Capítulo 4: A morte do meu pai

Pensamentos de Rafaela Fernandes:

Enquanto caminhava pela a rua as pessoas evitavam passar perto de mim e outras me olhavam com nojo, só não foi maior que minha dor que estava sentindo naquele momento.

Cheguei na minha casa e posso chorar sem ter vergonha.

Ai está ela, é bem simples, tanto por dentro quanto por fora:

E ao entrar dentro me deparo com meu pai:

Ele está se sentindo mal no chão da nossa cozinha, caminho o mais rápido que consegui e trouxe um copo de água, seguro sua cabeça e dou a ele na boca a água.

Vítor Fernandes:

Me perdoe minha filha!

Eu nunca fui um bom pai para você!

Rafaela Fernandes:

Fica quietinho aí, o importante agora é a sua saúde.

Vou ligar para o medico vim te ver.

Vou pegar o celular para ligar e vejo ele fechar os olhos e sinto que estou o perdendo, era o único que ainda existia da minha familia, ele faleceu ali mesmo e eu não pude fazer nada.

Por favor pai não faz isso comigo!

Choro encima do seu corpo, que neste momento não há mais vida!

Ele realmente nunca foi um bom pai para mim, mas me sentia bem ao tê-lo aqui comigo e agora estou sozinha no mundo, que razão eu tenho de viver assim?

O médico veio e confirma que realmente ele está morto.

E a causa de sua morte foi uma parada cardiorrespiratória.

Eu vi que o médico ficou me olhando, o estado que me encontrava, mas não disse nada apenas fez seu trabalho e o paguei, foi embora e novamente estou só.

Tomo um banho e me visto para o velório.

Era apenas eu e ele, ninguém mais apareceu no interro.

Ai está eu:

Dou um adeus para meu pai.

Saio com a cabeça cheia e quando me sentia assim só tem um lugar que me tranquiliza e tira minhas dores.

Caminho até lá com muita dificuldades.

Veja você mesmo:

Me sento em uma pedra e fico olhando a água caindo da cachoeira, aos poucos me sinto bem melhor, pelo menos por enquanto.

Ouço um barrulho e me tira dos meus pensamentos, me viro e me deparo com esse animalzinho fofo:

Vejo ele correndo entre as vegetações e desaparecer de minha visão.

Volto novamente aos meus pensamentos, as pessoas dessa cidade tem razão, sou amaldiçoada.

Por onde passo só levo desgraça, se eu desaparecer agora ninguém neste mundo sentiria minha falta e se importaria comigo.

Me jogo para dentro da correnteza e quando estava perdendo a consciência vejo o rosto de uma senhora de idade, e também foi a última coisa que vi até perder por totalmente a consciência.

Começo a retornar a consciência e ao abrir os olhos vejo essa senhora sorrir para mim:

Senhora Dalva Mendes:

Que bom que está retornando a consciência.

Rafaela Fernandes:

Obrigada senhora!

Eu realmente quero morrer!

(Reparo que estou na beirada da cachoeira)

Senhora Dalva Mendes:

Não fale assim menina!

É muito jovem para isso!

Rafaela Fernandes:

Quero destruir essa dor que estou sentido!

Senhora Dalva Mendes:

Essa é a piormaneira de fazer isso!

Rafaela Fernandes:

Não há razões para viver!

(Senti que ela é confiável, me transmitiu cofiança e começo a contar a minha história, ela fica assustada com tudo o que disse)

E ela me abraçar bem forte.

(Ambas ficam abraçadas por alguns minutos)

Senhora Dalva Mendes:

Vou te ajudar menina!

Me promete nunca mais cometer está loucura?

Rafaela Fernandes:

Te prometo que não vou mais.

(Abaixo a cabeça de vergonha)

Senhora Dalva Mendes:

É bom ouvir isso de você.

Me acompanhe.

Pensamentos de Rafaela Fernandes:

A sigo calada.

Chegamos em uma casa na beira do rio, deve ser dela.

Olha ai:

Entro dentro da casa com ela.

Ela me entrega uma toalha, sabonete e uma muda de roupas.

Acompanho ela até o banheiro.

Senhora Dalva Mendes:

Tome seu banho e depois conversamos, tá bem?

Rafaela Fernandes:

Sim senhora!

Enquanto tomava meu banho reparo nas marcas de violência que tem espalhado pelo corpo e essas podem até desaparecer com o tempo, mas a da alma nunca vai.

A dor me domina novamente e começo a chorar.

Me seco e visto a roupa que a senhora me deu e fico assim:

Saio do banheiro vou até a sala, lá está ela sentada no sofá lendo uma revista, ao me ver ela a larga.

Senhora Dalva Mendes:

Senta aqui.

Pensamentos de Rafaela Fernandes:

Caminho até lá com muita dificuldades, mas me sento ao seu lado como me pediu.

Senhora Dalva Mendes:

Fique ai, já volto!

Pensamentos de Rafaela Fernandes:

É o que faço, a espero.

Vejo ela vindo com um copo de água, com duas cartelas de remédio e mais duas pomadas.

Ela me entrega o copo de água.

Senhora Dalva Mendes:

Aqui tem dois remédios para dor e o outro para inflamações, em 8 a 8 horas deve tomar um de cada deles.

Rafaela Fermandes:

Pego os remédios e os tomo!

Senhora Dalva Mendes:

Menina, você deveria denunciar quem fez isso com você.

Rafaela Fernandes:

Eu não vou...

Senhora Dalva Mendes:

Calma minha menina!

O que vai fazer da vida?

Rafaela Fernandes:

Ainda não sei, só sei que não quero ficar mais morando neste lugar que me fez tanto mal.

Senhora Dalva Mendes:

Tenho um irmão que mora em Nova York, se quiser pode ir morar com ele lá.

Rafaela Fernandes:

Não faço ideia aonde mora e além do mais nem vai me querer lá, não sou nada dele.

Senhora Dalva Mendes:

O meu irmão Nicolas Mendes só tem a cara de durão, na realidade tem um coração mole, olhe como ele é:

Espere ai, já volto.

Rafaela Fernandes:

Vejo ela se levantando e saindo.

Não demora muito ela vem com um papel em sua mão.

Senhora Dalva Mendes:

Aqui está o número dele e o endereço.

Rafaela Fernandes:

Como ele vai saber que foi a senhora que me mandou lá?

(Vejo ela tirando um correntinha do seu pesçoco)

Senhora Dalva Mendes:

Entregue isso a ele!

Venha comigo, está na hora de comer algo!

Pensamentos de Rafaela Fernandes:

Não estou com fome, mas vou comer algo por ela.

Foi o que fiz.

E logo em seguida ela me mostra um quarto e pede para que eu descanse, é isso que eu faço.

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