Ricardo e Sofia se conhecem

No Belo Município de Petrolina.

Sofia com 9 anos

Um dos mais evoluídos, no setor de agronegócio e turismos, de Pernambuco.

 E faz fronteira com Juazeiro da Bahia, dívida pelo Rio São Francisco

(velho Chico).

Lá vivem duas famílias rivais, por causa de terra e poder.

A de Sofia; tem um engenho de cana-de-açúcar, e plantação de milho e criação de gado Nelore, e também horticultura.

A de Ricardo; um parreiral e uma vinícola, criação de gado Nelore e Sindi e de cavalos Manga larga, E tem um Haras com pousadas.

Ricardo com 11 anos

Sofia amava brincar à beira do riacho, com seu cachorro Bobe.

Mas não podia ir para a outra margem do riacho. era proibida pisar naquelas terras e nem falar com ninguém dali.

Ricardo também não podia passar para as terras da Sofia.

mas entrava no riacho, que era a divisa das duas terras.

Ele amarrou pocotó, seu cavalo.

numa árvore.

E ficou observando uma garota segurando uma vara com uma garrafa pet cortada e presa na vara, tentando pegar cajus. E conseguiu.

quando ia tentar novamente. ele a assustou dizendo;

Ei! Tá roubando meus cajus?

Ela deixa cair os cajus no riacho.

E irritada, diz;

Tô roubando nada visse? Esse galho tá na mediação do riacho. O riacho não tem dono . Por tanto posso tirar. abestado!

Ele diz; Oxe! mar menina... Se a árvore está nas nossas terras, o galho também é nosso sua enrolona!

Ela ; Enrolona nada, seu tribufu xexerento! Tu tás querendo? Então tome.

E começa a jogar os cajus nele.

Ei, tá doida! Isso dói. Diz ele se esquivando.

Vambora Bobe, deixa esse chato aí.

diz ela.

Ele pega o cavalo e vai , tentando ver pra onde ela estava indo. E a viu sentar num galho torto de uma árvore, que chegava quase no chão. E chupando caju sorrindo.

Que danadinha, me enrolou...

Mas é bonitinha a sem vergonha.diz ele sorrindo.

No outro dia, ele fica esperando pra ver se ela aparece.

Mas dessa vez é ela que o surpreende. E diz;

Ei! Tá espiando o quê?

Ele diz; Nada. Olho para onde quiser, sê não tem nada com isso!

Ela - Grosso!

Ele - enxerida!

Ela - enxerida é sua avó!

Ele — Ei, respeita a minha avó!

Ela chupando manga diz;

Foi mal, a sua vó não tem culpa de ter um neto irritante.

Hô nó cego... Vamo trocar? te dou um caju e tu dá-me uma manga.Diz ele.

Ela diz; Oxente! Mas a manga é grande, e o caju é pequeno mô fio.

Mas a manga tem caroço né? Diz ele.

Ela — mesmo assim, quatro cajus para uma manga.

Ele — hum!.. Três, e não se fala mais nisso.

Ela - massa!

Ele dá as cascas a pocotó.

E sentam na beira do riacho.

O meu nome é Ricardo " Rik" e o seu?

Sofia, "Sof".

Ai menino! Esqueci que sou proibida de falar com as pessoas dessa fazenda, e nem passar praí.

Se o capanga do meu pai me vê tou lascada!

Rik - eu também. você sabe porquê?

Sof - Não. não falam sobre, mas me proíbe de tudo na vida. eu tenho lá culpa dos probremas do passado?

Ric - é pro-ble-mas não probremas que se diz pirralha.

Sof — Ah! é difícil de dizer, tu não entendeu? Então pronto, peitica.

Rik — Se avexe não. Vamos nos esconder, se vier alguém, não nos pega.

Sof, qual a sua idade?

Sof - Nove anos e tu?

Rik — Onze anos

Sabe, ouvi o meu pai cochichando com o meu irmão mais velho.

Quê é filho do primeiro casamento do meu pai, ele tem dezoito anos.

Ele falou assim; odeio essa família. E disse que o avô dele e o do seu pai, se mataram devido a um avanço de terras.

Sof - Nossa!

Rik — não sei quem avançou, mas são mais de duzentos hectares de terra! Para cada lado.

Para quê tanta briga.

O meu bisavô morreu e o seu também.por causa disso.

Ninguém levou nada, só levou terra na cara nê?

Sof — é verdade kkkkkkk

Até que tú és legal.

Rik — você também é. e meio birrenta kkkk mas é uma gatinha sabia?

Sof — E tú és encrenqueiro kkkkk

E também é bonito visse?

Derrepente eles escutam a voz do capataz; Sofiaaaa! Cada você?

Zé

Rik - Eita lasqueira! Arrodeia Sof, e aparece por trás dele.

Sof diz tá bom, e dá um beijo no seu rosto. E sai abaixada.

Rik foi pego de surpresa, e contente passa a mão no rosto.

Ela chega por trás e grita;

Zé! o que foi abestado!

 Ahh! Oxeeee peste! Que mania de assustar os outros! Onde tu tava?

por aí, chupando manga, diz ela.

E também caju né pirralha? Se teu pai souber que tu tá indo pro outro lado...

Não abestado, olha aqui a vara, mas só tirei dessa galha que dá aqui.

Zé — E se esse povo vê? Tu tá ferrada.

Sof diz; se por acaso isso acontecer... é só eles esperarem o caju fazer efeito no meu intestino, que devolvo.

Zé da, uma gargalhada e diz; mas é moleca essa bichinha.

E se o teu pai souber hum?

Sof — aí, vou tá lascada! E tu serás o culpado. Simbora que já falou demais.

Rik com as mãos na boca, se segurando pra não rir das presepadas de Sofia.

Dois anos se passa...

Rik — Sof, o meu pai está desconfiado.

Não sei o que acontecerá se ele descobrir.

o peste do meu irmão disse coisas a meu pai. Penso que ele me segue.

Fiz treze anos, e temo que aos catorze vá mandar-me estudar no Recife.

olha, apaga esse número, que pode estar clonado, tem esse aqui, coloca nome de menina. E quando conversarmos será como se eu fosse uma tá bom?

Sofia chorando diz; Ah! Rik, não quero ficar longe de você.

Não chora , um dia levo você pra longe daqui. Diz Rik.

Os dias iam passando, eles se viam menos para não chamar atenção.

Sofia estava fazer doze anos, Rik marcou de se encontrar com ela.

Rik- Sof minha Sofia... Estás ficando cada dia mais linda.

Gosto tanto de você, mas tanto, que penso que isso é amor.

Sofia — Eu tenho certeza Rik, nunca vou gostar de ninguém além de você.

Ele tira do bolso uma caixa e manda ela abrir.e diz. Feliz aniversário! minha princesa.

Ele diz; uau! Que lindos, mas… dois?

Um é seu e outro é para mim. Tem o nosso nome. Diz Rik, colocando o anel no seu dedo

Ela fica de ponta de pé, e dá Um beijo suave.

 Ele diz; quando ficarmos adultos, levarei você para bem longe e nos casaremos.

Nisso ouvi-se uma voz grave:

André

Sofia! O que significa isso?

O que está fazendo com o filho do meu inimigo?

Sofia - painho?

Eu disse que não queria ver você com ninguém dessa família!

Sofia chorando diz;

Ele é meu amigo, ele é bom

Rik diz; senhor com todo respeito, eu gosto da Sofia, e nós não temos culpa do passado de vocês.

Ele irado diz; Zé! Jogue esse fedelho pra fora de minhas terras!

E você vem comigo! E sai a puxar ela pela cintura com força.

Rik chorando diz; por favor senhor, não a machuque.

Zé segurando ele diz , vamos garoto, saia para não ficar pior

Mas se ela machucar ela , é apenas uma menina Zé!

Ele não vai machuca-la, mas talvez vá manda-la pra longe.

Olhe, eu gosto da menina, amanhã você vai na mercearia do seu João . E lá te aviso o que ele vai fazer.ta bom ? Agora vai.

Rita. Prepare as coisas dessa menina. Vou manda-la para casa da tia. No Recife. Ah, e me dê seu celular.

Sofia - meu? Se fosse não tomaria !

Rita - Mas porquê?

porque mainha? Porque é um homem vingativo e cheio de ódio!

Ele levanta a mão para bater nela, mas Rita não permite.

Deixa ele bater mainha! Ele só conhece o ódio, essa casa tem cheiro de ódio.

Meu bisavô morreu com ódio, e o do Rik, por causa dessa maldita terra!

E eles não levaram as terras nem dinheiro.só levaram terra na cara.

Eu não quero e não vou herdar esse ódio! Só quero herdar o amor.

o lugar do ódio é no inferno e não quero ir para lá.

E nem quero essas terras!

Você vai afastar-me de Rik, e eu vou afastar-me de você painho!

Se eu não for feliz, será culpa sua.

E nem tente arrumar um macho para mim.

pois, farei da vida dele um inferno ouviu!

Tenho pena de você mainha.

Após dizer tudo ela entra no quarto chorando.

Rita entra no quarto, toma um banho , e volta pra conversar com o André.

Rita diz, se a minha filha vai, eu vou também. Ela é minha alegria nesse mar de ódio.

Ele diz; Eu vou pensar , se mando ou não.

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