Heirs Of Destruction
Sob a chuva que caía lentamente, o jovem de cabelos brancos, tão alvos quanto a neve, lutava para respirar. Seu corpo cansado e encharcado tremia enquanto o ar gélido se misturava com a dor que percorria seu ser. Deitado em uma poça de seu próprio sangue, sujo de lama e com hematomas espalhados, ele se recordava de estar no campo de batalha por semanas intermináveis.
Um ferimento quase fatal em seu peito direito latejava a cada respiração, fazendo com que cada inspiração fosse uma tortura. Ele ansiava por qualquer ajuda que pudesse chegar, permitindo-lhe escapar daquele lugar que parecia destinado a ser seu túmulo.
Com determinação, ele abriu os olhos e encarou a lua cheia que brilhava no céu noturno. O tempo parecia ter congelado, e as gotas de chuva caíam lentamente, enquanto o rapaz ensanguentado contemplava o que parecia ser seu destino inevitável.
"Diabos, eu posso realmente morrer aqui."
O rapaz estava exausto, estendido no chão, e não conseguia evitar pensar se algum de seus companheiros de guerra havia sobrevivido à terrível batalha travada naquele lugar.
No entanto, ele percebeu que algo ou alguém se aproximava com passos cambaleantes. "Passos?", ele se questionou.
Quando seus olhos se abriram, ele se deparou com algo surpreendente. "Ei, cabeça-dura!", disse uma voz misteriosa.
O rapaz ensanguentado, com um rosto surpreso, olhou para o recém-chegado e exclamou: "Kaida!"
Kaida, com um sorriso no rosto, continuou a provocar Moya. "Você está acabado, Moya."
Moya, com uma expressão insatisfeita, olhou para Kaida e disse: "Eu nunca imaginei que um imbecil como você conseguiria sobreviver."
Kaida, estendendo os braços em direção ao irmão, o ajudou a se levantar. "Venha, vou te carregar."
Os dois irmãos começaram a caminhar até o topo de uma colina próxima, mesmo que ambos estivessem gravemente feridos devido à batalha anterior. A lama sujava as botas de Kaida, mas ele carregava Moya como se fosse algo leve.
Ao alcançarem o topo, o sol começava a surgir, iluminando tudo ao redor com seu brilho ardente. Kaida e Moya se sentaram em rochas próximas.
"Finalmente, chegamos,irmão, podemos descansar...", disse Kaida, com a voz cansada.
Moya olhou para Kaida e comentou: "Kaida, logo morreremos feridos aqui em cima. Eu nunca imaginei morrer ao seu lado. Na verdade, imaginei morrer com cinco garotas, mas nunca com um fracassado como você."
As palavras de Moya deixaram Kaida indignado. Ele retrucou: "E eu sempre imaginei que teríamos uma morte gloriosa!"
Eles lembraram dos tempos passados juntos, relembrando os momentos que moldaram a amizade deles.Aqueles dois tinham muitas histórias para contar, de duelos iniciais a aventuras que os forjaram como guerreiros.
As memórias fluíam como o sol nascendo no horizonte, iluminando o novo dia e enchendo-os de esperança.A amizade de Kaida e Moya,às batalhas e provações, e mesmo no calor da morte iminente, eles encontravam conforto na companhia um do outro.
E assim, sob o nascer do sol, os dois irmãos aguardavam o que o destino lhes reservava, juntos, como sempre haviam estado.
|Continua...|
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Muito legal diferente
2024-01-18
1