CAPITULO 4
Bom, se você continuar calada, vou aceitar como um sim!.- o rapaz se desencosta da moto e vai andando em direção a Brianna.
A menina estava completamente perdida nos seus pensamentos, a forma em que ele se deslocava indo até ela, com aquele sorriso estampado em seu rosto, a deixava tão... Atraída ou irritada?!
Não… Nem se atreva a dar mais um passo, ou eu vou gritar!.- Brianna começa a se afastar, apontando o dedo para ele.
O homem para, mas seus olhos a encaram profundamente. A luz do sol começa a dar clareza na beleza daquele ser. Brianna fica novamente sem reação nenhuma, ele era alto e formoso. Por mais que estivesse com todos aqueles trajes, a menina imaginava o quão musculoso ele era, ela tinha certeza disso apenas por observar o grande tamanho dele e suas mãos! Sim, Brianna tinha um certo fetiche por mãos e bundas de homens! Ela sentia tanto tesão por isso, que quem não a conhece dizia que ela nem era mais virgem.
Sem o capacete, ela analisou seu rosto, cabelos escuros da cor da noite, seus olhos castanhos e barba mediana. Brianna não sabia mais em que pensar! Se ficava a manhã toda o admirando ou se corria de uma vez para dentro de casa.
Ei, maluca! Você quer ser atropelada?.- Um rapaz dentro do carro grita enfurecido e buzina sem parar. Brianna estava bem no meio da avenida, onde tinha fluxo médio de automóveis.
Ai, seu bastardo de merda! Porque não vai tomar no…- O homem da moto se irrita e grita com o rapaz do carro, mas Brianna não o deixa terminar a frase.
Desculpe! Me desculpe, eu já estou saindo.- Brianna sai apressadamente daquela pista. O homem passa cantando pneu, ela havia ficado tão assustada que não tinha reparado que o rapaz da moto estava bem próximo a ela.
Você está bem? Por que não deixou eu esculhambar aquele idiota?.- Ele pergunta um pouco alterado. Estavam tão próximos um do outro que Brianna jurou sentir algo entre eles por um instante, pois a mesma logo se afastou confusa.
Eu estou bem! E por favor, não incomode mais aqui na minha rua!.- ela fala um pouco autoritária e tremula pela presença dele. Por mais que ela soubesse que aquele homem não a temeria, Brianna não queria demonstrar invulnerabilidade naquela situação.
Bom, isso vai ser um pouco difícil! Amanhã estarei aqui, inaugurando minha oficina bem ali, naquele galpão!.- ele aponta para o local, e logo aquele sorriso cresce em seus lábios quando ele olha o brilho de Brianna indo embora.
Ela começa a se beliscar, para ver se estava sonhando, ou até mesmo tendo um pesadelo! Infelizmente, não era nada fictício, mas sim, tudo real!
O homem lhe encarava com as sobrancelhas arqueadas, sem entender o que ela estava fazendo. Brianna suspira fundo e olha para o chão. E depois, ela volta sua atenção para o homem.
Quer saber, vá à merda!.- Ela solta um dedo do meio para ele e corre para dentro de casa.
A menina se encosta na porta, esperando que ele venha bater e rebater a sua atitude louca de agora pouco, mas nada acontece! Apenas o barulho da moto sendo ligada, a mesma corre até a janela e o observa escondida por detrás das cortinas. Ele estava em cima da moto e olhando para a direção da casa de Brianna. O homem começa a acelerar a moto, não demora muito e o mesmo vai embora.
Eu estava achando que você tinha sido sequestrada e que fui uma péssima amiga por voltar para casa sem você!.- Luana aparece na sala, seu semblante era de quem havia chorado recentemente. - Não faça mais isso comigo! Não quero morrer cedo de infarto. - A garota anda até Brianna e a abraça.
Meu Deus, como a cachaça deixa você sem juízo, em garota.- Brianna começa a rir do drama da amiga.- Você comeu? Deixei pão de queijo com suco para você.
Como eu iria comer se estava rodando essa casa atrás de você?.- Luana faz bico para a amiga.
Afs! Vem, vamos comer. Precisamos se arrumar e tentar fazer a mamãe sair de casa.- Brianna sai arrastando a amiga até a cozinha.
Brianna serve Luana e a espera comer. Assim que ela finaliza, as duas subiram até o quarto para se arrumarem. Prontas, elas vão em direção ao quarto de Ísis para tentar convencer a mesma de sair um pouco de casa.
Por favor, tia! Vamos passear pela praça, tomar um sorvetinho?.- Luana se ajoelha em frente à tia.
Ei, se levanta! Parem já com isso!.- Ísis repreende. - Eu sei que vocês querem muito que eu me divirta um pouco, mas acabei de tomar meu remédio e o sono está chegando, minhas meninas! Quem sabe outro dia?.- ela propõe.
Todo dia é isso, mãe!.- Brianna suspira.
Me perdoem! Eu só quero dormir um pouco tá?!.- Ísis se deita na cama, pega seu cobertor e se cobre.
As duas ficam por um momento ali, paradas.
Vamos, Lu! Não tem jeito!.- Brianna sai do quarto da mãe, bastante arrasada e com os olhos cheios de lágrimas. Ela nem espera pela sua amiga e sai correndo em direção à porta, sua vista já estava embaçada pelas lágrimas que não se seguraram mais. Aos prantos, ela abre a porta e corre. Mas, um grande peitoral e braços fortes a seguram, impedindo que ela corra sem direção alguma para a avenida.
Está querendo ser atropelada, Barbie?.- O homem da moto pergunta.
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Atualizado até capítulo 58
Comments
Fátima Ribeiro
eita.
ele não tinha saído?
2024-05-01
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