capitulo 4

Pedro pelos dois anos que se passaram, ele continuava a trabalhar por meio período na empresa de seu avô, ele já não era mais um menino irresponsável pois ao compreender que ele precisaria zelar pelo bom nome de sua família ele passou a ser mais responsável.

Nesse período ele também aprendeu como que funcionava o mundo dos negócios e ele realmente levava jeito para essa área.

Durante a tarde de domingo, após ele voltar para casa depois de uma breve viajem a praia, Gilberto se avô o chama para conversar em seu escritório em casa.

Pedro: chamou vovô? – ele fala abrindo a porta do escritório

Gilberto: sim, entre e sente-se

Pedro: sim senhor – ele se senta em uma poltrona no escritório

Gilberto: como foi a viajem?

Pedro: boa

Gilberto: espero que você não tenha agido inconsequentemente

Pedro: não, como sempre me comportei para não perder o meu bom nome

Gilberto: ótimo, mas eu te chamei para conversar pois realmente estou orgulhoso de você, o Reginaldo me contou que você tem um bom tato no empreendedorismo

Pedro: obrigado, eu realmente me esforcei para estar aprendendo tudo sobre o mundo dos negócios

Gilberto: eu sei e por isso estou orgulhoso, porém e eu não te chamei somente para te elogiar, eu também quero saber como anda o seu processo para estar entrando na universidade nos Estados Unidos

Pedro: vai bem, em breve vou fazer a entrevista de admissão na universidade

Gilberto: ótimo, ótimo! Quando você estiver morando nos EUA eu vou te passar para o cargo de diretor da empresa

Pedro: isso é sério? – ele pergunta surpreso

Gilberto: sim, assim você vai participar mais ativamente das tomadas de decisões na empresa, e isso já funciona como um estagio para que no futuro você se torne o CEO da empresa. claro que isso somente vai acontecer após você se formar na universidade

Pedro: obrigada pela confiança vovô e o senhor pode ter certeza que vou dar o meu melhor

Gilberto: eu sei disso – ele fica observando o neto – antes tem algumas diretrizes que eu acho que já é o momento de eu estar esclarecendo e acho que você já está na idade de saber

Pedro: ok e quais são as diretrizes?

Gilberto: você sabe que quando o seu bisavô fundou a empresa, ele teve alguns colaboradores, muitos eram grandes milionários que investiram valores apostando que daria certo. Eles foram os primeiros acionistas da empresa, e o seu avô que até então não tinha feito fortuna, ele precisou fazer alguns acordos para que a empresa continuasse a expandir.

Pedro escuta tudo atentamente, porem ele já conhecia essa história.

Gilberto: clora que os planos do seu bisavô deram certos e ele conseguiu fazer sua fortuna, tanto que hoje nossa família tem o maior número de ações, porem mesmo assim os descendentes dos primeiros investidores são os meus sócios e mesmo eles sendo acionistas minoritários, eles sempre estão ligados a todas as tomadas de decisões

Pedro: sei disso vovô, porem não sei onde o senhor quer cegar com essa história – ele fala ao ver que o avô estava tenso

Gilberto: Pedro um dos acordos que foi estabelecido com os investidores, foi que ...

Ele dá uma pausa e se levanta e começa a andar de um lado para o outro como se estivesse tentando encontrar palavras.

Pedro: que? – ele pergunta para que o avô terminasse a frase

Gilberto: que as ações da empresa deveriam ficar entre os fundadores

Pedro: acho que não estou entendendo

Gilberto: Pedro, para que houvesse um conflito de opiniões e para que as ações não fossem divididas em vários donos e assim a empresa perdesse o valor e a notoriedade, ficou acordado que os casamentos seriam feitos com membro das famílias dos fundadores

Pedro: e com isso você quer dizer?

Gilberto: que você como herdeiro e futuro CEO, devera se casar com alguma moça que pertença a família de algum dos fundadores.

Pedro: que? Não entendo

Gilberto: vou explicar

Pedro: por favor

Gilberto: você se casando com uma jovem, ela por direito tem o total 5% das suas ações, para os eventuais gastos

Pedro: até aí tudo bem, mas como vamos ser casados ela meio que se torna da minha família

Gilberto: sim, porem se vocês se separarem, ela após o divórcio ainda ficaria com os 5% para fazer o que quiser, que seja continuar como acionista ou até mesmo vender

Pedro: aí se o casamento for feito dentro das famílias, os 5% ficaria meio que em casa?

Gilberto: exatamente

Pedro: mas são todos os membros que devem fazer esse casamento ou somente eu que sou obrigado?

Gilberto: sim e não, na verdade os primogênitos das famílias devem fazer esses casamentos, pois são eles que vão receber as ações.

Pedro: mesmo o senhor sendo o sócio majoritário eu ainda sim preciso me casar com quem pertencer as famílias dos fundadores?

Gilberto: sim, aliás você é a pessoa mais importante! Eu me casei com a sua avó que é da família Campos, e o seu pai se casou com a sua mãe que é da família Diniz.

Pedro: que absurdo

Gilberto: Pedro você já é adulto o bastante para entender como funciona os acordos no mundo dos negócios

Pedro: eu entendo, porem se seguir assim vai chegar um momento que primos vão ter que se casar com primos

Gilberto: na verdade não, pois os primogênitos acionistas podem escolher membros de até quinto grau que pertençam as famílias

Pedro: mas assim vai dar no mesmo, as ações meio que seriam espalhadas em caso de divorcio

Gilberto: não exatamente, pois nesse caso o membro representante da família acionista ficaria como responsável pelas ações e isso impossibilitaria de vender a qualquer um.

Pedro: entendi!

Ele fica pensativo pois pelo que parecia, nem ele poderia ter controle do seu próprio destino.

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