My Brands- Damon E Itan
" Eu tentei fazer o certo, mais ainda sim estou aqui, pagando pelos erros dos outros, e levando o peso dos fracos".
Uma voz na escuridão.
Por que fui parar naquele lugar? Eu simples não sei, eu não posso ir embora, eles não me deixaram sair.
_ Que bom que está aqui, assim podemos ter uma filmagem melhor, segure a câmera.
Eu não me mexo, tinha alguém naquela cama, ele estava sendo abusado, era um ômega certeza.
_ BORA SUA PUTA!! PEGA ESSA PORRA E FILMA.
Eu só conseguia balança minha cabeça e negar, eu não posso fazer isso, é cruel demais
_ Por favor, não faça isso, eu imploro, deixe ele em paz, ele está muito machucado, por favor.
Itan se ajoelhou nos pés daquele homem, ele apenas riu da atitude ridícula dele.
_ Ômegas são um lixo mesmo, se não ensinarmos a ele como devem se comportar eles vão achar que são alguma coisa.
Itan sente seu estômago sendo chutado, os homens que estava naquela sala vazia, que ninguém usava na faculdade.
Itan foi lá para tentar dormir um pouco, tinha um coxão e uma cama velha na sala abandonada, ele estava exausto do trabalho, e tentaria dormir um pouco antes das aulas começarem.
Sua vida desde o ensino médio quando seu pai faleceu se tornou um inferno, sua mãe morreu no parto e ele é filho único.
Então trabalhava só para pagar o comado que aluguei e para comprar comida, sempre vivi com o mínimo.
Eu não fiz mau a ninguém, então por que isso está acontecendo comigo?
Eles me beberam até eu perder as forças, não disse nada e nem falei alguma coisa, apenas foquei no chão.
O menino estava desmaiado na cama e eu no chão, tinha várias câmeras espalhadas por todo lugar.
Era horrível.
_ E--u chamei a polícia...
Foi a minha última tentativa de fazer alguma coisa.
Quando eles me pegaram no corredor, eu estava ligando para a polícia, mas não deu tempo da chamada ser atendida.
_ Você está blefando!
Sinto meu rosto sendo chutado com força, sou arrastado para fora do quarto, ele me levam para um beco longe, vejo ele tirando uma faca e vindo em minha direção.
_ Vamos embora, já peguei as câmeras, acho que tem alguém vindo, ouvi alguma coisa.
Diz um dos caras que estavam juntos com aquele homem.
_ Droga! Você deu sorte moleque, se falar para alguém eu te mato!
Eu não sei quanto tempo se passou, mas desmamei lá fora e quando acordei, já estava de noite.
Mesmo com dor forcei meu corpo ir até aquele quarto, o cheiro estava embrulhando meu estômago, lembrar do rosto do menino me faz sentir péssimo.
Talvez eu devesse chamar uma ambulância.
Mas quando eu entro no quarto não tem ninguém, ele foi embora ou levaram ele.
Eu realmente não sei, mas espero que ele esteja bem, eu não consigo ir à delegacia denunciar, sou fraco e tenho medo, eles viram meu rosto, podem me achar facilmente.
Depois do pior dia da minha vida, eu fico doente por conta da surra que levei, e por faltar um dia no serviço.
Eles me demitiram.
Já fazia uma semana e eu estava desesperado.
Estava indo para a faculdade a pé e voltando também para economizar o máximo.
Eu tenho muito medo por tudo que aconteceu naquele lugar, eu não vi mais o menino pela faculdade.
Eu estava usando sempre moletom e máscara todos os dias, não queria ser reconhecido por ninguém.
Provavelmente quem fez isso era daquela faculdade, eu sou bolsista aqui, tenho medo de ter que abandonar tudo.
Terminar a minha faculdade de biologia ambiental era meu objetivo de ter uma vida feliz.
Foi a última coisa que prometi ao meu pai antes dele morrer.
Que eu viverei uma vida saudável e feliz, serei muito feliz por eles.
Mas as coisas não estão dando muito certo para mim.
Eu estou voltando da aula e passo pela frente de um salão muito chique, sempre olho para aquele prédio enorme, ele fica bem no centro da cidade, em um bairro bem chique.
Dessa vez percebo ter uma placa falando estarem contratando ajudantes.
Eu deveria ao menos tentar.
Uma mulher muito simpática me atendeu, eu falei que estava lá por conta do anúncio que vi lá fora.
Ela me explicou que era para ajudar na limpeza do salão e servir os clientes.
Eu teria que trabalhar de manhã e de tarde.
O que seria perfeito para mim, já que iria direto para a faculdade depois do serviço.
Era um pagamento de 350 por semana, para mim isso era muito, já que no outro emprego eu trabalhava ganhando 300 a cada 15 dias, era mais-que-perfeito.
Ele poderia até voltar de ônibus para casa agora, não seria tão perigoso.
Ele já estava a um mês naquele salão e ainda não tinha visto o tal chefe que eles tanto falavam ali.
Ele ouviu que ele estava resolvendo alguns problemas pessoais.
Até que em uma manhã alguém esbarrou nele, ele estava limpando o chão do salão, e caiu cima do balde.
_ Droga! Você está bem? Eu não conheço você, quem é você?
Ele pergunte puxando do chão, fico em pé em um segundo.
_ Eu trabalho aqui, senhor.
Falo olhando para baixo, não me atrevo a encarar ele.
_ Hum... Então você é o novato que ela contratou, tudo bem pode continuar o seu serviço.
Era por volta das 6:30 da manhã, eu sempre pegava o ônibus das 5:30 porque o próximo só passava às 7:30 e eu me atrasaria, eu ganhei uma chave depois da primeira semana.
Era a forma de eu agradecer a oportunidade.
_ Só abrimos às 8h você chega bem cedo mesmo, me falaram que na primeira semana você espera na porta todos os dias, era o primeiro a chegar, eu gosto de pessoas assim.
Aquele homem fala, seu nome é Damon, então era ele o dono daquele salão.
_ Eu prefiro chegar sedo senhor, é minha forma de agradecer pela a oportunidade.
Digo ajuntando o balde e secando o chão.
_ Ela me falou que faz faculdade, você é bolsista?
Ele deixa umas sacolas no balcão, ele estava todo de preto, tênis, calça, camisa e capa.
_ Sou bolsista na Princys.
Ele de repente vem até mim e segura meu braço com força que poderia quebrar.
_ Você está em que ano?
Ele pergunta.
_ No terceiro.
Sinto ele solta meu braço, fico assustado com a sua atitude.
_ Desculpe eu odeio aquele lugar.
Ele diz e vai embora.
Os dias passam e eu continuo indo para o trabalho e para a faculdade normalmente.
Eu percebo que os meninos daquele dia não apareceram mais na faculdade faz algum tempo.
Será que eles foram presos, vou simplesmente decidiram ir embora, já fazia três dias que eu não via eles, e nem precisava me esconder.
Mas algo que eu não esperava aconteceu, o menino que eles abusaram voltou para as aulas, ele não estava sozinho, tinha alguém do seu lado, talvez um amigo, não sei.
Segui ele de longe para ver se estava tudo bem, ele é do primeiro ano da turma de arquitetura.
Espero que ele esteja bem, me sinto muito mal, eu não tenho coragem de ir falar com ele.
Era sexta feira, e como todos os dias eu cheguei bem cedo no salão, a parada era uma quadra de distância e eu sempre andava um pouquinho para chegar lá.
Lembro que minha primeira semana eu vinha a pé, pois não tinha fone para a passagem.
Mas finalmente eu estava feliz, meu pai está feliz agora olhando por mim.
Vejo o carro do senhor Damon parado no salão, ele realmente chegava cedo.
O salão já estava aberto.
Eu entro e vejo ele de costas, tinha alguma coisa acontecendo, eu podia sentir os feromônios dele, estavam pesados.
Isso me faz sentir sufocado
_ Senhor Damon?
Eu pergunto com receio.
_ Sempre pontual Itan, realmente gosto disso em você.
Ele se vira e vem em minha direção, ele me dá um soco tão forte que sinto que posso morrer.
Porque ele estava fazendo aquilo, o que eu fiz de errado?
_ Senhor?
Eu estava no chão tentando me levantar, porque eu estava passando por isso.
_ CALA A PORRA DA BOCA SEU MALDITO!!! OU EU TE MATO AQUI MESMO.
Como assim? Do que ele estava falando, não tenho tempo para pensar sinto minha cabeça ser atingida, eu não desmaio, mas não consigo reagir a nada.
Meu corpo e arrastado pelo salão enorme, eu morreria?
Assim?
Mas sinto ele erguendo meu corpo e jogando dentro do seu carro.
Está com um pouco de consciência foi horrível, eu sentia o carro andar, suas palavras de ódio contra mim.
Eu iria pagar? Pelo o que?
Eu realmente não sei.
Eu só conseguia pensar nos meus pais, no fim teria o mesmo destino que eles.
Uma morte prematura.
A vida não me deu muitas chances, e as que tenho me são arrancadas.
Eu apago por um estante, parece que se passou apenas um segundo, eu não sei aonde estou, era muito escuro.
_ Socorro...
Falo baixinho, não consigo elevar meu tom.
Eu estava em cima de uma cama, estava só com a minha calça moletom.
Eu preciso que isso seja um pesadelo, que não passe de um sonho ruim.
_ Você até que dormiu bastante.
Damon estava com um olhar sombrio sobre ele, tanto que conseguia ouvir a mandíbula dele rangendo de tanta força que ele estava fazendo.
Ele mexe no celular e vem em minha direção, eu não estava amarrado, mas não conseguia mexer nem um músculo se quer, apenas fico sentado na cama.
_ Com essa carinha de coitado, mas é um grande de um filho de uma puta, você vai pegar pelo que fez com meu irmão, vou fazer 100 Vezes pior com você.
Meus olhos estavam saltando, eu tremia tanto que não conseguia raciocinar direito.
Mas eu não fiz nada.
_ O quê, ss- senhor... Eu não... Fiz nada eu não entendo.
Sinto um tapa tão forte no meu rosto, nem percebo quando ele já está em cima de mim, eu caio na cama novamente.
Bato a cabeça na cabeceira da cama, fecho meus olhos por conta da dor.
Sinto meus cabelos sendo puxado com força, fazendo meu corpo se levantar.
_ Vai me dizer que não conhece essa pessoa.
Ele coloca seu celular perto do meu rosto, a imagem que eu vejo faz meu coração congelar.
Era o menino que eu encontrei naquela sala, era ele, meu deus eu estava muito ferrado.
Aquele cara fazia parte daquela turma eu iria morrer certamente.
_ Ainda vai dizer que não conhece, posso usar minha voz de comando e você não vai ser legal.
Sua mão não parou de puxa meu cabelo em momento algum.
_ Sim, m-mas eeu não disse nada eu... J-juro senhor.
Sua mão solta meu cabelo e desse para meu pescoço apertando ele.
Tento me soltar de todas as formas mas não consigo.
_ Desgraçado maldito! Eu vou acabar com você.
Ele me vira de costa e pressiona minha cabeça na cama com tanta força que sinto dor imediatamente.
_ Você é só um verme medroso, sem seus amigos você é o que? Além de um ômega covarde.
Eu não estou entendendo o que está falando, só consigo sentir medo dele, se eu morrer aqui depois de tudo que passei, meus pais ficariam decepcionados.
_ Por favor eu não fiz nada, não falei para ninguém, eu juro, eu só tentei ajudar...
Eu falo baixinho em uma última esperança que ele me deixasse ir embora.
Meu chefe estava envolvido com essas pessoas.
Damon levanta sua cabeça, seu joelho está nas suas costas, era difícil até para respirar.
_ Não fez nada?!
Ele dá play no vídeo.
" Que bom que está aqui, assim podemos ter uma filmagem melhor, segure a câmera"
Era um vídeo dele, no quarto aonde tudo aconteceu, mas só tem alguns segundos de duração, era como se tivesse cortado.
_ Você teve a ideia de abusarem do meu irmão, e ainda gravou tudo, mas eu vou fazer você pagar caro, eu já me livrei dos outros vermes, ele falaram que foi seu plano, tem ideia de como meu irmão ficou seu filho da puta! Seu Omega de merda, ainda tem coragem de vim atrás de mim, no meu trabalho, debaixo do meu nariz maldito.
Sinto os seus feromônios pesarem o quarto, sabia que era meu fim...
Oiiiii meus amores 🍷😘
Chernobyl vai chorar.
Por favor não levem para o pessoal ok.
Isso é 100% ficção
Quero ver se consigo escrever algo desse tipo.
Se eu tenho lugar na criação
Faço do humor ao drama.
E espero que goste de todos os gêneros.
Desculpe os erros
Um beijo 💋😘
De mim mesma
Uma voz na escuridão.
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Atualizado até capítulo 31
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