o olhar calculista. Ele parecia estar sempre um passo à frente de todos ao seu redor, observando, analisando.
— Bem-vinda, Silvana. É um prazer tê-la em nossa casa
— disse Adan, apertando sua mão com firmeza.
— Obrigada, Adan. É bom estar aqui — respondeu Silvana, sentindo um frio na espinha ao olhar nos olhos penetrantes de Adan.
A sala de jantar era magnífica, com uma longa mesa de madeira escura, coberta por uma toalha de linho branco e arranjos de flores frescas. A comida servida era uma combinação de pratos sofisticados, que variavam de frutos do mar a carnes exóticas, acompanhados por vinhos caros. A refeição em si era uma obra-prima culinária.
— Silvana, você precisa nos contar mais sobre sua vida na cidade grande — pediu Megam, enquanto passava uma travessa de camarões.
— Sim, adoraria ouvir sobre suas aventuras — acrescentou Adan, com um brilho nos olhos que sugeria mais do que mera curiosidade.
Silvana sentiu o peso das expectativas ao seu redor. Havia muito que ela não queria compartilhar, segredos que preferia manter escondidos.
— Foi uma experiência interessante, com certeza. Trabalhei duro, fiz amigos, mas no final das contas, senti falta da tranquilidade daqui — disse ela, escolhendo cuidadosamente suas palavras.
Jack, sentado do outro lado da mesa, parecia particularmente interessado. Ele era jovem, com um ar de ambição que era quase palpável. Seus olhos brilhavam enquanto ele ouvia cada palavra de Silvana.
— Cidade grande deve ser fascinante. Já pensou em voltar? — perguntou ele, inclinando-se ligeiramente para frente.
— Talvez um dia. Por agora, estou feliz aqui — respondeu Silvana, tentando desviar o foco.
A noite prosseguiu com conversas triviais e sorrisos educados. Silvana percebeu que estava sendo cuidadosamente observada por todos na mesa. Havia algo mais em jogo, algo que ela ainda não conseguia entender completamente. As dinâmicas entre os presentes eram complexas e cheias de subtexto.
Jasmini, a filha de um influente empresário local, era outra figura intrigante. Ela exibia um comportamento calculado e sedutor, lançando olhares furtivos para Adan sempre que ele não estava olhando. Silvana não podia deixar de notar a tensão entre Jasmini e Megam. Era sutil, mas presente.
Quando Oliver finalmente chegou, sua presença trouxe um alívio imediato. Ele era o oposto de seu irmão. Gentil, com um sorriso fácil e um coração generoso, ele iluminava a sala com sua energia positiva.
— Silvana! — exclamou Oliver, abraçando-a com genuína alegria. — É tão bom ver você!
— Oliver! Estou feliz em vê-lo também — respondeu Silvana, sentindo um calor no coração.
Enquanto a noite avançava, Silvana começou a perceber as dinâmicas complex
As entre os presentes. Havia uma tensão palpável entre Adan e Jack, e Jasmini não parava de lançar olhares furtivos para Adan. Algo estava acontecendo, e Silvana sentiu que estava prestes a ser puxada para o centro de uma rede de intrigas.
Adan observava tudo com um olhar penetrante, como se estivesse constantemente avaliando cada movimento e cada palavra dita. Silvana não podia deixar de sentir que havia uma espécie de jogo em andamento, um jogo cujas regras ela ainda não conhecia.
Após o jantar, os convidados se retiraram para a sala de estar, onde foram servidos café e licores finos. O ambiente era confortável, mas a tensão no ar era inegável. Silvana sentou-se em um canto, observando os outros conversarem. Megam parecia estar ocupada demais tentando ser a anfitriã perfeita, mas havia algo em seus olhos que indicava uma preocupação subjacente.
— Então, Silvana, o que exatamente a trouxe de volta ao Vale das Orquídeas? — perguntou Jack, sentando-se ao lado dela com um sorriso inquisitivo.
— Precisava de uma mudança de cenário — respondeu Silvana, tentando manter a resposta vaga. — A cidade grande pode ser exaustiva.
— Entendo — disse Jack, ainda sorrindo. — Mas você não parece o tipo de pessoa que fugiria de um desafio.
Silvana sorriu de volta, mas não respondeu. Havia mais verdade nas palavras de Jack do que ele poderia imaginar. Ela realmente não era do tipo que fugia de desafios, mas a complexidade de seu passado era algo que ela não estava pronta para discutir.
Oliver aproximou-se com duas taças de vinho e entregou uma a Silvana.
— Pensei que poderia gostar de um pouco mais de vinho
— disse ele, com um sorriso caloroso.
— Obrigada, Oliver — respondeu ela, aliviada pela interrupção.
— Jack, você não acha que já fez perguntas suficientes por uma noite? — disse Oliver, com uma leve provocação na voz.
Jack riu e levantou as mãos em sinal de rendição.
— Tudo bem, tudo bem. Vou parar de interrogá-la por agora.
Oliver e Silvana continuaram conversando, e Silvana sentiu-se grata por ter alguém em quem confiar naquele ambiente cheio de tensão. Eles falaram sobre memórias de infância, pessoas que conheciam e como a cidade havia mudado ao longo dos anos. A presença de Oliver era reconfortante, e ela começou a relaxar um
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Atualizado até capítulo 73
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