mas é um pão duro .

após aquele homem maldoso ir embora , desço a escada apavorada, ela está com a perna sangrando devido ao tiro que levou , que homem maldito , mas é um pão duro do caralho com o dinheiro todo que ele tem , parece que mil e quinhentos reais irão fazer falta na conta bancária dele .

vamos mãe no hospital, precisamos fazer uma cirurgia para retirar essa bala da sua perna — digo muito assustada e preocupada com ela .

não preciso de ajuda, principalmente vindo de você sua inútil, esqueceu que fui enfermeira ? Pode voltar para o seu quarto e me deixe em paz — Anastasia fala com nojo de mim e se afasta .

Mesmo chateada com o que acabo de escutar, ainda insisto em levá -la no hospital, tento levantar ela , mas a mesma me empurra e acabo caindo sentada no chão .

Porra mãe , a senhora também não me ajuda , gastei as minhas últimas economias pagando a sua dívida e mesmo assim tenho uma sensação de que não vai parar de fazer dividas — digo já chateada com ela .

Gastou porque quis , não pedi para pagar nada para mim , sabia que te odeio deveria ter te matado quando nasceu o seu pai foi embora e me deixou por sua causa — Anastasia fala me machucando outra vez .

Fico triste e resolvo deixa ela no seu lugar, subo as escadas aos prantos e entro no meu quarto, deito na cama e choro.

Porque ela faz isso ? Deve me odiar porque o meu pai teve que nos abandonar ? Ele poderia ao menos ter dito o verdadeiro motivo assim facilitaria as coisas para mim , não teria que conviver com isso .

Tomo um banho e coloco uma roupa casual, pego a minha bolsa e saio vou numa pizzaria estou com fome e não sinto nenhuma vontade de comer nessa casa com a minha mãe aqui dentro .

Escuto os gritos de dor , antes de sair vou na cozinha e vejo a minha mãe retirando a bala da perna , e o chão todo sujo de sangue , um dia ainda irei sair desse inferno e terei a minha própria casa .

Ela me olha feio e continua retirando o resto do projétil , saio deixando ela sozinha na cozinha , vou caminhando , pego o meu celular e mando uma mensagem para a Polina , peço para me encontrar na pizzaria .

não percebo nenhum movimento anormal enquanto ando na rua sozinha, vejo alguns caras parados na esquina são traficantes é gente aqui em Moscou também tem tráfico de drogas .

Na pizzaria sento na cadeira, pego o cardápio e faço o pedido , olho para trás para ver se vejo a Polina mas tudo que consigo ver é um carro preto parado , sinto um arrepio tenho a impressão de está sendo vigiada .

Polina não demora a chegar , ela me dá um susto danado quando se aproxima e grita fazendo todos olharem para nós duas .

Amiga a sua louca! Estão todos nos olhando que susto — digo enquanto solto uma gargalhada alta

Ah ! Desculpe , foi sem querer , tento resistir mas vi , que estava tão concentrada que acabei lhe dando um susto mesmo assim , e aí tudo bem ? — Polina sorri e senta do meu lado .

aí amiga estou péssima , briguei com a minha mãe novamente — digo chateada.

Polina coloca a mão em cima da minha e aperta forte , ela seca as minhas lágrimas e me dá um abraço.

Calma amiga ! Sabe que pode ir morar comigo lá em casa , os meus pais são tranquilos — Polina fala tentando me acalmar.

Sabe que não gosto de incomodar, vai dar muito trabalho amiga , e além do mais os meus problemas vão para a sua casa também não quero incomodar — digo enquanto seco as lágrimas.

O garçom se aproxima com o meu pedido e arrumo o prato na mesa .

Sabe quando cheguei do trabalho hoje , encontrei um homem armado em casa , era o mesmo cara que vi na lanchonete mais cedo , aquele homem é perigoso Polina — digo enquanto dou uma mordida na pizza .

Mentira ! Meu Deus sério ? Quem iria imaginar o que ele estava fazendo lá ? — Polina pergunta curiosa.

Tomo um pouco da cerveja que havia pedido para molhar a garganta e volto a falar com a poli.

Sabe que a minha mãe é dependente química né ? então a minha mãe estava com uma dívida de mil e quinhentos reais com aquele cara , e o pior é que ele é um pão duro , o cara é podre de rico e está fazendo questão de mil e quinhentos reais — digo indignada com isso .

Isso é uma sacanagem amiga , teve que tirar das suas economias para pagar uma dívida que nem é sua — Polina fala um pouco chateada.

Termino a minha refeição enquanto continuo a conversa com a Polina, contei tudo para ela, inclusive o que a minha mãe fez e disse depois de tudo que aconteceu.

amiga sei que mudamos a conversa, mas de qual homem estava falando ? — Polina me pergunta depois de várias coisas que havia falado .

Sabe aquele homem , que a Tatiana queria atender ? um homem de tatuagem, que disse para mim dentro do balcão , que ele estava me olhando ? então é ele — digo fazendo a Polina se lembrar .

Ela abre a boca mostrando surpresa com o que acaba de saber .

O carro preto não saiu do lugar em momento nenhum , fico um pouco preocupada não sei quem pode está ali dentro , será que é aquele louco ? Querendo terminar o que começou ? não digo nada para a Polina para não preocupar ela .

peço mais uma bebida , estou muito chateada com essa situação e preciso extravasar um pouco , poxa a minha vida tem sido só porrada quando algo de bom acontece vem uma coisa e destrói com a minha felicidade.

amiga, nesse final de semana vamos numa boate ? precisa distrair um pouco — Polina me olha com um olhar de cachorro pidão.

Ah ! Amiga vou passar , quero sair daquela casa o mais rápido possível, não dá para conviver com a minha mãe naquela situação — digo enquanto termino de saborear a minha bebida .

pago a conta e despeço da minha amiga , ela me oferece uma carona mais recuso prefiro andar um pouco vai ser bom .

No caminho o carro preto para bem na minha frente, fico assustada e tento correr, mas os homens são rápidos, eles pegam-me e jogam no carro.

Calma ! Yulia, sou eu de novo o Nikolai estava observando, você com a sua colega voltei para lhe pedir para não contar a ninguém sobre o que aconteceu na sua casa mais cedo — Nikolai fala em um tom ameaçador .

Que porra ! Quer de mim ? já não tem o seu dinheiro ? Agora quer o meu silêncio ? Se não contar a ninguém, vai me deixar em paz ? — digo já nervosa com ele .

Ele pega no meu pescoço e aperta forte nesse momento sinto que vou morrer , o céus o que fiz ? Para merecer isso ? Agora vai vir uma ameaça.

Se não contar a ninguém sobre o que viu , lhe deixarei em paz ! O certo era ter matado a sua mãe mas queria o dinheiro , então vai me garantir que não contará nada a ninguém — o Nikolai fala quase encostando a sua boca, na minha sinto o seu hálito quente .

Pego na sua mão grande , e tento tirar do meu pescoço sinto que estou ficando vermelha igual um pimentão.

Tudo bem ! não contarei a ninguém , só quero que me deixe em paz — digo concordando com ele .

O mesmo solta o meu pescoço e me deixa na porta da minha casa, desço um tanto assustada quando entro não vejo a minha mãe com certeza está na rua usando as suas porcarias .

Fecho a porta rapidamente ! E vejo o carro se partindo da janela da sala , esse cara é louco, solto um suspiro de alívio e vou para o meu quarto troco de roupa e deito na minha cama sem sono , ligo a televisão.

Coloco um filme para ver, escuto vozes vindo da sala é da minha mãe com mais uma, mas é de homem não acredito nisso, ela trouxe homem para dentro de casa de novo? Não acredito a vontade é de descer lá embaixo, mas sei que se fizer isso será uma grande confusão aqui novamente.

Desligo a televisão e fico ouvindo o que se passa e o que ela irá vender dessa vez , mas dessa vez é diferente , escuto apenas gemidos e sinto um enjôo forte e levanto indo no banheiro do meu quarto vômito a bebida e a pizza toda no vaso .

Limpo a boca e dou descarga , os gemidos vai aumentando e cada vez mais me incomoda pego o travesseiro e coloco na cabeça na tentativa de abafar e até que funciona , amanhã tenho certeza que a sala estará cheio de camisinha, preciso sair daqui o mais rápido possível e sair disso tudo .

O sexo deles se estende e vai ficando chato , com raiva abro a porta e desço as escadas quando a minha mãe me vê se assusta o homem é um velho barbudo que toma um susto e se veste rápido .

Que diabos quer agora ? Yulia não ver que está me atrapalhando ? Vai embora volta para o seu quarto sua intrometida — Anastasia fala vindo na minha direção brava .

estão me incomodando com esses gritos ,preciso dormir para trabalhar cedo a senhora não tem vergonha de fazer essas coisas dentro da sua própria casa ? — digo indignada com ela .

não sinto vergonha nenhuma , teria que ter vergonha de transar na rua , agora vai embora — Anastasia fala me empurrando .

Subo as escadas indo para o meu quarto revoltada, deito na cama e coloco o travesseiro na cabeça e acabo dormindo.

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