Capitulo 2

Rio de janeiro.

Terça-feira às 7:20 da manhã!

Melissa:

Julia - Mel, acorda...por favor amiga...vamos nos atrasar.

Lembra? Tudo vale a pena pra conhecermos Maldivas.

Então levanta dessa cama.

Esfreguei meus olhos e a claridade que atingiu meu olhos, quase me cega!

O meu pesadelo veio à tona, presa nessa casa com esse cara escroto.

Hoje já é terça-feira.

Já faz mais de uma semana que eles me fizeram de refém, achei que poderia voltar pra minha casa, pra minha vida...pro meu trabalho, meus amigos.

Mais não! Esse cara perturbado vai me matar, eu sinto isso, só tô viva porque ele precisa de mim.

Minha vida tava tão tranquila na segunda-feira passada, era só mais uma noite na faculdade, uma noite que mudou minha vida.

Levantei do coxão e fui direto pro banheiro.

(...)

Assim que cheguei perto do grego percebi que ele já estava acordado.

Depois que conversamos e falei meu nome pra ele, ele me tratou mais mal ainda.

Só queria minha casa,minha cama.

Melissa - Hora do seu remédio.

Grego - Se arruma aí caralho, os menor tá chegando, hoje nois vai vazar.

Fechei os olhos, depois olhei diretamente pro olho dele.

Grego - Que foi porra? Tá me encarando porque?

Melissa - Olha só grego, eu já ajudei vocês, juro que não conto nada pra ninguém,eu finjo que nunca vi vocês, só me deixa ir pra minha casa? Por favor.

Ele levantou, tava até mancando ainda...mas o corpo rígido e cara dele fechada não estava me deixando pensar em mais nada,a não ser que ele ia acabar com a minha vida hoje.

Grego - Tú, viaja de mais mina.

Ele chegou bem perto da minha boca,olhou nos meus olhos e depois prós meus lábios...fiquei nervosa e virei o rosto.

As mãos dele apertaram meu queixo.

Grego - Melissa, melissa...se tú soubesse onde tú cê enfio...se soubesse o caminho de quem tú cruzou, eu não tô pá brincadeira, você não vai por em risco a minha vida e dos meus aliados... não mesmo, é melhor tú fica na tua, e vir comigo sem me encher a porra da paciência.

Ele ainda estava segurando forte meu maxilar.

Não sei o que me deu, mas eu dei um tapa forte na mão dele, que apertou mais ainda minha boca,mas agora ele queria machucar, era visível isso.

zoio- Aí,tô entrando...

Ele soltou meu queixo assim que entrou 4 caras dentro da casa.

Gaspar - Porra Grego, negócio foi sinistro em? Tem nem noção da porra que ficou maré sem você esses dias.

Maré?será?... não pode ser.

Melissa - Com Licença, vou pegar minhas coisas.

"Minhas coisas" eram só três peças de roupa que arrumaram pra mim.

(...)

Nesse momento estamos em um carro todo preto, eu e grego estamos atrás, e tem dois caras na frente.

Todos em silêncio,total silêncio.

Quando chegamos em frente ao morro,o tal morro dele, me invadiu várias recordações, tudo que eu mais queria esquecer, veio novamente na minha cabeça...

Melissa- Você é dono desse morro?

Ele só confirmou balançando a cabeça pra mim,mas ainda estava de cara fechada.

Grego - Bora caralho,desse.

Eu acho que parei no tempo olhando a subida desse morro, eu lutei tanto, batalhei tanto pra sumir daqui, pra mostrar que eu era mais que isso, porque estou aqui de novo? Porque justo aqui? Porque, justo com o Wallace? Justo ele.

Será que ele se lembra de mim? Não, tenho certeza que não...

Ele puxou minha mão com uma estupidez, quase me fazendo cair em frente a uma casa enorme.

Melissa - Grego...

Grego - NÃO PORRA! NÃO ENCHE CARALHO.

Abaixei a cabeça e acompanhei os três até dentro da casa.

Fiquei parada admirando tudo,mas tenho certeza que estou dando passos em direção a forca.

Grego - Sobe, você fica no primeiro quarto à esquerda.

Nem me liguei que ele tava falando comigo.

O amigo dele chegou perto de mim e falou mais baixo.

Gaspar - Aí, na boa mina...ele tá puto,melhor tú subi, vamos ver o que vamos fazer com você.

Olhei pra ele com os olhos cheios de lágrimas, na esperança de ter uma salvação.

Melissa- Por favor, eu preciso ir embora...

Grego - JÁ DISSE FILHA DA PUTA, TÚ NÃO VAI PORRA!

Me assustei e subi correndo as escadas.

Entrei no quarto que ele disse, tava bem claro e tinha uma cama enorme, sem nem pensar, bati a porta com força, e me joguei na cama.

Melissa - Eu preciso fazer alguma coisa, preciso fugir daqui.

Levantei e olhei pela janela,muitos vapores armados por volta da casa.

Melissa- Missão impossível.

A porta atrás de mim se abriu, um homem moreno passou por ela.

Xxxxx- E aí?

Me encolhi na cama.

Ele veio um pouco mais perto de mim.

Xxxxx- Relaxa porra,vou fazer nada pá tú não.

Fala aí? Pode me chamar de caveira.

Continuei calada.

Caveira- Tô sabendo o que o babaca do meu irmão fez,se precisar de ajuda pá Fugir, amanhã tem churrasco para comemorar a volta dele, nois da um jeito e você mete o pé.

Estreitei os olhos pra ele,e fiquei olhando assustada pra ele, não confio em ninguém desse lugar.

Caveira - Sério, pô.

Melissa - E porque você me ajudaria a fugir?

Caveira - Acho que ninguém é obrigado a pagar por nossos erros, né não?

Será que ele é diferente deles?

Ele chegou um pouco mais perto de mim e passou a mão na minha perna, eu me esquivei...

Ele foi chegando mais perto,a respiração dele tava bem próxima do meu rosto,as mãos dele começou a se deslizar pelas minha coxas.

Quando eu pensei em gritar, a porta foi aberta e o Grego passou por ela.

Grego - Qual foi caveira? Se afasta dela.

Caveira - I ala, qual foi em grego...a mina tava dando mó mole pô, tu nunca ligou de dividir buceta comigo, irmãos pô, qualé vamo dividir essa aqui pô,a mina tem dois buraco caralho...até três né não safada?

Comecei a chorar, grego veio caminhando em passos largos até a gente,mas ainda sim mancando.

Vi ele apontando a arma na nossa direção.

O irmão dele levantou e saiu com as mão erguida pra cima.

Grego ficou me olhando chorar,estava me sentindo inútil, só queria ir embora,ou que ele me matasse logo.

Abaixei minha cabeça entre meus joelhos.

Senti a presença dele ainda aqui no quarto,o mesmo babaca de anos atrás, só que agora ele tem poder nesse morro, e se sente o dono do mundo.

Tive a impressão dele se aproximar e esticar a mão,mas se afastar logo em seguida,e sumir do quarto.

(...)

Horas se passaram, ele veio aqui me mandar pegar minhas coisas,porque ele tinha arrumado um barraco pra mim,mas que eu ia tá sendo vigiada o dia todo, qualquer vacilo meu eles tinha ordem pra atirar em mim.

Nem tenho como opinar,só estou sendo cobaia desse crime que eles cometeram.

Desci a escada pro babaca do Grego me levar pro tal barraco, mais quando pisei na entrada da sala vi que tinha uma menina abaixada de frente pró pênis dele, na verdade ela tava com ele na boca, quando eu virei meu corpo pra sair da sala escutei ele gemendo...e logo em seguida me chamar.

Não, isso não...esse cara tá cheio de ponto,qual o problema dele?

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