Capítulo 5 — Inimizade

Na noite de lua cheia, uma bruxa havia surgido e sobre as nuvens voava em sua vassoura, todo aldeão que passa-se pela rua ou que estivesse observando a lua pela janela poderia a contemplar e grande seria o seu azar, pois seria transformado em algum tipo de monstro de imediato.

A bruxa soltava altos sorrisos, despertando alguns moradores que saíam de suas casas para contemplar a dona de tais risadas e ao olhar para a lua, deparavam-se com a visão de um ser de chapéu de palha que voava em uma vassoura, o que os fazia esfregar seus olhos várias vezes, tentando enxergar outra realidade daquela.

Percebendo que aquilo não se tratava de um sonho, gritaram em prantos de desesperos e começaram a correr de um lado para o outro.

Enquanto isso, os jovens caçadores de bruxas tinham os seus olhares postos na bruxa através daquela pequena janela.

— Se o velho tivesse ouvido, isso não estaria acontecendo – falou Grias e os outros preparam suas espadas anti-bruxas prontos para aniquilar uma bruxa, mesmo sabendo que naquele momento poderia ser uma missão quase impossível, era o seu dever como caçador de bruxas.

A uma longa distância, a jovem Selena empunhou seu arco e flecha e puxando sua mão dominante para trás, lançou a flecha em alta velocidade em direção a bruxa que osfuscava o luar e os outros não ficaram parados, com a janela quebrada, saltaram por ela, quebrando-a completamente, se viram caindo de uma altura de doze metros, o que para eles não era nada.

A bruxa perbendo a flecha empunhou sua varinha e fez a flecha parar em pleno ar, direcionando ela de volta ao seu usuário. Enquanto a flecha partia em alta velocidade a sua proprietária, os jovens pousavam no chão calmamente, observando a bruxa em sua vassoura.

Por sorte, não havia transformado ninguém em uma de suas criaturas bizarras, o que era bom para eles.

— Bruxa maldita, hoje nós a derrotaremos! – Grias gritou alto o suficiente para que suas palavras adentrassem aos ouvidos da bruxa que voava sobre o céu noturno.

— Humanos tolos – a bruxa pronunciou às suas primeiras palavras, enquanto direcionava sua varinha para os jovens nos chão, que balançando no ar algumas vezes, um feitiço surgiu, seguindo em forma de relâmpago em direção aos jovens sobre o chão.

Como esperados de caçadores de bruxas, seus reflexos foram rápidos, eles saltaram para lados opostos, fazendo o raio antigir o solo escuro.

Separados, os caçadores partiram em direções diferentes, planejando subir encima dos telhados das casas para poderem ter um alcance maior em seus ataques, enquanto isso, a arco flecheira da equipe manipulava múltiplas flechas ao redor da bruxa, distraindo ela para que os seus companheiros pudessem ter a chance de acertá-la.

A multidão corria a loucura e o seu chefe aldeão tentava acalmar o desespero do seu povo, mas não conseguia, pois o medo estalado em seus corações era enorme, naquele momento eles queriam perseverar a sua vida.

Com altos saltos, os caçadores de bruxas subiram no telhado de algumas casas, o que os permitiu ficar mais perto da bruxa, que manipulava sua vassoura de um lado para o outro para se esquivar das flechas que a Selena manipulava de dentro do quarto em que se encontrava.

Ascendendo suas espadas flamejantes em colorações diferentes, Agatha e Grias saltaram o mais rápido possível chegando na altura da vassoura em que a bruxa manipulava, mas não a conseguiram tocar, pois ela flutuou ainda mais alto.

Então se viram caindo em alta velocidade, mas como aprenderam em seu treinamento, direcionaram a espada para baixo e fizeram suas chamas se ascenderem mais, pegando impulso continuaram no ar. Mas aquele movimento não os deixava estável no ar, o que era um problema, pois todos os seus ataques resultavam em falhanço total.

Mas, uma lança fora lançada com velocidade e rapidez em direção a bruxa que voava, mas ela parou com a sua varinha, enquanto se esquivava das flechas que eram movidas ao seu arredor. Ela então devolveu a lança em alta velocidade ao proprietário, que ao ver a lança prosseguir em alta velocidade até si, saltou imediatamente, deixando a lança destroçar aquela estalagem de mais ou menos quinze metros.

Cansados de pegar impulso no ar, ambos usuários de espadas caíram no chão e suspiraram profundamente, enquanto pequenas gotículas de suor tomava conta de seu rosto.

As flechas da Selena também começavam a ficar mais lentas, pois de tanto estalar seus dedos para aumentar sua velocidade, suas articulações já doíam.

— É só isso que vocês têm a dar, humanos tolos? – a bruxa soltou uma leve risada, o que atiçou a raiva dos dois espadachins que faziam suas espadas queimarem intensamente.

— Porque... Porque vocês fazem isso com a humanidade? – Agatha perguntou com os olhos marejados, enquanto franzia suas sobrancelhas em uma expressão de furor, lembrando do seu vilarejo que fora destruído há alguns anos atrás.

— É porque é divertido, sabe... – ela soltou uma leve risada e Agatha pulou daquele chão em direção a bruxa que se encontrava em ponto quase acima das nuvens, pegando impulso atrás de impulso conseguiu alcançar a bruxa ficando cara a cara com ela.

A bruxa sorriu levemente e manejando a sua varinha para frente fez um raio sair de sua varinha, que rapidamente acertou Agatha em seu rosto, fazendo com que ela caísse em alta velocidade para o chão. Seu companheiro Grias parou de braços abertos no local onde a Agatha iria chocar e a segurou. Seu cabelo estava todo eletrizado e o seu seu capuz totalmente rasgado, a jovem então começou a balançar sua cabeça de um lado para o outro desregularmente.

— Não... – Grias a pousou no chão, temendo que ela realmente estivesse a se transformar em um monstro depois de ser antigida por aquele raio.

— Ela já era, não adianta muito... Em questões de segundos vai virar um monstro – a bruxa soltou um leve sorriso, enquanto rodopiava sua varinha de um lado para outro — Mas não se preocupem, vocês a farão companhia.

Pequenas gotículas de água começaram a cair do céu, em meio a aquelas nuvens negras acompanhadas de fortes trovões, nesta altura o povo havia sido evacuado para bem longe da bruxa, graças ao tempo que os caçadores ganharam ao distraírem a bruxa por algum tempo.

Um feitiço enorme era conjurado em meio a aquelas nuvens negras que ofuscavam completamente o brilho da lua, deixando a noite mais escura do que estava, até às tochas foram apagadas pelo pingar da chuva.

Uma enorme esfera violeta rodeada de alguns relâmpagos estava concentrada no céu escuro, o que fez os caçadores de bruxas sentirem medo e quererem fugir dali, o mais rápido possível, mas se a bruxa lançasse aquela enorme esfera violeta naquele momento, mesmo que corressem a  esfera os antigiria e assim se fez, uma a esfera fora lançada em alta velocidade em direção aos caçadores.

Naquele momento eles vislumbravam aquela esfera, se perguntando se era aquele o fim para eles, se todo o treinamento seria em vão? Então em último gesto de rebeldia ao fim eminente, eles empunharam fortemente suas armas, na esperança de perecer como guerreiros, tendo pelo menos salvo a vila inteira.

— Eu só espero que aqueles mãos de vacas façam uma homenagem digna de nós – disse Grias ao contemplar um enorme clarão cobrir sua visão.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***