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*Allya

Acordo cedo e já faço minha higiene e tomo banho, desço pra tomar café e vou encontrar com Érika e Amanda para irmos a ong das crianças da matilha, assim que chego na porta elas pulam em cima de mim eufóricas e o motivo vocês já devem adivinhar kkkkkk

Érika - Me conta agora que história é essa de você ser companheira e do alfa, e você não contou nada pra gente sua ingrata.

Amanda - Desculpa amiga o Jorge acabou me contando e eu surtei e contei pra ela kkkkkkk.

Allya- Tá tudo bem eu já imaginava que vocês fossem reagir assim kkk, mais é verdade mesmo gente.

Elas gritam e pula como loucas na porta da ong, as pessoas passam e ficam olhando e eu estou um pimentão de vergonha kkkkk

Érika -Me conta vocês já dormiram juntos? Ele é realmente tudo que falam sobre ele na cama?

Allya- Não Érika não dormimos juntos.

Reviro os olhos com a pergunta dela.

Amanda- Érika acho que a Allya precisa conhecer o alfa primeiro né, afinal eles agora tem a vida toda pela frente.

Fico pensando nisso, de fato minha vida agora será ao lado do alfa.

Érika - Aí gente, pela deusa vocês focam muito em conhecer, isso você faz com o tempo kkkkkk

Allya- Vamos entrar que minha vida sexual não tem que virar assunto na porta da ONG kkkkkk

As meninas vem atrás de mim como duas tagarelas pra saber tudo sobre mim e o Derek, conto algumas coisas enquanto vamos organizando a sala para as crianças virem fazer as pinturas, até o evento vamos vir todos os dias pra organizar a parte do bazar que vai ficar as pinturas. Aqui são deixada as crianças que perderam suas famílias ou que foram rejeitadas, tem que crianças de todas as idades, até adolescentes, o alfa faz um bom trabalho ajudando e cuidando dessas crianças, assim como toda a matilha tem obrigação de ajudar também,sempre gostei de crianças e de certo modo de identifico um pouco com essas crianças. São 15 crianças que vivem aqui, algumas tem sorte e são adotadas, e as outras quando atinge a maior idade são direcionadas a fazerem cursos profissionalizantes para ajudar na matilha, assim como nas outras matilhas também tem seus espaços de apoio. O evento de primavera arrecada fundos não só para as matilhas mais também para ongs e instituições de caridade por todo mundo, já que não podemos contribuir de forma direta com a sociedade, é claro que vivemos em união com os humanos mais isso não quer dizer que somos bem aceitos na sociedade.

Estamos entretidas ajudando as crianças a pintar quando a Cláudia responsável pela ong e que cuida das crianças vem trazendo uma nova menininha.

Cláudia - Olá gente, essa é Pietra, ela veio de uma cidadezinha no interior, diz oi Pietra esses são seus novos coleguinhas.

Cláudia Dias

Pietra Donovan

Pietra se esconde atrás da Cláudia e as outras crianças ficam observando.

Pietra- Tia Cláudia, não quero ficar aqui.

Ela começa a chorar e abraça a Cláudia, sinto uma pontada no peito. Vou até ela e me abaixo.

Allya - Oi Pietra me chamo Allya, você gosta de desenhar?

Ela me olha um pouco acuada e apenas concorda com a cabeça.

Allya- Bem a gente tá fazendo umas pinturas bem lindas pra ajudar no evento de primavera da matilha, você quer ajudar também? Você pode me dizer o que gosta de desenhar e a gente pinta juntas, o que acha?

Ela limpa os olhinhos cheios de lágrimas e solta as pernas da Cláudia e me encara.

Allya - Você quer conhecer o restante do pessoal?

Ela olha em volta e ver as crianças pintando e brincando, ela suspira e me olha.

Pietra- Eu quero.

Dou um sorriso e Cláudia me encara, eu sei que ela foi a última parceira de bruma do Derek e pela cara dela com toda certeza já sabe que eu e ele somos companheiros.

Cláudia - Bem vou deixar ela aqui com você e vou ver com o alfa o restante das coisas da Pietra.

Allya- O Derek tá aqui?

Ela me encara dos pés a cabeça com certeza notou que não chamei ele de alfa.

Cláudia - Sim o alfa está aqui, afinal ele trouxe a garota.

Ela se vira e me dá as costas, levo Pietra até às crianças que logo fazem amizade.

Érika - Amiga seu alfa gostosão está aqui se você quiser ir lá eu não vou achar ruim kkkkkk.

Allya- Não Érika não é como se eu tivesse que viver colada a ele, e outra ele está aqui a trabalho assim como eu.

Amanda- Eu vi como a Cláudia te tratou, ela tem que te respeitar Allya, afinal você é nossa luna.

E a realidade desse título pesa sobre mim agora e eu fico desconfortável, me levanto e vou juntar alguns pincéis e tintas que as crianças deixaram espalhados.

Allya- Aí gente para com isso, não é como se eu fosse mudar da noite pro dia, eu sou a mesma Allya simples de sempre.

Sinto um nó se formar em minha garganta, é claro que gosto do Derek, na verdade mais até do que achei ser possível gostar de alguém na minha vida, sinto um sentimento de angústia vindo dele e isso faz meu coração ficar acelerado, logo se transforma em raiva e escutamos alguns gritos vindo do escritório da Cláudia, fico assustada e me aproximo da sala mais paro antes de entrar quando escuto a conversa

Cláudia - Você sabe que eu posso te satisfazer meu alfa, estivemos juntos por duas brumas, não é possível que você tenha esquecido das nossas noites quentes por conta de uma vadia qualquer.

Derek - Cala a sua boca Cláudia, tenha mais respeito com minha companheira ela é a minha luna, e se tem alguém que vai passar a bruma comigo daqui pra frente é ela.

Derek fala irritado e não posso deixar de dar um sorriso tímido com o que ele fala, resolvo me afastar e voltar pra sala das crianças, Érika e Amanda me olhando mais digo pela conexão da mente que falo depois, estou distraída observando as crianças quando escuto uma voz grave vindo da porta da sala.

Derek- Boa tarde crianças.

Eu e as meninas olhamos em direção a porta, e ele me encara, as crianças gritam e pulam de felicidade por ver ele ali, diferente das crianças e adolescentes da matilha que aprendem o ofício para se apresentar adequadamente ao alfa aos 18 anos, as crianças da ong tem toda a atenção dele, afinal estão aqui sem família sem ninguém, e ele as resgata de um triste fim. Ele fala com as crianças e eu fico rindo, a Pietra está em seu colo, vejo que ela confia nele.

Derek- Vocês poderiam me emprestar a tia Allya um minutinho?

Elas dizem que sim e eu dou um sorriso tímido, me levanto e vou até ele que me encara dos pés a cabeça.

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