“Eu vivi e morri de uma forma miserável, sempre fui acompanhada pelo azar desde o dia do meu nascimento até o dia da minha morte”
“Na minha vida anterior, eu fui achada nas ruas quando era recém nascida, mas logo fui adotada por um casal que havia perdido a filha deles por um acidente, mas acho que minha presença não foi o bastante para amenizar a dor da perda e quando eu fiz dois anos, o casal se suicidou”
“Me transferiram para um parente próximo deles que era um casal bondoso de idosos, mas ao realizar seis anos, ambos morreram em um acidente de carro”
“Então deram minha guarda ao outro parente da família, que por sua vez era uma mulher viúva que tinha quatro filhos, ela não era uma pessoa ruim, mas vivia ocupada trabalhando e cuidando de nós, mas infelizmente ela faleceu de pressão alta, então eu e os filhos delas fomos viver com outro parente, isso quando eu tinha doze anos”
“Esse por sua vez era um jovem professor, ele aceitou cuidar de nós com alegria e compaixão, ele era bem carinho e atencioso, sempre cuidou muito bem de nós, mas infelizmente morreu ao ser assaltado, isso quando eu tinha quatorze anos, logo após isso, eu e as crianças fomos ao orfanato”
“Fiquei no orfanato até completar a maioridade, e as crianças já aviam sido adotadas, então eu decidi seguir minha vida e prometi a mim mesma que viveria da melhor forma possível, mas não consegui manter a promessa”
“Eu consequentemente sofria abusos verbais e assédio no trabalho, e quando completei vinte e três anos, decidi que tinha que mudar, mas não quando decidimos mudar alguma coisa, não sabemos por onde começar, foi quando olhei para frente e vi uma luz em minha direção, pensei que talvez fosse um sinal, um sinal que tudo iria ficar bem, mas era a luz do farol de um caminhão, que me atropelou e me fez morrer”
“Acho que já deu, minha vida azarada finalmente chegou ao fim, acho que agora poderei conhecer a paz”
“Mas assim que abro os olhos…”
“Olho em volta e vejo que estou em um lugar totalmente desconhecido”
“Avisto um espelho e corro até ele, e não acredito quando vejo o meu reflexo nele”
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