#2

Não dói nada papai e mamãe passar no meu quarto antes de ir para essas viagens misteriosas... pior que já estou acostumada com isso. Você já tomou café? - Perguntei olhando para ela.

- Ainda não, só como depois de você. - Lucy diz com as mãos para trás.

- Que besteira, senta pra comer comigo. - Ordenei puxando a cadeira para que ela sentasse ao meu lado.

- Ah, não, seus pais não permitiam isso. Eu não estou com fome - Olhou para o chão.

- Não estou vendo eles por aqui - Olhei ao redor - Senta! Cadê o Robert? Ele já comeu?

- Não! 

- Senta - Afastando a cadeira para frente após ela sentar - Robert - Gritei.

Em alguns segundos ele chegou na cozinha correndo.

- Oi, Chloe.

- Senta para comer! - Ordenei.

- Vou lavar as mãos - Ele correu indo até a pia.

Sem cerimônia alguma, após lavar as mãos sentou na mesa, tirou o seu chapéu de cowboy e começou a comer. A Lucy comia delicadamente, mas o Robert estava na cara que ele estava com muita fome e aquilo me deixou mal me fazendo questionar o porquê deles só comem depois de mim.

- Como sei que você ama o leite da Gertrude, ordenhei ela hoje de manhã para trazer para você - Robert diz entre um gole de café.

- O leite da Gertrude são os melhores de sua fazenda - Dei um gole enorme no leite que me deixou com um bigode sujo de leite.

- Até queijo ele trouxe - Lucy diz levando uma xicara de café para a boca.

- Eu sei que você gosta, então eu trouxe.

- Obrigada, eu nem sei o que seria de mim sem vocês.

Os dois se olharam simultaneamente. Eu não tenho certeza, mas eles parecem se gostar muito, não sei o porquê de nunca terem dito algo sério. Eles formariam um casal lindo e fofo.

Eu sou grata pelo carinho que eles me dão, porque sem eles eu não teria afeto e ficaria metade do tempo sozinha, meus pais só vivem trabalhando e viajando a negócios quase nunca estão em casa, nós comunicamos mais no celular do que pessoalmente, as vezes eu me considero apenas um negócio deles a qual eles só ver quando querem e fazem uma espécie de manutenção a qual se aplica a me deixar confortável em relação a dinheiro já que é mínimo que eles podem fazer já que nunca perguntam como me sinto ou como foi o meu dia.

- Cuidado para não se atrasar - Lucy me lembra do horário da aula.

- A partir de hoje não precisam mais esperar eu terminar de comer para vocês comerem, ok? Estão com fome podem comer. Acho que essa comida vai me fazer mal - Coloquei a mão na barriga após sentir a mesma roncar - Até mais tarde.

-Espera - Lucy exclamou vindo atrás de mim.

- Quê? - Perguntei.

- Minha querida, sua boca está suja de chocolate - Limpando a minha boca e bochecha com um pano branco que tinha um cheiro adorável de rosas.

Vou em direção a para garagem subterrânea que temos na casa.

Logo de cara vejo o Sérgio que cuida dos 20 carros que temos na garagem.

- Tudo em ordem homem de preto? - Perguntei tirando sarro dele que estava até com óculos escuros.

- Tudo certo, garota Pink - Abrindo a porta do carro - É para ir te buscar?

- Não, pode deixar que eu vou dirigindo no meu carro novo.

- ok! - Sérgio diz fechando a porta do carro.

As pessoas que trabalham aqui são mais minha família do que meus próprios parentes. Apesar de eu não conhecer nada sobre as suas vidas fora do trabalho.

...Blue...

Segunda feira - 06:00 AM

Eu poderia tentar pregar o olho pelo menos uma horinha e talvez sonhar com as Deusas Afrodite e a Atena juntas que não seria nada mal ou até mesmo acordar um pouco depois das 09:00 da manhã, mas acabei de chegar do hospital com a minha avó que tropeçou no tapete velho da sala que ela insiste em não jogar fora por ser do meu falecido avô e acabou cortando a testa ficando a madrugada inteira de observação.

Dormi vinte miseráveis minutos depois que cheguei do hospital, mas acordei com o meu bulldog de três patas lambendo a minha cara. Enquanto uns dormem demais, outros dormem de menos.

Procurei o meu calção no meio de várias outras roupas amarrotadas no meu armário de madeira que tem uma porta caindo os pedaços e que sempre adio para consertar.

- Obrigado Cronos por me acordar para o primeiro dia do ensino médio - Bufei indo até janela que dava para a casa dos vizinhos ao lado de casa.

Cronos deu duas latidas com a língua para fora, buscou a sua vasilha e me olhou com os olhos saltados como se estivesse dito: por nada, coloca logo a minha ração seu humano idiota.

- Ei, Lucky! - Gritei após colocar a cabeça para fora da janela.

Lucky continuou olhando para a tela do computador vidrado com um Hip hop pulsado nas caixas de som enorme a qual ele juntou moedas por moedas o ano passado inteiro. 

Pego três pedrinhas a qual eu cato todos os dias para tacar na sua janela, porque basicamente todos os dias são iguais e ele nunca escuta o meu chamado.

- Babaca!! - Murmurei depois de jogar três pedrinhas uma atrás da outra.

Ele gesticulou alguma coisa no seu quarto, mas eu não entendi porque ele continuou com a janela fechada e com o som alto. Gesticulei apontando para que ele abrisse a janela para ouvir. Ele continuou fazendo uma careta idiota tentando intender. 

Perdi a paciência e desci as escadas só de calção e a minha mãe estava preparando o café na cozinha. 

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