Fiz minha higiene pessoal e já ia saindo quando Pyter perguntou:
- Não vai tomar café comigo?
Olhei para ele com desprezo e nem respondi, saí para encontrar um VIP. Queria resolver as coisas cedo para experimentar o vestido com Juan
Saindo de casa me deparei com Isadora.
- Não acredito que veio morar aqui, ela disse.
- Seu noivo não te contou? Estivemos juntos ontem a noite poxa! Mandei um beijinho para ela e saí sorrindo.
Me encontrei com Karlo, um figurão da área de alimentos. Ilustrei algumas estratégias de trabalho para ele e depois de um tempo fui me encontrar com Jeff que estava com outro cliente. Terminada a segunda reunião, corri para encontrar Juan
- Ainda bem que chegou Bella! Estava ansioso para te ver de noiva, disse ele.
Quando saí do provador ele ficou paralisado...
- Como queria estar no lugar de Pyter! Ele desabafou.
- Algo me diz que não iria querer não, falei sorrindo.
Nesse momento Pyter entra e fica parado boquiaberto.
- Não sabe que dá azar ver a noiva com o vestido antes do casamento? Disse Juan
- Eu disse para que ele não se preocupasse que nosso casamento seria só alegria. Me virei para Pytter sarcasticamente e completei...
- Não é meu amor?
Juan disse baixinho para mim:
- Agora fiquei com medo de você garota.
Eu sorrindo para ele respondi que não teria motivos.
Depois que me troquei, Pyter me levou para o castelo para vermos o salão onde casaríamos. O lugar era realmente espetacular, pena que tudo não passava de uma mentira e o noivo era um estorvo em minha vida. Mas quem estava gastando aquela fortuna não era eu, então não me importava com nada, queria todo o luxo possível.
O tempo passou e se aproximava o casamento...
Uma semana antes ...
Os pais de Pyter que moravam em outro país vieram para o casamento.
Nunca os havia visto ou se quer falado com eles por telefone e pensei que seriam tão esnobes quanto o filho, mas quando chegaram me surpreendi...
- Olha Pablo como ela é linda... Disse Dona Victória ao me ver.
- Dá uma voltinha princesa! - Meu filho soube escolher muito bem, disse Sr. Pablo – Agora vem me dar um abraço...
Eu não esperava por aquilo e não sabia bem o que fazer...
Pyter me olhava com cara de deboche.
- Vamos subir querida! - Temos muito o que conversar disse dona Victória.
- Só um minutinho mãe! Pyter falou baixinho em meu ouvido:
- Vai despreza-los também? E saiu zombando...
Como eu queria mata-lo, pensei
Mas como eu poderia desprezá-los? Além de eles serem uns fofos eu sou carente de amor de pais, já que os meus morreram. Esse cara idiota era muito sortudo. Se meus futuros sogros fossem detestáveis, tudo seria fácil para mim, mas me dificultaram a vida.
Dona Victória me disse para namorarmos depois e me levou para cima.
A Sra. era bastante agradável, não se parecia nenhum pouco com o filho.
- Trouxe uma lembrancinha para você, disse ela, tirando da bolsa uma caixinha preta.
- Espero que goste!
Quando abri era um anel de ouro e diamante lindo.
- Que maravilha dona Victória! Amei, eu disse
- Esse anel está em nossa família por muitas gerações. Ele tem um valor sentimental inestimável para nós, por isso quero que fique com ele.
Fiquei boquiaberta e sem graça.
- Sabe minha filha, depois do que aconteceu com Pyter, achei que ele nunca mais se recuperaria, ele nunca nos apresentou nem se quer uma namorada, mas quando disse que iria se casar ficamos tão contentes, que desejamos conhecer a mulher especial que conseguira tirá-lo do estado de frieza em que estava.
Senti-me culpada por aceitar o presente, a final, meu desejo era que o filho dela não existisse mais, mas perguntei:
- O que aconteceu com Pyter?
- Imaginei que não soubesse, pois, meu filho não se abre fácil... Dona Victória me contou então a história de Pyter com seu grande amor Karolaine
- Nem sei o que dizer, eu falei com a Sra. a final, ela o traía e ainda com o melhor amigo dele. Não que eu quisesse que ela tivesse morrido, longe de mim, mas ele devia amar muito aquela mulher para desistir de relacionamentos assim.
Foi aí que percebi que o amigo era Filip.
- Meu Deus! Pensei, por isso ele ficou tão louco, falando aquelas coisas e me chamando daqueles nomes, deve ter revivido em sua mente. Teve sentimentos por mim e não soube lhe dar com a situação. Mas não o desculparia por ser tão imaturo.
Voltei a mim e continue conversando com a Sra.
- Agora que você já sabe o motivo dele às vezes ser tão cruel, gostaria de lhe pedir para que seja paciente com ele e que não o abandone. Ela falava com os olhos marejados.
Senti-me comovida com as palavras da Sra. e pedi para que ela ficasse tranquila.
Eu sei que estava mentindo, mas o que eu deveria fazer? Não aguentava vê-la naquele estado, e mais, o que os olhos não veem o coração não sente, não é mesmo? Daqui a alguns dias ela voltaria para seu país e nunca mais nos veríamos.
- Se arrume! Disse a Sra.
- Quero mimar minha nora um pouco, vamos fazer compras. Te aguardo lá embaixo!
Me troquei e quando desci lá estava Pyter com os pais.
Eu já ia saindo da casa quando ele gritou! – Vai sair assim sem se despedir do seu amorzinho?
Conseguem imaginar a vontade que tinha de lhe arrancar os olhos e a língua?
Voltei, então ele me abraçou e disse em meu ouvido: - Sorria! Seus sogros estão olhando.
E eu respondi sorrindo: Você é mesmo um cretino.
Nos beijamos e saí com Dona Victória.
Estávamos no portão da casa quando...
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Atualizado até capítulo 67
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