A Máfia Bonanno: O Começo De Um Novo Império

02 - GIORGIA "SOUZA"

GIORGIA - 19 ANOS

Giorgia

Crescer sozinho nesse mundo é bem cruel né? Pois é!

Vou contar para vocês um pouco da minha vida até agora.

Quando eu nasci, minha “mãe” me abandonou na maternidade e nem quis me registrar, ela só deixou uma carta falando que abriu mão de mim, porque eu não valia de nada para ela, então tive que me mandar para um orfanato.

Mais antes de me enviar para lá descoberto que eu tinha uma cardiopatia, distúrbio de condução do ramo esquerdo, fui isolada de atividades físicas e já tive desmaios, falta de ar e também um início de infarto por

tentar correr com meus outros colegas, sobre ser empregado ninguém quis por causa da minha doença.

Todos querem filhos saudáveis e também poderiam precisar gastar horrores no futuro se acontecersse algo com meu coração, então não tive escolha e permanecer ali até completar meus 18 anos, e esse dia finalmente chegou, levantei cedo e coloquei minhas roupas de freiras, fiz minhas orações e peguei minha pequena bolsa com roupas, me despedi de todos e quando estava saindo a diretora me chamou.

Diretora: esse dinheiro não é muito, eu aluguei um kit net pra você e arrumei um emprego na padaria com o nosso fornecedor de pão, esse é o endereço da kit net e esse da padaria.

Giorgia: Obrigada irmã, sua benção!

Diretora: Que Deus te abençoe e a acompanhe lá fora.

Assim que as barreiras do orfanato se fecharam para que eu estivesse sozinho nesse mundo. Foi difícil achar o endereço, várias vezes fui pedir informações e as pessoas me olham como se fosse uma aberração horrível por estar com roupas assim, cheguei quando na kit Net está toda mobilada me olhei no espelho e respirei fundo.

Giorgia: Obrigada senhor por chegar aqui em segurança, me abençoe nesse novo trabalho.

Agora trabalho em uma padaria como atendente, entrei em contato com uma amiga do orfanato que já tinha, saído e ela me chamou para moramos juntas e eu fui, dividimos as despesas da casa, pois ela já tinha conseguido comprar uma casa antes.

Estamos a um ano morando juntas e não temos nenhum problema, nós dividimos tudo e ainda sobra um dinheiro que estamos guardando para eu poder fazer uma faculdade mais pela frente, e estou ajudando a guardar dinheiro para comprar um carro para nós duas.

Depois que comecei a trabalhar na padaria o gerente de lá o Carlos começou a puxar assuntos com medo e me chamou para sair, no começo eu não aceitei tinha, mas depois ele foi se mostrando um bom amigo e vi que estava me apaixonando por ele.

CARLOS OLIVEIRA- 25 ANOS

Resolvi dar essa chance para ele, e foi tudo maravilhoso, até a Soraia Martin filha do Dono da padaria começar a frequentar a padaria e ficar se insinuando pro Carlos e ficar me atrapalhando e me humilhando.

SORAIA MARTIN- 23 ANOS

Depois de 1 ano de namoro o Carlos começou a me cobrar o porque eu não queria dar um passo a diante na nossa relação, ele me cobrava muito para transar, mas eu não me senti pronto e nem tinha vontade de dar esse passo, algo dentro de mim pedia para esperar e que ainda não era a hora.

Mais ele começou a falar que eu não amava ele de verdade que não confiava nele e que se fosse para ser assim era melhor terminar. Mais como eu era uma boba e sempre fazia tudo para ficar bem com ele sem deixar ele chateado me resolver entregar para ele, só que foi o pior dia da minha vida e a pior decisão.

Ele não foi carinho, muito pelo contrário, ele foi violento, me deixou cheio de marcas pelo corpo como, mordidas, tapas, marca da mão dele no meu pescoço, e fora que doeu muito na hora da descoberta, sangrei muito e não senti prazer nenhum, e no fim de tudo ainda falou que eu era fria na cama e não soube dar prazer para ele, me deu ir embora logo em seguida, só chamou um táxi para mim e pronto.

Cheguei em casa a Maria Júlia se assustou com o meu estado, eu chorei muito e fiquei com dificuldade para andar. Ela me levou a um hospital e fui socorrida na emergência às pressas, eu quase morri porque perdi muito sangue.

Depois que um médico veio com uma psicóloga falar comigo e tentar entender o que tinha acontecido para poder chamar a polícia, só que falei que não precisava e expliquei o que tinha acontecido e me abri com elas e falei o que ele me falou e eu estava jurando que ele estava certo.