A caminho de Atlanta

Aquelas palavras parecem que atingiram o Rick de algum modo, bom, eu pelo menos acho.

- Aonde você irá agora? - Pergunto.

- Para minha casa, preciso saber se meu filho e minha mulher estão bem, quer vir comigo? Não acho que seria bom uma criança ficar sozinha. - Ele me responde depois pergunta.

- Eu irei com você, mas saiba que sei me cuidar muito bem, estou sozinha desde que tudo começou. - Digo indo até ele.

- Okay, então vamos e não saia perto de mim, Anna. - Ele diz me olhando meio sério, como se não acreditasse muito no que eu disse.

- 💭 Quem ele acha que é, eu salvei a vida dele e acha que manda em mim!? hrum sacanagem, bom, pelo menos ele parece ser uma pessoa de confiança, mas não estou pronta pra dizer que os zombies não me atacam, irei esperar um pouco. - Penso.

Bom, só assenti com a cabeça e o segui deixando meus pensamentos para trás.

Quando chegamos na casa do Rick ela estava completamente abandonada, e muito organizada como se ninguém tivesse entrado, ele correu por todos os cômodos gritando pela sua mulher e filho, enquanto eu procurava algo que poderia ser útil para matar ou enlatados para comer.

- Conseguiu achar eles? - Eu pergunto mesmo sabendo a resposta pelo seu olhar.

- Não. - Ele disse meio desapontado.

Enquanto eu arrumava minhas coisas ele saiu da casa, depois de eu ouvir um tiro sai correndo e vejo um menino pequeno talvez da minha idade com uma pá na mão e um homem mais velho indo até ele, olho pro chão e vejo o Rick caído, quase desmaiando.

Destravo minha arma enquanto vou correndo até o Rick e quando chego aponto minha arma para eles, minha primeira impressão sobre eles já não foi boa.

- Que merda que vocês fizeram com ele. - Digo olhando para eles com uma feição de raiva.

- Ele é seu pai? Desculpe, meu filho achou que era um zombie. - Ele disse escondendo seu filho atrás dele, como se estivesse o protegendo.

- Zombies não falam. - Eu digo.

- Vamos levar ele para minha casa e o ajudar, mas por favor abaixe sua arma e não atire. - O homem disse.

Abaixo a arma e a coloco no meu coldre, não a travo porque ainda não confio neles, fomos até a casa deles e o homem que eu ainda não sei o nome disse que iria mexer no ferimento dele.

Enquanto ele mexe nos ferimentos eu o observo até ver um curativo, o homem me olha como se estivesse perguntando o que era aquilo mas eu não sabia também.

- 💭 Eu nem reparei que ele está ferido, será que é uma mordida? Acho que não, se não ele já teria virado um zombie. - Fico me perguntando.

- Ele vai ficar bem? - Pergunto com um tom um pouco preocupado.

- Seu pai irá ficar bem logo, logo. - Ele diz.

- Ele não é meu pai. - Digo.

- Pensei que era, porque você está acompanhada dele. - Ele disse.

- Tudo bem, qual é seu nome? - Eu pergunto ao homen.

- Me chamo Morgan, e você, garotinha? - Ele responde e pergunta de volta.

- Anna Taylor, e não me chame de garotinha, não gosto. - Digo.

Eu saí do quarto, para observar um pouco a casa, e depois vou em direção ao quarto em que o Rick está, quando estou quase chegando perto, ouço eles conversando, então paro e encosto na parede para ouvir um pouco da conversa.

- O que foi a ferida? - Morgan pergunta para Rick.

- Foi um tiro. - Rick diz.

- O que mais? Responda. - Morgan pergunta com um tom autoritário.

- Um tiro não é nada? - Rick diz.

- Olha eu pergunto e você responde, okay? Como cortesia, certo. - Morgan diz.

- Diga, você foi mordido, ou tem algum arranhado, algo do tipo? - Morgan pergunta ao Rick em um tom ameaçador.

- Mordida? Não, eu só levei um tiro. Só um tiro até onde eu sei. - Rick o responde.

- Olhe só, veja como é afiada, se tentar alguma coisa, eu te mato com ela e não duvide disso. - Morgan diz em um tom sério e ameaçador.

Entro ao ouvir isso e vejo que ele está com uma faca em frente ao rosto do Rick.

- E se você tentar  matar ele, eu irei fazer o mesmo com você, ou melhor, com seu filho. - Eu digo para o Morgan em um tom sério e um pouco ameaçador.

Ele me olha um pouco surpreso pelo que eu disse e corta as cordas que ele tinha prendido o Rick por precaução, ele chama seu filho e saem do quarto avisando que estariam lá embaixo.

Depois de um tempo eu e o Rick déssemos as escadas e fomos até onde eles estavam, sentamos-nos na cadeira e depois das preces que o mais novo pediu para o pai, começamos a comer, Rick e o Morgan até que conversaram um pouco na hora que estávamos jantando, mas nada que seja ameaçador.

Depois de um tempo, eu fui dormir, estava bem cansada, mas acordo assustada com um barulho vindo de lá fora.

- O que está acontecendo!? - Pergunto meio assustada.

- Não é nada importante, é só o carro da última esquina, acho que um zombie topou nele, não é a primeira vez que isso acontece. - Morgan diz.

Apagamos as luzes e fomos na janela ver como estava lá fora, estava cheio de zombies pelas ruas e no carro que ainda fazia barulho, depois de um tempo olhando a criança também foi olhar e começou a chorar, não entendi o porquê na hora, mas depois o homem contou um pouco sobre a história deles, tinha uma mulher zombie lá fora, era a mãe dele, sinto muito por ele, depois de um tempo ela começou a tentar abrir a porta, e o Rick foi lá olhar, Deus de um tempo ele voltou e todos nós começamos a dormir.

No outro dia, acordamos e arrumamos nossas coisas, fomos até a casa do Rick em busca de uma chave, ele ainda tinha esperança que sua família estava viva porque todas as fotos em família não estavam mais lá, me pergunto por que alguém levaria fotos para um apocalipse, bem que eu peguei só uma, mas pelo jeito essa mulher pegou um monte.

Depois do Rick ter pegado a chave, fomos até a delegacia, lá tinha chuveiros com água quente, um sonho, faz tempo que não banho ,e também tinha um monte de armas, banhei e pegamos as armas dividimos, depois saímos e nos despedimos do Morgan e seu filho, estamos indo para a Atlanta agora, o filho do Morgan disse que lá teria um lugar seguro e cheio de mantimentos, estávamos com esperança que tudo desse certo lá e talvez, até acharemos a família do Rick.

- 💭estou ansiosa para os conhecer e tentar ajudar eles ao máximo, queria que minha mãe estivesse aqui. - Penso.

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