Capítulo 6

Yuki se afasta do armário.

A porta se abre bruscamente e dela sai uma criatura pequena de aparência meio humanoide de uma criança de um ano, a sua pele recoberta por escamas vermelhas, suas mãos com garras negras e longas, uma cauda fina e longa na ponta uma lança, em sua cabeça dois chifres pontiagudos, em suas costas longas asas.

– Um demônio!

– Mestre... - a criatura resmunga dando um passo na sua direção.

Yuki dá um chute no ser que o arremessa no armário. Ele pega a sua mochila e sai pela saída dos fundos, antes da criatura se levantar.

Ele corre pelas ruas escuras até perder o fôlego, encostando em um muro com a respiração acelerada.

– Não pode ser real! Não pode ser real! - ele berrou após recuperar o fôlego.

Ele olha em volta e não há ninguém há não ser uma escuridão, e logo no final da rua ele vê o demônio voando na sua direção. Yuki volta a correr e quando olha para trás bate em algo duro e quando se vira é o alfa dominante, ele agarra o seu pulso.

– Me solta! - ele grita apertando seu pulso.

– Já é a segunda vez e dessa nem pede desculpas.

– Me desculpa! Está satisfeito?! Então me solte!

O alfa obedece e assim que o larga ele dá um passo para trás. Então um aroma forte de flores começa a contaminar o ar saindo de Yuki.

– Isto são feromonios?

Yuki volta a correr em direção para seu apartamento.

Ele chega, tranca a porta, então começa a procurar os seus supressores e quando acha a caixa está vazia.

– Não acredito! Pensei que tinha comprado mais!

Ele joga a mochila de lado, deitou na cama e enrolou na coberta.

Quanto mais o tempo passa mais a sua temperatura aumenta e a sua respiração aumenta, a pressão do ar começa a aumentar, mau conseguindo ficar consciente.

Uma pequena chama surge e dela sai o mesmo demônio, a criatura aproxima e quando ia tocá-lo, o alfa dominante aparece das sombras atrás do demônio. Ele olha para trás e se curva.

– Mestre.

– O que faz no mundo humano?

– O escolhido. Ele deve vir para o inferno.

– Me dê o que está na sua mão.

O demônio entrega a cartela de supressores.

– Você roubou isto da caixa?

– Seria mais facil de leva-lo.

– Vá. Eu cuidarei do resto.

A criatura se curva novamente e desaparece entre as chamas.

O alfa dominante não está se segurando para não atacá-lo, o aroma adocicado de ômega contamina todo o lugar. Ele morde o seu braço com força, fazendo com que mantenha a consciência. Ele pega um comprimido e aproxima de Yuki.

– Acorde e tome seu remédio.

Yuki abre os olhos e vê o alfa embasado.

– Quem-quem é você? - ele gagueja não o reconhecendo.

– Meu nome é Akira, sentamos juntos na aula de designer.

Mesmo ainda a sua visão embasada, ele relembra ser um alfa dominante.

– Me solte... - ele implora.

Akira coloca o comprimido na boca, ele aperta as bochechas de Yuki que abre a boca então ele beija-o ardente, fazendo-o tomar o remédio.

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