Capítulo 3

Tudo desmoronou naquela noite... Meus sonhos,minha vida,tudo acabou naquele dia,21/07/2021 nunca me esquecerei dessa data,foi nela que eu perdi a única coisa que importava pra mim,foi nela que eu perdi minha mãe...

Jake: Dona Ana "eles" já estão aqui na cidade,vieram pra acerto de contas e se a senhora não pagar o que deve,ele virão atrás de você e do seu filho

Ana:Jake Pelo amor de Deus, me dê mais alguns dias,prometo que vou pagar tudo que devo!

Jake: Isso não depende de mim dona Ana,sou um mero peão,a senhora se meteu com quem não deveria,Parallax não tem pena de ninguém é a organização mais poderosa dessa cidade e uma das maiores do país, não posso te ajudar

Minha mãe se tornou uma viciada em drogas,e para piorar ele comprava drogas da organização Parallax,a organização criminosa mais perigosa da cidade e uma das maiores do país, e quem fazia negócios com Parallax e não cumpria sua parte sofria as consequências e foi isso que aconteceu com minha mãe....

Era meu aniversário de 17 anos,minha mãe estava animada e eu mais angustiado que nunca

Ana:Vamos sair Filho! Hoje é um dia especial, saia dessa cama!

Martin: Mãe a senhora sabe que eu não gosto disso,quero ficar em casa, não tenho motivos pra comemorar

Ana: Você vai nem que eu tenha que te amarrar

Depois de muita insistência, decidimos sair,mal sabia eu mas era a última noite em que veria minha mãe sorrindo em que sentiria seu toque e seu abraço, estávamos indo em direção ao shopping,minha mãe estava com as mãos enlaçadas no meu braço,quando "eles" apareceram e nos cercaram,eles estavam encapuzados e usavam máscaras de caveira eu não sabia,mas Parallax tinha vindo acertar as contas com minha mãe

-Parada aí sua vagabunda,achou que poderia fazer o que bem entende e escapar de nós?

-A ordem foi dada pra que apenas a mulher seja executada, deixe o garoto

Disse um dos homens

Não pude fazer nada,foi muito rápido,um daqueles miseráveis apontou a arma em direção a minha mãe e disparou, não tive tempo de proteger ela,quando vi minha mãe estava caída nos meus braços com um buraco no peito,os homens fugiram e eu fiquei ali com ela nos meus braços.. Porque não me mataram também? Porque não me pouparam de todo esse sofrimento? Essa resposta eu só tive anos mais tarde. Minha mãe estava agonizando em meus braços,levou as mãos até o meu rosto e disse:

Ana: Me perdoa filho!

A última frase da minha mãe, lembro que tudo ficou escuro ao meu redor, não vi as pessoas se aproximando, não ouvi gritos,só o vazio e aquele sentimento que eu tive na mesma noite em que matei o Armando,aquele sentimento que me pegaria pela mão e que me guiaria até meus últimos dias,aquele sentimento que me corroía por dentro e queimava dentro de mim,o sentimento que me salvou e me destruiu,o ódio...