Capítulo 02

Liz: Hoje faz exatos três anos e um mês que fui salva por Dominic e Samantha. Desde então vivo uma vida de princesa com pessoas que me protegem, me cuidam e acima de tudo que me amam e me respeitam. Quando matei os infelizes que tanto me causaram, achei que estaria tudo superado em minha vida, porém não está. Na construtora onde trabalhava, em um certo dia um funcionário, dos poucos que deixei se aproximar de mim, mas ele confundiu as coisas e me beijou, enquanto eu tentava me afastar, a sua mão foi de encontro a minha bunda, o que me levou ao desespero, eu o chutei nas partes íntimas e sair correndo até a sala da Laís desesperada, o meu corpo tremia e as lembranças vieram com força após três anos, levei duas semanas para conseguir sair do quarto e só foi possível, depois que Ethan veio de Oxford, ele é o único com quem consigo falar realmente o que sinto é o único que consegue me tirar do escuro e me levar para a luz. Nem preciso falar que o Ethan deu fim nesse cara e que eu não fui mais a construtora e agora trabalho apenas na fortaleza. Saio dos meus pensamentos chamando minha mãe para conversar algo que eu não compartilhei com Ethan não da forma que realmente é mais que me consumindo. — Mãe, posso entrar? Falo ao dar uma batida na porta do escritório de nossa casa e abri colocando apenas a cabeça para dentro.

Isis: — Claro meu amor entre. Falo e vejo Liz entrar meio receosa.

Liz: — Pai está aqui, não o vi chegar. Falo e me aproximo dele, que me beija na testa, vou até minha mãe e a abraço.

Vincenzo: — Preciso de um banho, vou subir, se precisarem de mim me procurem. Falo e saio.

Isis: Anda venha, me sento no sofá e bato as mãos no meu colo e Liz, se deita com a cabeça no meu colo, faço carinho em seu cabelo. — Vamos diga o que tá te deixando aflita.

Liz: — Mãe eu queria te falar algo que sinto a muito. Falo e ela me olha como se manda-se eu continuar. Respiro fundo e continuo. — Mãe eu sinto acho que amo Ethan como você ama o meu pai, isso está explodindo dentro de mim, ainda mais depois de passarmos tantos tempos longe faz oito meses que não o vejo.

Isis: — Espera vocês dois não namoram?

Liz: — Não, nunca tivemos nada, somos amigos talvez mais que isso, mais nunca fomos além de abraços e carinhos. Ethan me ajudou sempre, desde que nos falamos por telefone tenho sentimentos por ele que são bem diferentes dos meus sentimentos por vocês e por meus irmãos. Suspiro alto.

Isis: — Mas? Pergunto sabendo que não era exatamente isso que ela queria falar.

Liz: — Eu tenho medo de falar para ele e descobrir que ele não senti o mesmo e o pior o que mais me dar medo é não conseguir ir além, de o beijar e de ser tocada por ele. Eu tenho sonhado com isso e nos meus sonhos eu não consigo, falo e uma lágrima escorre.

Isis: — Primeiro tenho que te dizer que é você quem deve enfrentar os seus medos. Deixe as coisas acontecerem e enfrente os obstáculos mais sem desistir. Nada é maior que a sua vontade e o seu desejo não deixe que os medos e as reações negativas do seu corpo tomem o controle da sua vida.

Liz: — Obrigado mãe. Ficamos ali por um bom tempo. Conversando sobre o assunto e tudo o que eu queria era que os meus medos e traumas fossem tão simples de se resolver quanto as nossas conversas. No entanto desde que aquele rapaz me tocou até os pesadelos voltaram, que são as imagens de tudo o que vive me perturbam noites após noites. Apenas Ethan sabe disso, pois sempre que tenho esses sonhos eu ligo para ele somente a sua voz é capaz de me acalmar.

Na Inglaterra…

Ethan: O meu telefone toca assim que chegou em casa e atendo ouvindo aquela voz que tanto amo, ver Liz no seu aniversário de quinze anos só confirmou aquilo que já sabia, que a amo com toda a minha alma, mas Liz ainda é apenas uma menina de quinze anos e ainda mais cheia de traumas e dores que pretendo cura-las cada uma delas. — Oi pequena. Falo assim que atendo o telefone.

Liz: - Está ocupado? To com saudades. Falo manhosa. Faz exatos seis meses que não vejo Ethan, pois ele estava fazendo estágio e no fim de semana ele e os outros estão vindo para a Itália de vez. Saio dos meus pensamentos ouvindo aquela voz que por muito tempo não teve rosto, que faz o meu coração saltitar.

Ethan: — Também estou com saudades, hoje o dia foi cheio, porém foi meu último dia na faculdade. Agora é nos organizarmos e daqui dois dias estaremos aí.

Liz: — Espero ansiosa, como está o nosso irmão Henry? Sentir ele diferente hoje, quando nos falamos mais cedo.

Ethan: — Pequena estamos organizando nossas coisas, é só a correria, eu preciso desligar, estou no banho. Minto.

Liz: — Ah, desculpe. Fico nervosa ao ouvi-lo falar que está no banho, imaginei o seu corpo e sentir um calor que sempre sinto ao seu lado. Vou esperar a sua ligação, tchau. Falo e já desligo nervosa.

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Henry: — Porque não pede logo ela em casamento? Quer dizer, com ela acho que precisará ter um namoro primeiro. Falo para a minha cópia, que nos últimos tempos anda muito disperso.

Ethan: Suspiro derrotado, eu preciso dar o próximo passo, pois, desde que falei com Liz a primeira vez ela se tornou o meu mundo e eu nunca mais tive mulher alguma em minha vida é isso já faz três anos e 26 dias, não que eu esteja contando, mais minhas mãos calejadas de me dar prazer é um lembrete a cada banho, ver o quanto Liz se transformou ao longo desse tempo foi incrível e fez deseja-la a cada dia mais. — Sim, está na hora e hoje mesmo farei isso, só não sei como isso funcionará.

Henry: — Terá que ter paciência, isso está claro, mas acredito que isso não será problema para você que já mudou tanto depois que a conheceu, não sei se eu conseguiria ser tão paciente assim. Sabe como éramos insaciáveis e cheios de mulheres para nos satisfazer no auge dos nossos dezoito anos e posso te dizer que hoje estou ainda mais, enquanto você foi à lona, kkk, mas como diz o nosso pai o amor vale a pena e muito a pena. Só rezo para que o meu amor demore muito para aparecer, pois, ainda quero curtir e muito. Ouço o meu primo gargalhar na poltrona ao nosso lado.

Vitor: — Se fosse você ficaria calado, kkk. Talvez fique ainda mais paciente que sua copia.

Jade: — Vocês são uns babacas, irei ver cada um de vocês feito uns idiotas apaixonados assim como meu Lorenzo, Dominic e Johnny. Agora cuidem das crianças que eu irei descansar.

Henry: — E você, Samantha, Elizabethe, Eva, Laura, Luana, Vitória e Jehnny. Vocês também são idiotas apaixonadas como eles, kkk. Sinto falta dos outros. Falo sendo sincero.

Jade: — Também sinto, estamos cada dia mais distantes uns dos outros, porém, felizes mesmo assim e é isso que importa. Agora se me dão licença, cuidem bem das crianças, irei descansar durante nosso voo. Dou um beijo em Lorenzo e vou para um dos quartos do nosso avião.

Ethan: Jade saiu nos deixando com os pequeno enérgicos, meu irmão feliz com a sua família, Lorenzo e eu somos tão diferentes quanto eu e Henry somos idênticos e ao mesmo tempo ele é idêntico ao nosso irmão Dominic, que ao mesmo tempo não parecemos em nada com a nossa irmã Elizabethe que é a nossa quintupla. — Tem certeza que já irá se mudar para o Sonho verde na próxima semana? Pergunto para Henry.

Henry: — Sim, a Sonho Verde é apenas duas horas de carro e soube que lá tem algumas novatas. Falo e pisco para ele.

Ethan: — Nossa mãe vai te matar, se comporte. Lembra que quando você tinha dezesseis e comeu várias das mulheres de lá, ela acabou descobrindo e achou que seu único interesse lá fossem as mulheres kkk.

Henry: Nem me lembre disso, kkk. Nosso pai me deu um castigo tremendo, e você também que andava comendo todas as soldadas da sede da máfia e do condomínio. Nós éramos terríveis. Os únicos santos foram Lorenzo e Dominic que se casaram com a unica mulher que tiveram na vida.

Lorenzo: E não me arrependo, sou o

um homem muito realizado com Jade e nossos dois pequenos. Acredito que Dominic pense o mesmo que eu.

Ethan: Ficamos conversando por horas e paramos apenas quando os pneus da nossa aeronave encontraram o chão, ao descer encontramos o olhar orgulhoso de nossos pais literalmente, Vincenzo, Vitor, John e Raul. Os meus sobrinhos Anne e Pietro, correm para os seus avós. Logo estamos chegando em nossas casas todos nós temos uma apenas Liz ainda vive com os nossos pais. O jantar será na casa do meu pai. A última vez que vir aqui foi quando perdemos a nossa avó dois meses depois de ter perdido o nosso avô. Nenhum dos quatro estão com a gente mais vó Amélia foi a primeira a nos deixar, depois Mateo, talvez de todos nós os que mais sofram com as perdas foram os nossos tios Paola e Vitor, para eles cada perda era um baque sem igual, eles levaram muito tempo para sorrirem novamente. Saio dos meus pensamentos com Ryan entrando em meu quarto.

Ryan: — Vamos andar. O jantar será na casa dos maus pais, na sua a Liz iria desconfiar. — Espero que vocês deem os primeiros hoje. Pra falar a verdade eu sempre achava que vocês já ficavam a algum tempo só quando aquele maluco a agarrou a força que eu entende que entre vocês nunca ouve nada.

***

Liz: — Já viu mãe, grito do alto da escada, onde me lembrei do celular, sei o quanto esses jantares demoram e não quero dormir antes de ouvir a voz do Ethan. Desço as escadas e saio com os meus pais. Não sei porque à medida que a casa da minha tia Laís se aproxima eu me sinto nervosa com o coração acelerado, antes das portas se abrirem, ouço o burburinho. — Mãe eles chegaram? Pergunto e ela dar de ombro abro a porta apressada, quando chego na área gourmet lá está ele, musculoso, com os seus cabelos molhados caindo sobre a testa ele sorriu para mim e eu para ele, ofegante seguir meus instintos e corri pulando em seu colo. — Por que não me disse que estava vindo?

Ethan: — Se eu conta-se deixaria de ser surpresa pequena, falo tentando controlar o meu corpo Liz nunca havia pulado em minha cintura.

Mateo: — Ei e nos não recebemos um abraço não. Falo fazendo biquinho.

Lis: — Ai meu Deus, me desculpem, abraço todos os meus primos e os meus irmãos. O silêncio era algo impossível entre nós, não só pelas várias crianças, mas também por nós os adultos que conversamos colocando todos os papos em dias, após o jantar maravilhoso que Sara e Paola fizeram com a ajuda da Laís. Nossas madrinhas são cozinheiras de mão cheias e elas amam cozinhar para a família. Me aproximei me despedindo de todos. Ethan, você pode me acompanhar até em casa? Pergunto e ele prontamente diz que sim, saímos rumo a minha de certa forma nossa casa.

Ethan: — Liz, a chamo quase que em um sussurro, buscando coragem para iniciar uma conversa que mudará o rumo das nossas vidas.

Liz: — Sim, falo me sentando no sofá ao lado de Ethan, ele se vira para mim e segura a minha mão.

Ethan: — Liz eu nunca te contei mais, a três anos e um mês que eu liguei, fiz uma ligação para a pessoa que se tornaria o meu tudo, se tornaria a pessoa mais importante da minha vida. A minha outra metade. Infelizmente essa pessoa tinha feridas demais e naquele momento não poderia me declarar eu precisava ajudá-la acima de qualquer outra coisa, mas hoje é o momento de me declarar de te dizer o quanto eu te amo e não é como minha irmã nem como amiga, eu te amo como um homem ama uma mulher, assim como o meu pai ama a minha mãe, me levanto e segurando em suas mãos me ajoelho abrindo uma caixinha com um anel digo. Liz, quer namorar comigo?

Liz: Meu coração erra todas as batidas me deixando ofegante e trêmula. — Sim, eu quero. Com um grande esforço, seguro o seu rosto e o beijo.

Ethan: Nosso beijo é um beijo calmo, talvez o beijo mais inocente que já recebi de alguém, mas é ao mesmo tempo puro e mais cheio de amor, minhas mãos estavam loucas para explorar o seu corpo mas eu as contive, sei que terei que ir com calma.

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Recadinho da autora...

Curtam e comentem muito amo ler vocês. 🍀😘

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