Quando tudo começou

Olá me chamo Maria dos Santos , quando eu tinha 17 anos , eu estava voltando da escola e encontrei o assassino dos meus pais com a mão na massa , não conseguir enxergar quem ele era , pois estava muito escuro , ele me viu saiu correndo para tentar me pegar , enquanto eu corria pela minha vida , fui atropelada por um carro e fui enviada ao hospital entre a vida e morte , o assassino de minha família ficou apenas com meu nome para trás , Maria dos Santos , pois enquanto corria meu crachá caiu e ele descobriu o meu nome .

Como o meu nome era muito comum , ele me confundiu com a irmã de um investigador , que tinha a mesma idade que eu e o mesmo nome e isso foi sua sentença de morte , pois ela foi ao hospital naquele dia apenas porque por conta do meu acidente o ônibus que ela estava , acabou dando uma freada rápida , ferindo superficialmente alguns passageiros e ela era um dos passageiros .

Antes de ir ao hospital, ela ligou para seu irmão , explicando o que aconteceu , mas o deixou tranquilo pois não era nada , assim que ele chegou ao hospital ele cruzou com o assassino que estava vestido de médico , porém ele não desconfiou de nada .

Assim que ele foi até o leito onde estava sua irmã, ele a viu com o pescoço rasgado por uma faca e morta .

E foi assim que os nossos caminhos se encontraram .

Eu fiquei ferida gravemente a ponto de ficar em coma por anos e perder a minha memória .

O corpo dos meus pais, foram encontrados depois de 7 dias de suas mortes em uma praia deserta . Parecendo que eles morreram ali é não em sua residência, o assassino soube muito bem esconder as evidências. Porém um detetive que acompanhou o caso , percebeu que tinha algo errado e sabia que eu era uma testemunha chave ao caso .

Eu fiquei em coma por 193 dias . Foi quando eu comecei a dar sinais que estava acordando. Quando eu acordei , eu acordei estranha e diferente , comecei a ver os cheiros das coisas . Em vez de sentir os cheiros . Imagina o que aconteceu com minha cabeça nesse momento, eu não estava entendendo nada . Então eu comecei a gritar , pedindo por ajuda , parecia que eu era louca e que eu estava vendo assombrações. Quando foram chegando os médicos para me ajudar ,eu não conseguia visualizar pessoas e só odores saindo deles , aquilo me assustou a um ponto que eu começou a gritar e a me debater e tiveram que me dopar .

Eu gritava ;

- Onde eu estou ,quem são vocês ? Me soltem .

Eu parecia uma louca .

Depois que o calmante passou , eu acordei novamente e o choque passou . Então 3 coisas estranhas aconteceram comigo .

Primeira coisa eu percebi que eu estava viva , o que era o verdadeiro milagre , os médicos me disseram que não tinham muitas esperanças de eu acordar , mas eu estava acordada depois de 193 dias . Com isso comecei a fazer fisioterapia para voltar a minha vida , andar , enxergar direito , comecei a controlar melhor o que eu enxergava e como enxergava , meus olhos acordaram com cores diferentes , e os médicos não tem explicação para isso , porém todos me olham estranho no hospital , os outros pacientes porque tenho um olho de cada cor . Ficam me apontando e comentando e eu fico sem graça. Então comecei a usar um tapa olho .

Segunda coisa: Eu não me lembro de nada . Perdi completamente a minha memória.

O detetive João Pedro Soares que acompanhou o caso do assassinato dos meus pais , sempre me visitava durante meu período de coma , esperando eu acordar para testemunhar no caso e ele acabou se apegando a mim ,então quando eu acordei eu como não lembrava nada achei que ele fosse meu pai e ele nunca negou .

Quando eu finalmente tive alta ele me trouxe uma lente de contato para eu disfarçar meu olho diferente. E me levou para casa com ele .

6 meses se passaram e eu estava no último ano da escola .

Morávamos só nós dois, eu e meu pai postiço , ele preparou um quarto do pra mim , cuidava de mim , preparava minhas refeições e era super cuidadoso comido .

- Terceira coisa eu consigo ver cheiros, agora consigo ver o que eu sentia com o olfato . Com minha lente de contato , ninguém sabe que eu sou diferente e eu finjo bem .

Estava eu na minha sorveteria preferida, escolhendo um sabor de sorvete, quando chega uma mulher e ela pergunta ao atendente :

- Você viu minha carteira, ela é vermelha e eu esqueci ela ali naquele banco .

E aponta para um banco lá no fundo da loja.

O atendente disse que não ; Eu olhei pra bolsa dela e sinto um cheiro de álcool de hospital e o creme dela tinha um forte aroma cítrico, então eu analisei pela loja da onde vinha esse cheiro e vinha embaixo de um boné vermelho lá dentro do balcão de atendimento.

A moça falava :

- Por favor, lá tem a foto do meu ex marido falecido é muito importante pra mim .

O atendente com cara de sínico e de quem não estava nem aí só balançava a cabeça concordando. A mulher então falou ;

- Se você achar, por favor entre em contato comigo e eu trabalho no hospital da esquina .

Ela entrega seu cartão e sai e quando ela sai o atendente mal caráter ,joga fora seu cartão .

Então eu encaro o ladrãozinho , mostrando onde está a carteira e falando pra ele ir entregar imediatamente, antes que eu chamasse a polícia .

Ele com medo , pegou a carteira e saiu correndo atrás da mulher para devolver a carteira inventando uma desculpa qualquer, deixando a dona da carteira super feliz .

E é assim que os meus super podres funcionam .

Meu sonho é ser uma comediante, porque eu amo fazer as pessoas rirem , por isso trabalho meio período em um grupo de teatro que se chama inspira risos , pois preciso começar de algum lugar . Hoje o diretor geral , gostou da minha ideia para uma peça e isso me deixou tão feliz que eu fiquei sonhando acordada , eu indo em um programa de entrevistas famosos pois eu já era uma celebridade, sou uma pessoa muito sonhadora .

A beleza de perder a memória , pois se eu lembrasse a desgraça da minha vida , com certeza eu não me sentiria tão boba e feliz.

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