Passado cruel

^^^Ametista ficou um pouco com ela no hospital, pois a qualquer momento ela poderia acordar e não ter ninguém para chamar um médico, mas o médico sabia que isso não ia acontecer tão cedo já que Luna estava a base de remédios e então ele pediu para ela ir embora. Como ela estava na UTI não poderia receber tantas visitas assim para não piorar o seu caso e Ametista acabou sendo a única pessoa que poderia visitá-la.^^^

— Selina: Como ela tá????

— Ametista: Ainda desacordada, o médico disse que é devido ao medicamento

— Selina: Entendi, provavelmente mais tarde ela acorde

— Ametista: Espero que sim, acabou que só eu posso visitá-la.

— Selina: Você é a melhor opção no momento Ametista, eu não consegui acompanhar a cirurgia dela sem entrar em pânico

— Ametista: Sei bem como você é, eu acho que já tá na hora de contar a verdade pra ela

— Selina: Tem certeza disso??? Espera mais um pouco porque o choque vai ser grande

— Ametista: Não dá mais pra esperar, guardei isso durante anos e foi a pior decisão da minha vida.

— Selina: Não se preocupe que ela vai entender o que aconteceu

— Ametista: Espero que sim

...À tarde Safira chegou na casa noturna com a pequena Amie e as outras ficaram sem entender nada já que ali não era um ambiente apropriado para crianças então ela rapidamente explicou, a mulher que dizia ser a sua prima foi quem ligou para Éder entregando a menina. A professora estranhou o fato de ter um homem com ela ali na escola e disfarçadamente tirou algumas fotos, sabendo do que aconteceu com a menina ela foi até a delegacia entregando as fotos, pois eles pareciam mais um casal apaixonados do que uma ameaça, assim que o delegado tomou ciência das fotos foi imediatamente até a casa de Safira e deu ordem de prisão a mulher depois explicou o que descobriu....

— Selina: Então quer dizer que isso é tudo culpa dela???

— Safira: Também, eles combinaram tudo durante um mês e Calissa deu as ordens quando soube que Luna ia sair do convento

— Ametista: Eu deveria saber que não podia confiar nela, o meu maior erro foi esse

— Selina: Se acalme Ametista, ela vai ficar bem e vai voltar pra cá

— Ametista: Eu vou tentar, não consigo imaginar como tá a cabeça da minha pequena

— Selina: Calma e respira fundo.

^^^Em poucos minutos Ametista recebeu uma ligação do hospital informando que Luna tinha acabado de acordar e que iria refazer alguns exames para descobrir se não tinha alguma sequela, ela então informou as outras e correu pro hospital pra ficar perto da sua menina. Ela achava que não era digna do seu amor ou do seu perdão por isso que no dia em que a encontrou fingiu não saber quem era, o medo de perder a filha e dela não saber que a sua mãe estava viva fez com que um turbilhão de coisas passassem por sua mente então decidiu contar a verdade.^^^

Flash back:

— Lavinia: Assim que essa criança nascer você vai ter que se desfazer dela, você é um desgosto pra essa família. — gritava a sua mãe

— Ametista: É a minha filha mãe, a senhora não pode me pedir pra fazer uma coisa dessas

— Lavinia: Tudo isso por causa daquele catador de latinhas

— Calissa: Deixa ela morar com ele mãe 😏

— Ametista: Eu pensei que você gostasse de mim

— Calissa: Você fez a sua escolha Ametista, ao invés de escolher um homem rico preferiu o catador de latinhas

— Ametista: Pelo menos ele tem um bom coração diferente de vocês duas, quer saber eu vou embora daqui agora mesmo

— Lavinia: Saia sem levar nada daqui

— Ametista: Não se preocupe que eu não preciso de vocês pra nada

Assim a jovem Ametista saiu da casa de sua mãe sem ter para onde ir, ela então foi até a casa do seu namorado Rui para pedir abrigo por um tempo porém ele não foi encontrado em lugar nenhum. Ela tinha perguntado a todos os vizinhos e pessoas que o conheciam, mas ninguém o tinha visto depois da visita da mãe dela, ela então teve que ficar na casa onde ele morava, pois não tinha mais para onde ir naquele momento. Durante a semana ela procurou emprego em alguns lugares e até chegou a encontrar num restaurante local, mas depois de 6 meses trabalhando lá a sua mãe descobriu e fez ela ser demitida do trabalho e ser expulsa da casa alegando que havia sido invadida, perdida e sem saber pra onde ir ela encontrou com a antiga dona da casa noturna que a chamou para trabalhar ali e sem pensar muito ela aceitou. Depois que a filha nasceu ela teve que entregá-la no convento já que ali não era lugar pra um bebê e também não tinha uma casa sequer.

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