Capítulo 4

Ela decidiu ir caminhando para a sua casa. Ela mora sozinha em uma casa que é grande demais para apenas uma pessoa .

Loraine não mora com os pais desde que terminou a faculdade, ela decidiu morar sozinha mesmo contra a vontade de seus pais.

Decidiu ter seu próprio espaço e viver a sua vida de maneira independente, ela é grata pelo que seus pais fizeram e fazem por ela, só que é o momento dos dois viveram para si também, por esse motivo ela não falaria nada para eles agora que está sem trabalho e com prestações para pagar, além de água, luz e gás.

O que doeu mais foi descobrir que estava sendo enganada pelo seu amado, e ainda por cima, tem que procurar um novo emprego. Enquanto caminhava envolta em pensamentos e desolada, começou a chover.

_É sério isso? Não bastava o que eu passei hoje, ainda vou levar chuva até chegar em casa.

O trânsito estava parado pois o sinal estava fechado, ela começou a correr antes do sinal abrir, porém, quando ela estava quase atravessando o sinal abriu e os carros começaram a transitar, a chuva grossa quase sem visibilidade, fez com que um carro quase a atropelasse, com o som da buzina ela colocou as mãos na frente do corpo e se jogou para o outro lado. Por sorte não foi atropelada. O motorista parou e saiu do carro com um guarda-chuva aberto.

_Moça se machucou?.

Perguntou o motorista, ela ficou de cócoras, mais não respondeu, o passageiro saiu do carro com um guarda-chuva também e falou:

_Claro que se machucou Piter, não ver que ela se jogou no chão para não ser atropelada, com certeza se machucou .

_Desculpe patrão, eu não conseguir vê-la a tempo, a visibilidade está muito baixa .

_Eu sei Piter, vamos levá-la para o hospital. Qual é o seu nome senhorita?

_Loraine ...

Loraine estava tão atordoada que só olhou para os homens e não esboçou nenhuma reação.

_Acho que ela está em estado de choque patrão.

_Senhorita, você está sentindo alguma dor, está machucada.

Insistiu o homem, ela o olhou de novo e meneou a cabeça em sinal de negativo.

_você quer ir a um hospital?

Ela novamente meneou a cabeça em sinal de negativo e falou:

_eu quero ir para casa.

Ela ia se virando para ir embora e o rapaz a segurou no braço e disse:

_Não está em situação de ir sozinha e é melhor sairmos dessa chuva, venha entre no carro, te levo em casa.

Loraine olhou para o rosto do homem e suas feições não pareciam de alguém ruim, ele era extremamente bonito.

_Estou encharcada….estou acabada.

Ela não conteve as lágrimas, começou a chorar de novo, parecia que o mundo a estava castigando.

_não se preocupe com isso, entre no carro.

Eles entraram e se sentaram no banco de trás, o motorista também entrou.

_O endereço senhorita onde podemos te deixar.

_Rua alameda 104.

_Vamos Piter, ouviu a moça.

_sim senhor.

O motorista colocou o endereço no GPS e a rota mais rápida foi determinada,após quinze minutos e eles pararam em frente a casa dela. Loraine saiu do carro e agradeceu. Embora eles insistissem para levá-la a um hospital, ela agradeceu e se recusou. Então foram embora .

_ o que acha que aconteceu com aquela moça patrão, ela parecia desolada, durante o trajeto ela não disse uma palavra sequer.

_Não sei Piter, todos temos nossos problemas... Loraine .

_Como o senhor descobriu o nome dela? Ah, ela falou , esqueci disso , estou nervoso com esse acidente .

_Ela disse e por que ela esqueceu o crachá..

Disse o homem com o crachá em mão.

_Interessante….ela trabalha naquela empresa.

_Esse crachá é do trabalho dela, será que ela não terá problemas? devemos voltar e entregá-la?

_Não Piter, acabei de ter uma ideia.

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