A IRA DE MARIA
A cidade de Nova York era um turbilhão
de vida, com suas ruas movimentadas,
prédios imponentes e a constante
sensação de que o mundo inteiro se
encontrava ali. Maria nunca se sentira
completamente à vontade nesse
cenário, apesar de ter vivido na cidade
durante toda a sua vida. O ritmo
acelerado, as multidões impessoais e a
correria constante eram o oposto de
tudo o que ela valorizava. No entanto,
era ali que ela precisava estar naquele
dia ensolarado de outono.Era um
sábado típico, com as pessoas indo e
vindo, ocupadas com seus afazeres,
mas Maria tinha um objetivo específico
em mente. Ela caminhava
apressadamente pelas calçadas
lotadas, seu cabelo escuro balançando
ao vento, enquanto segurava uma pasta
cheia de documentos. A expressão
concentrada em seu rosto mostrava a
seriedade de sua missão.Maria era
advogada, uma das mais talentosas da
cidade. Seu trabalho era sua paixão, e
ela dedicava horas intermináveis a
casos complexos e clientes exigentes.
Ela estava a caminho de uma reunião
crucial em um dos maiores escritórios
de advocacia de Nova York, onde
representaria um cliente em um
processo multimilionário. Era uma
responsabilidade que ela abraçava com
determinação, mas também um fardo
que a consumia.Conforme se
aproximava do edifício de vidro
espelhado que abrigava o escritório,
Maria sentiu um nó se formar em seu
estômago. A pressão de seu trabalho
estava sempre presente, mas naquele
dia, a expectativa e o nervosismo eram
especialmente intensos. Ela estava
prestes a entrar no elevador quando
um barulho estridente chamou sua
atenção.Um pneu furado. Foi o que a
distraiu naquele momento crucial. Um
carro preto que passava ao lado dela
havia perdido o controle e parado
abruptamente na calçada. Maria
virou-se instintivamente para ver o que
havia acontecido, seu coração batendo
mais rápido. Ela estava acostumada a
desafios legais, mas não estava
preparada para o que viu a seguir.Do
carro saiu um homem alto e atlético,
vestindo um terno impecável, mas com
uma expressão de frustração evidente.
Ele olhou em volta, visivelmente
incomodado com a situação. Maria
notou que ele estava segurando um
celular, e as palavras "chamada
perdida" piscavam na tela. Parecia que
ele estava no meio de uma conversa
importante quando o pneu
furou.Curiosamente, o homem se
aproximou de Maria e, com um sorriso
desconcertante, perguntou: "Desculpe
incomodar, você teria um celular para
emprestar? O meu acabou de morrer, e
eu preciso fazer uma ligação
urgente."Maria piscou, surpresa com o
pedido inesperado. Ela estava prestes
a recusar, afinal, tinha uma reunião
importante e pouco tempo a perder,
mas algo no olhar daquele homem a
fez mudar de ideia. Ela tirou o celular
da bolsa e estendeu a ele, dizendo:
"Claro, aqui está. Espero que resolva o
problema."O homem agradeceu com
um aceno de cabeça e rapidamente fez
a ligação. Maria observou enquanto ele
conversava com urgência, sua voz
suave e persuasiva. Era claro que ele
estava lidando com um problema sério.
Quando ele terminou a ligação,
devolveu o celular a Maria com um
sorriso grato."Obrigado, você me
salvou," ele disse.Maria apenas
assentiu, ainda intrigada com aquele
encontro inesperado. Ela estava
prestes a seguir em frente quando ele
acrescentou: "Ah, eu me chamo Daniel,
Daniel Mitchell."Ela sorriu levemente e
se apresentou também: "Maria
Santos."Aquele breve encontro com
Daniel Mitchell havia mudado o curso
do dia de Maria de uma forma que ela
nunca poderia ter previsto. Ela não
sabia, naquele momento, que aquela
simples troca de nomes a levaria por
um caminho repleto de surpresas,
desafios e, mais importante, uma
história de amor que ela jamais
imaginara experimentar. Naquele
instante, porém, ela simplesmente
continuou sua jornada até o elevador,
com o coração batendo um pouco mais
rápido e uma sensação de expectativa
no ar.
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Atualizado até capítulo 50
Comments
Julia farias😉
obrigada 😊
2023-11-23
1
Josiane Costa da Silva
interessante, começando 19/11/23
2023-11-19
1