Sou Eu Que Faço o Meu Futuro

Depois de três horas Helena e Murilo os pais de Merlinda chegaram na casa da Nina com inúmeras bolsas e caixas, tudo aquilo era para que a filha ficasse na casa da amiga até o dia do parto.

_ Mãe, cadê as roupinhas de bebê?

_Vai ficar em casa já que é lá que você irá ficar depois do parto, e não irei mudar de ideia!

A mãe de Merlinda estava triste com a decisão da filha de ficar na casa amiga, ela não queria que a filha ficasse numa casa aonde ela terá que fazer os afazeres domésticos estando gravida, ela tinha mãe e a mãe estava mais que disposta de cuidar da filha.

_Helena, não precisa falar desse jeito com a nossa filha.

_Mas Murilo a nossa filha está doente e não vai pra casa, quem vai cuidar dela?!

_Eu mesma mãe, eu sei fazer de tudo, e outra eu aumentei minha carga horaria, então eu não vou ficar tanto tempo em casa e não, não vai ser cansativo pra mim!

A mãe de Merlinda olha pra ela desconfiada mas não fala nada, aquela era uma decisão de sua filha que já era maior de idade, tudo o que ela poderia fazer é aceitar e rezar para que ocorra tudo bem, e outra o médico a veria todos os dias até o dia do parto, se algo estiver estranho ele perceberá.

No dia seguinte Merlinda foi pro trabalho as 05:00 em ponto, quando ela chegou lá, ela teve uma surpresa, a empresa teve uma nova forma de repartição de salas, e ela ficaria em uma sala com poucas pessoas, por sorte sua amiga Jane estava lá, e ela receberia um alarme para caso acontecesse algo com ela.

_Jane, todos ganharam esse alarme?

_Não! Deve ser por que você já teve muitos ocorridos aqui na empresa, sabe, o bullying, a louca e agora o café!

Ela entendeu e aceitou o alarme para a sua segurança, mas por que ele mandaria um aparelho desse pra ela? será que é para manter a aparência, ou será que aquilo simplesmente é um rastreador, mas o que ela poderia fazer? ela tinha que aceitar.

Depois de um tempo Jane trouxe um lanche as 09:00 e logo era 13:30 seu horário de almoço, ela foi no restaurante combinado com o médico e ele já estava a espera dela.

_Boa tarde Merlinda.

_Boa tarde doutor.

_Você normalmente almoça esse horário?

_Sim e não, depois que eu fiquei gravida esse é o único horário que eu consigo comer, almoçar mais cedo me faz sentir ânsia.

Bem, você vai precisar almoçar mais cedo, com ânsia ou não, isso não faz bem pra você, agora coma, precisa comer antes da injeção.

No meio do almoço a conversa foi surgindo, mas tem uma coisa que não sai da cabeça de Merlinda, que é o nome do médico, ele era tão jovem e já tinha doutorado e estava cursando Ph.D. ela sabia tudo isso em uma única conversa, mas não sabia o primeiro nome dele e nem a idade certa.

_Desculpa ser muito curiosa mas qual a sua idade e seu primeiro nome?

_Pensei que não fosse perguntar nunca, ok meu nome é Heitor Alencar e eu não gosto muito do meu sobrenome não acho ele feio, e minha idade é 28, eu pulei muitos anos na escola e na faculdade, por isso que já estou no meu Ph.D.

_A seu nome não é feio ele é diferente, bonito e simpático.

_Ok, senhorita Delacroix.

Os dois riem com essa conversa, o suficiente para fazer as pessoas do restaurante que passava pela mesa deles olharem paras os dois. Merlinda pensa que se os dois tivessem que se ver todos os dias até o dia do parto, que pelo menos eles fossem amigos para não ficarem em uma rotina chata e que isso não se tornassem um fardo em todo santo dia.

Dois dessa conversa ele aplicou a injeção nela e logo deu uma bronca sobre o horário de almoço, ela aceitou a broca e voltou para a empresa, a sala que ela ficava era perto do banheiro e tinha uma ótima brisa quando a janela estava aberta, ela sentia muita vontade de dormir mas ela se manteve firme no seu trabalho.

O lanche da tarde veio, o trabalho foi acabando e depois que ela estava tudo terminado ela começou arrumar as coisas para ir embora, já era 17:52 e não tinha mais ninguém no escritório, tinha um por do sol incrível que se mostrava pela enorme janela daquela sala, a luz laranja invadia a sala o que fazia o cabelo dela ficar mais vermelho do que era.

Ela sentiu uma enorme necessidade de ir ao banheiro e foi, quando ela volta do banheiro ela se depara com o Alex em pé na janela esperando ela voltar, ela estava paralisada, não conseguia falar e nem se mover, mas Alex toma o primeiro passo dessa jornada