Duas semanas depois.
O sol começava a se pôr no horizonte, tingindo o céu com tons alaranjados e rosados. Na sala de ensaio do colégio da banda Cioccolato, os quatro amigos estavam reunidos, ansiosos e nervosos com um envelope branco que repousava sobre a mesa.
Ciel, com um brilho nos olhos cinzentos e nos cabelos prateados, mal conseguia conter sua empolgação ao abrir o envelope nas mãos.
— Pessoal, tenho uma grande notícia! — Ciel disse, empolgado. — Conseguimos o show no clube de jazz da cidade!
Araceli, com seus olhos negros como a noite e cabelos azuis escuros, soltou um grito de surpresa e alegria.
— Sério? Isso é incrível! — Araceli exclamou.
Luck, de pele negra, olhos âmbar e cabelos brancos, sorria de orelha a orelha, radiante com a notícia.
— Finalmente, nossa grande chance! — Luck comemorou.
Rosie, com cabelos loiros e olhos azuis angelicais, também sorria, mas algo a incomodava, e ela não hesitou em questionar Ciel.
— Ciel, isso é maravilhoso, mas por que você parece tão ansioso? Parece que você já sabia disso. — Rosie observou.
Ciel, nervoso, tentou explicar.
— Bem, na verdade...
Antes que Ciel pudesse continuar, Araceli, a líder da banda, percebeu algo estranho na expressão dele.
— Espere, Ciel, você parece um pouco... inquieto. Há algo que você não está compartilhando conosco? — questionou ela, curiosa.
Luck percebeu a hesitação de Ciel e decidiu encorajá-lo a abrir o jogo.
— Ciel, você pode confiar em nós. Somos amigos, lembra? — Luck lembrou com um sorriso solidário.
Ciel suspirou e decidiu revelar seus sentimentos.
— Está bem. — Ciel olhou para Rosie. — Rosie, eu...
Rosie ficou surpresa e curiosa sobre o que Ciel estava prestes a dizer, mas antes que ele pudesse continuar, a porta se abriu de repente, revelando a figura inesperada de Dália, uma presença que ninguém esperava.
— Olá, pessoal! Não posso acreditar que vocês conseguiram o show! Que emocionante! — Dália entrou na sala com um sorriso forçado. Como ela sabia do show? Será que Ciel já tinha contado a ela?
A chegada repentina de Dália criou um constrangimento palpável na sala. Araceli, que conhecia bem Dália, não escondeu seu desconforto.
— Dália... — Araceli murmurou, tensa. — O que você faz aqui? Quem te chamou?
Dália tentou ignorar o desconforto que sua presença causou.
— Ah, Araceli! Quanto tempo! Eu estava passando pela escola e ouvi a notícia, então decidi dar uma espiadinha.
Como ela ouviu se o Ciel tinha sussurrado a notícia? Será que ela estava com a orelha na porta? Mesmo se tivesse seria difícil de ouvir. Isso estava cheirando a mentira.
Luck, educado, mas cauteloso, tentou manter a civilidade.
— Oi, Dália. Surpresa vê-la por aqui.
Dália continuou sorrindo docemente, apesar do desconforto palpável.
— É sempre um prazer, Luck.
A atmosfera na sala ficou carregada de tensão, e Rosie tentou dissipar o desconforto.
— Bem, pessoal, acho que precisamos nos concentrar no show. Vamos manter o foco.
Ciel, ainda guardando seus sentimentos, concordou com Rosie.
— Rosie está certa. Temos um grande show pela frente. Precisamos nos preparar.
A presença inesperada de Dália adicionou um incômodo visível à banda, e todos sabiam que a presença dela não era agradável para ninguém dali.
Após o ensaio acabar todos voltaram para casa. Novamente, Ciel e Araceli estavam sozinhos, pois moravam na frente um do outro.
— Você jura que não contou a ela?!
— Eu já falei mais de mil vezes que não! — Ciel afirmou novamente, suspirando fundo.
— Então como ela soube do ensaio e do show?! Como?!
— Eu não sei, okay?! Aquela menina é maluca… realmente maluca.
— Eu sei disso. Eu não confio nela — confessou o que todos já sabiam. — Temos que tomar cuidado com ela. Ela é mentirosa e manipuladora… Se ela sair do controle, eu acabo com ela-
— Eu sei que temos que tomar cuidado, mas acabar com ela? Tu vai bater na menina?!
— Sem nem pensar duas vezes. Eu acabo com aquela peruca dela.
— Dália não usa peruca…
— É isso que você pensa. — interrompeu-o, dizendo. — É óbvio que aquele cabelo feio dela é peruca. Até um cego ver isso.
— Depois conversamos sobre isso, Celinha — ele se controlou para não rir. — Boa noite e até amanhã.
— Até amanhã, Cielzinho
Os dois se despediram e entraram em suas casas. E lá em sua casa continuava a carta fechada, pois não tinha coragem de abrir.
Sabia que um dia teria que ter coragem e decidir o que fazer.
Ficar na banda ou ir para Universidade….
Por que é tão difícil escolher?
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Atualizado até capítulo 29
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