A Maria fingiu que nada aconteceu entre elas, depois da quadra, foi ficar conversando com o Kaique na frente da casa do João, estava sentada na calçada, contando sobre a fake e a preocupação dela, ele perguntou se ela contou segredos, algo que poderia ser exposto, ela sorriu
- Não sei pra que essa psic.opata iria expor meus surtos. Sei lá, não faz sentido, porque ela iria fazer amizade com o meu primo e eu?
- Porque se esconder tanto? Eu só fico muito triste, a tinha como amiga, confiava, me abria, do nada ela brigou comigo e sumiu.
Ele estava sentado no carro com a porta aberta, falou cabisbaixo
- E a Belinha? Oque rolou? Está brigada com ela também né?
A Maria olhou para trás na garagem
- Mais o menos, o João falou alguma coisa? Kaique não comenta com ele, as coisas que a gente conversa por favor, a minha família é super protetora e unida, só que uma coisa simples, pra eles vira algo grandioso.
- Eu tenho até vergonha de falar, certas coisas, acho que você deve saber pelo João. Eu me cuido, me esforço, mais sempre tenho a sensação que estou atrapalhando todo mundo, e eu não posso ficar triste ou chateada com algo, como a Belinha, porque aí me criticam por estar me preservando, só eu sei dos meus gatilhos emocionais.
- Quando todo mundo sai, eu vou, a Belinha mesmo não entende que eu não curto beber nem usar nada, ela sempre fica insistindo, se tem alguém junto e eu quero curtir, acaba gerando atrito, tudo que eu faço no caso tá errado.
O celular dela começou tocar, o Gabriel chegou em casa super tarde do trabalho, ligou pra ela a chamando pra ir embora, pareceu br.avo, o Kaique foi levá-la de carro, perguntou se ela estava gostando de ficar com ele, ela falou rindo
- Ahh os dois beijos. Não que eu esteja contando!
Ele sorriu sem jeito
- Qualidade é melhor que quantidade. Ainda não sei qual é a sua, mais eu não tô com você atoa, acho que a gente precisa se conhecer melhor, as circunstâncias não são as melhores. Não falo por você, por favor não me leve a m.a.l.
Ela interrompeu confusa exultante
- Não não de boa. Meu pai tá marcando em cima e não vai parar. Eu queria mesmo trocar uma idéia sobre isso, porque apesar de estar curtindo, te conhecer, sei que a sua realidade é diferente, essa coisa de idade, liberdade, já viveu muita coisa, teve várias namoradas, ficantes, experiências, eu sou muito nova ainda, nunca nem tive ficante.
- Obedeço meus pais, não sou a mesma pessoa todos os dias, não vivi nada e tipo, nem sei como me expressar direito.
Ele estava encostando na frente da casa dela
- Nada disso é um problema pra mim, não tô te cobrando nada, só queria saber se tá fluindo como eu acho que está.
- Também se quiser precisar de um amigo, tamo aí baixinha, pode contar comigo.
- Eu entendo como você se sente e nem concordo, todos ao seu redor gostam muito de você, o João comentou algumas coisas sobre você ter ficado m.au quando perdeu sua avó, antes mesmo da gente começar conversar, te vi na loja com o José, depois perguntei se você namorava, sua idade, ele já falou que é o xodó da família, botou mó pressão sobre ter cuidado com você.
- Eu gosto muito do seu jeitinho mais reservada, aquele dia quando queimou a mão, eu cheguei todo animado puxando assunto, fui oferecer bebida tentando ser o bom, já levei uma voadora, pô culpa minha em ser desligado, não sua por não beber.
- Eu gosto de conversar, das coisas certas, sou muito de boa, costumo agir sempre na transparência!
- Por isso seu pai não me intimida, dá pra ver que é protetor e eu entendo porque, você é muito, não sei qual palavra usar.
Ela disse sem jeito cabisbaixa
- Criança? Meu pai me vê como se eu tivesse dez anos.
Ele sorriu segurando a mão dela
- Menina, não criança. Você é pura de coração, doce, carinhosa, calma até demais, queria te ver bravinha um dia, mais não comigo.
- Mah vou fazer vinte e sete, a gente tem tipo dez nove anos de diferença, é muita coisa, seu pai não gostou quando falei a minha idade, não tiro a razão dele em se preocupar.
O Gabriel abriu a janela da sala, acendeu a luz de fora, ela já estava nerv.osa querendo chorar envergonhada e notando que eles não pareciam compatíveis
- Ele não me deixa tomar minhas próprias decisões nunca, enquanto morar aqui, vou ter que acatar tudo. Acho melhor a gente parar Kaique!
Ele disse que não estava falando sobre parar, pediu pra ela não se auto sabotar, ela falou abrindo a porta do carro
- Não fala comigo com frases de auto ajuda, eu não gosto disso. Ele tá assobiando me chamando, preciso ir! Desculpa.
Ele a segurou pelo braço
- E meu beijo? Tá fugindo porque não tô de banho tomado cheirosinho né.
Ela o abraçou sentida
- A gente não vai conseguir ir a lugar nenhum, caminhando em sentidos opostos, eu ainda estudo, não trabalho, nem gosto de sair e meu pai mata a nós dois se algo acontecer. Você entende?
- Não estou me sabotando, é só a realidade. As nossas fases são diferentes, você vai querer sair, dormir comigo, viajar com a galera, eu tenho hora pra chegar, não tenho liberdade pra nada.
O Gabriel assobiou de novo, ela deu um selinho, foi descendo do carro as pressas
- Ele vai sair aqui. Tchau!
O Kaique foi saindo do carro, falou apoiado no teto
- Maria Maria, espera.
Ela estava para dentro trancou o portão
- Oque foi? Fala logo! Tô sem a chave.
Ele falou com graça um pouco alto
- Quer namorar comigo baixinha?
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Atualizado até capítulo 130
Comments
Elizane
precioso e maravilhoso
2024-11-08
0
Ana Lucia Borges
kaique é um fofo
2024-02-23
1
Amanda Moraes
hahah esse kaique hem queria levsr pra casa srsr
2024-02-23
1