Elenion saiu sem nenhuma escolta. Apenas com a sua espada, arco e flechas.
Aria avisou a mãe que iria sair. A mesma ficou feliz por saber que a filha finalmente sairia novamente.
Aria brincou com as outras fadas antes de ir ao local combinado. Quando ela percebeu que o sol já iria começar a chegar no Palácio. Ela voou até a saída dos reinos. Elenion, estava escondido com o cavalo. E viu quando ela chegou. Aria começou a olhar para todos os lados. Quando virou novamente para a sua direita, Elenion vinha se aproximando.
_ Majestade. _ disse ela ao curvar-se.
_ Aria meu amor. _ Elenion a beijou. _ Não sabe como sofri com a sua ausência. Não faça isso novamente por favor.
_ Entende o que precisa enfrentar para que possamos ficar juntos? _ perguntou ela, se afastando um pouco.
_ Por você Aria, eu enfrento qualquer coisa. Eu a amo, e não sabe como me alegraram aquelas palavras. Hoje mesmo tomarei providências, quero estar casado com você o mais rápido possível. _ Elenion a abraçou com cuidado, para não machucar as suas asas.
Aria abraçou ele pela primeira vez. E o seu coração acelerou muito mais.
_ Vamos sair do campo, vamos encontrar um lugar, onde possamos conversar. _ disse Elenion, ao segurar e beijar a mão dela.
_ Vamos, alguma das fadas deve andar por aqui daqui a pouco. É a vez delas fazerem a ronda. Eu sei onde podemos ir. Consegue me acompanhar? _ disse ela sorrindo e abrindo as asas.
_ Por que não vamos juntos? você monta comigo, e não precisa se cansar. _ disse ele estendendo a mão para ela.
_ Outro dia, hoje não. _ Aria não se distanciou muito, para que ele pudesse acompanha-lá.
Eles foram até uma caverna. A princípio parecia escura, mas havia uma claridade que vinha do alto.
_ Como sabe desse lugar? _ perguntou Elenion curioso.
_ Eu vim aqui com as minhas irmãs algumas vezes. O sol bate apenas nessa parte. A água é fria, nunca aquece esta sempre gelada. _ disse ela arrumando um lugar para sentar.
_ Então por quê vem aqui? Não combina com você. _ disse ele observando a caverna.
_ A noite aqui é mágica. É tão lindo quando posso ver o reflexo da lua sobre a água. Esse é o motivo. _ disse ela, enquanto arrumava o vestido para sentar-se sobre a pedra.
_ Mas garanto que não é tão lindo quanto você.
Elenion sentou-se próximo a ela. Segurou a mão dela, beijou, e entrelaçou os dedos.
_ Esse será o primeiro dia de muitos que ficaremos juntos. Estou disposto a qualquer coisa para poder ficar com você. _ Elenion a beijou novamente.
Aria perguntou sobre a família dele. Como eram os pais dele? de um modo geral e específico, ela fez perguntas aleatórias conforme as respostas.
Esse foi o primeiro encontro deles.
Diariamente eles se encontravam no mesmo lugar. Aria para não ser descoberta brincava um pouco em cada lugar com as fadas.
Elenion não precisava justificar as suas saídas. Mas começou a levantar suspeitas, ainda mais depois do pedido que fez ao conselho. Anulação da lei que proibia um elfo de casar com qualquer outra espécie. Elenion batia na mesma tecla diariamente. Até chamarem a rainha das fadas para conversar com ele.
_ Rei Elenion, os seus conselheiros pediram a minha ajuda. Eles me informaram sobre o seu pedido de mudar as leis. _ disse ela pausadamente, e com uma tranquilidade.
_ Eu pedi, e exijo que isso seja mudado. Eu não quero passar por cima do conselho, mas se for preciso, eu farei. _ disse Elenion, tentando se conter. Estavam nesse empasse há muito tempo.
_ Sabe por quê essa lei existe?
_ Sei, mas os demais podem fazer isso.
_ Mas os demais não tem uma linhagem real. Você precisa manter essa linhagem, era o que seu pai iria querer.
_ Eu não me importo de não ter uma linhagem pura. Eu só quero viver a minha vida ao lado da pessoa que eu escolhi para amar.
_ Então essa decisão é porquê se apaixonou? entre uma paixão e as suas obrigações como rei, escolha o seu povo. A paixão passa, e você encontrará alguém para ser sua companheira. Alguém do seu povo.
_ Não é paixão, eu amo ela desde o primeiro momento em que a vi. Meu coração se enche de alegria somente em vê-la feliz, a sua doçura, a delicadeza, não saberia medir um amor que não cabe no meu peito. Apenas sei que quero, e desejo mais que tudo passar a vida inteira ao lado dela. Eu sei as minhas obrigações com o reino. Não as deixei de lado. Mas não me peça para abandonar o amor, eu não saberia viver sem ela. Nunca amou na vida? _ pergunta ele sem medir nenhuma palavra.
_ Não Elenion, eu cumpri as minhas obrigações com o meu povo. E da mesma forma que fiz isso, minhas três filhas darão continuidade. O amor não está em questão. Não podemos ter esse luxo. Agora pare com essa bobagem de querer mudar as leis, e cumpra com o seu papel como rei.
_ E se fosse uma das suas filhas? Se uma delas tivesse se apaixonado por alguém de outra espécie. Diria o mesmo a elas. Diria para viverem uma vida infeliz ao lado de alguém que elas não amam? prefere ver elas infelizes?
_ Elenion minhas filhas sabem das obrigações delas. Sabem que não há o que questionar. Terão as mesmas obrigações que eu tive, com ou sem amor. Isso será uma escolha delas.
_ Isso é cruel, se sabe o que é viver sem amor, por quê deseja o mesmo para elas?
_ Quando elas tiverem filhos, encontraram o amor. Nada melhor que o amor de um filho.
_ E por quê não ter os dois. O amor de um marido, e de um filho.
_ Como disse antes, a escolha será delas. Agora pare com isso, escolha uma esposa, antes que o conselho faça.
_ Eu já escolhi, e não vou ser infeliz porquê vocês querem decidir por mim.
_ Não queremos decidir por você. Apenas faça o que é certo. Não terá problemas apenas com o seu conselho, ou com o seu povo. Terá problemas com o outro lado também. E nesse momento, você melhor do que ninguém sabe, não é uma boa hora para travar uma batalha. Pense nisso.
A rainha saiu do Palácio. Elenion manteve a sua decisão de acabar com aquela lei.
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Atualizado até capítulo 118
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