Capítulo 11

Uma notícia agitou a internet. O rebuliço começou quando um homem saiu de casa gritando coisas sem sentido. Ele parecia sentir dores ocasionais, mas logo depois caia na gargalhada.

Quando a dor o atingia, parecia insuportável. Ao ser levado ao hospital, nenhum problema de saúde foi detectado.

"Querido, aquele não era seu amigo?", perguntou Yasmin enquanto descascava frutas para Erlan.

"Hm, era? Nem tinha reparado", respondeu Erlan brevemente.

Enquanto Yasmin se virava para jogar as cascas no lixo, o homem deu um sorriso diabólico. Um sorriso assustador para quem o visse.

Yasmin voltou a sentar-se ao lado do marido. Seu rosto parecia carregado. Erlan sentia que algo a perturbava.

"Ah, é verdade, querida. Sua mãe te chamou ontem, não foi? O que foi? Você ainda não me contou."

Yasmin suspirou profundamente. No final daquela semana, seria a festa de aniversário de casamento de Sonya Ningrum e Haryo Suryoprojo. Ela não queria ir se Erlan não pudesse acompanhá-la. Embora conhecesse algumas pessoas, seria estranho ir a uma festa sozinha, sem o marido.

"Quem disse que eu não vou?", perguntou Erlan.

"Mas você já está bem?"

Erlan pousou o prato que tinha na mão no criado-mudo. Puxou Yasmin para perto e a envolveu em seus braços.

"Claro que estou bem. Até para isso eu consigo."

Erlan tomou os lábios de Yasmin num beijo suave. Suas mãos começaram a explorar o corpo da esposa, buscando o que não tocava há quase meio mês.

"Erlan...", gemeu Yasmin.

O som melodioso da voz da esposa só fez Erlan se entregar com mais fervor. Yasmin também ansiava por seu toque. E, por algum motivo, desta vez parecia diferente.

Erlan se tornava mais intenso, mas sem perder a ternura. Era mais dominante do que antes do acidente. Yasmin se sentia levada por suas carícias.

"Eu te amo, minha esposa."

"Eu também te amo, meu amor. Muito."

A paixão de Erlan aumentava a cada movimento. Suas roupas jaziam pelo chão, descartadas sem cerimônia.

"Você está pronta para carregar meu filho, meu amor?"

"Mais do que pronta, meu amor. Anseio por uma vida em meu ventre."

Com um sorriso, Erlan a beijou novamente e se preparou para semeá-la. Yasmin agarrou os lençóis com força quando ambos chegaram ao ápice do prazer.

"Obrigado, meu amor. Obrigado por sempre me apoiar. Obrigado por me aceitar como sou."

Erlan a abraçou com força. Era grato por tê-la ao seu lado, apesar das traições e humilhações que sofrera. Yasmin era a personificação do amor verdadeiro.

"Eu vou te proteger. Não permitirei que ninguém toque em você, nem mesmo seus pais", prometeu Erlan em pensamento.

Levantou-se devagar e seguiu para o banheiro. Lavou o suor do corpo e, sentindo-se revigorado, voltou a se vestir. Recolheu as roupas do chão e as jogou no cesto.

"Vou sair um pouco. Durma bem", sussurrou para Yasmin, beijando-lhe a testa.

🍀🍀🍀

Do lado de fora da Lemah Joglo, Handan aguardava Erlan com um Rolls Royce Cullinan, um SUV luxuoso, pronto para qualquer terreno.

"Que droga, Handan! Por que esse carro? É chamativo demais!"

Erlan estava irritado. Tinha pedido a Han que o buscasse, mas não com um carro tão extravagante.

"Minhas desculpas, senhor. O senhor não especificou o tipo de carro. Então escolhi este."

Erlan massageou a testa. Às vezes, seu braço direito podia ser um tanto obtuso.

Sem vontade de discutir, entrou no carro, pedindo a Han que partisse logo, antes que alguém o visse. Seu destino era sua casa particular, onde Willy também estava hospedado.

Durante o trajeto, Han contou a Erlan que o Dr. Willy estava livre naquele dia. Relatou também sobre o Hospital Awal Brown, fundado pelos pais de Erlan, Jonathan Brown e Sri Wedari. O hospital prosperava, mas algo o incomodava: a instituição havia se desviado de seu propósito inicial.

Com um solavanco, o carro luxuoso parou em frente a uma casa de tamanho modesto. Ao saberem da volta do jovem mestre, todos se alegraram.

Sapto correu em direção a Erlan e o abraçou com força. O homem de meia-idade chorava e soluçava em seus braços.

"Graças a Deus, Den Erlan! Você está bem!"

"Pakde Sap, eu ainda não morri. Não chore assim por mim."

Plak!

Um tapa na nuca interrompeu Erlan. Não era forte, apenas um gesto de afeto de Sapto. Erlan não se importou, pois sabia que só ele tinha essa liberdade. Sapto fora funcionário de seus pais e cuidara dele quando criança.

Sapto o conduziu para dentro da casa. Erlan respondeu com um aceno de cabeça às saudações respeitosas que recebia.

"Sente-se. Sua tia está cozinhando. Logo vamos almoçar com o Dr. Willy. Vocês precisam conversar."

Sapto se retirou, deixando Erlan e Willy a sós. Han logo se juntou a eles, após estacionar o carro.

"O que aconteceu com Yanto foi resultado da sua fórmula, Lan?", perguntou Willy diretamente.

"Sim. Que ele aproveite a vida... ou o que resta dela", respondeu Erlan com indiferença.

Willy meneou a cabeça. Depois de tudo o que passara, Erlan estava diferente. Mas ele não se surpreendia, pois o conhecia bem.

"E quando você voltará para o Awal Brown?"

"Ainda não. Primeiro o Hospital Geral. Tenho assuntos a resolver. Lembra quando dormi no refeitório? Acho que alguém me drogou. Aquela Maya... preciso ensiná-la uma lição."

"Como quiser."

Willy se rendeu à vontade de Erlan. Sabia que seu amigo se vingaria de todos que o prejudicaram. Erlan não era de perdoar facilmente.

"Só me pergunto o que você fará com as pessoas que tentaram te matar. Tenho certeza de que seu primo está envolvido no acidente de quatro anos atrás. Mas você deve saber melhor do que ninguém."

Continua...

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***