Cap. 2

Do outro lado da cidade...

_ Rafael, acorde! gritou a sua mãe.

_ Mãe… Por favor, me deixe dormir...Pediu Rafael sem abrir os olhos.

_ Não é porque você não está estudando que pode ficar em casa e dormir até tarde.

 _ Ah dona Fernanda, a senhora sabe porque eu não estou estudando agora... por acaso a senhora lembra que no início do ano eu saí da faculdade porque a senhora continuava insitindo na ideia que eu devo me forma em outra faculdade, na que a senhora escolheu... Já estou com quase vinte e dois anos já era para eu ter me formando, mas não...

_ Sim, eu quero que você forme na melhor faculdade do país, por isso o seu pai e eu fizemos o possível e um impossível para conseguir uma vaga para você...

_ Na melhor faculdade do país... Falou chateado. Rafael nao tinha vontade de estudar na tal faculdade, e por esse motivo não se esforçava para ir bem nas provas do vestibular da instituição. Ao abrir os olhos e olhar para a mãe, Rafael deu de cara com pai que parecia bravo, e ele imediatamente se levantou.

_ Eu sei que fui difícil conseguir uma vaga nesta faculdade, mas eu só volto a estudar no próximo semestre, então eu posso dormir...

_ Devia está na empresa com o seu pai, lembre-se você está sendo preparado para ser o presidente do maior conglomerado de empesas do país, que emprega milhares de funcionários e movimenta Bilhões de dólares ao ano...

Rafael suspirou e esfregando o rosto com as mãos ainda sonolento. A conversa com os pais sempre se repetia, e ele se sentia preso em um destino que não escolheu.

_ Pai, mãe, eu sei que vocês querem o meu bem, e eu sou grato por isso. Mas será que essa é realmente a vida que eu quero? Eu me sinto sufocado por todas essas expectativas, por essa pressão para ser o presidente de uma empresa que eu nem tenho certeza se quero comandar.

_ Rafael, nós só queremos o melhor para você. A empresa é uma parte importante da nossa vida, e nós acreditamos que você tem o potencial para liderá-la com sucesso. Disse a mãe que ao lado do pai, haviam planejado todo o futuro de Rafael.

Rafael suspirou novamente, sentindo um peso enorme sobre seus ombros,  tentando entender como os pais amorosos de quando ele era criança, haviam se tornado exigentes e inflexíveis.

_ Eu só gostaria de ter a chance de escolher o meu próprio caminho, mãe. Eu entendo que vocês têm grandes planos para mim, mas eu também tenho sonhos e desejos pessoais, e às vezes sinto que eles estão sendo deixados de lado. Eu não sou mais criança...

_ Deixa de falar besteira Rafael, o seu futuro está nas nossas empresas. Disse o pai com a cara fechada. _ Agora levante-se, vamos sair em trinta minutos, e sabe que eu não tolero atrasos.

Rafael era o único filho de Fernanda e Otávio Mendes,  herdeiro de uma das famílias mais ricas do país, fazendo com que a pressão sobre ele fosse ainda maior. Rafael estava destinado a assumir um papel de destaque nos negócios da família e a continuar a tradição de sucesso e riqueza. Essa posição frequentemente trazia expectativas esmagadoras, e principalmente para um jovem que não se reconhecia nessa função.

_Está bem, preciso apenas de um banho rápido, e depois vou para a empresa ser o sombra do papai.

_ Você sabe que eu não admito esse tipo de fala. Repreendeu Otavio.

 _ Desculpa pai...

 _ E a noite nada de sair, a Nicole e a família virão jantar conosco, você sabe que faço gosto na sua relação com ela.

 _ Relação que não existe mãe... Falou indo em direção ao banheiro antes que a mae continuasse com aquele conversa

Rafael entrou no banheiro, fechando a porta atrás de si, buscando um momento de paz para evitar outra conversa que o irritava, um possível relacionamento com Nicole. Enquanto a água do chuveiro começava a cair sobre a sua cabeça, ele refletiu sobre como sua vida estava se desdobrando. A pressão por ser o herdeiro da família estava deixando ele ansioso.

Enquanto tomava banho, Rafael  pensou em como seria difícil enfrentar o jantar com a família de Nicole naquela noite, e pensava em encontrar uma saida, sentindo  que estava sendo arrastado em direções diferentes, entre as expectativas de sua família e suas próprias escolhas de vida.

Após o banho, Rafael saiu do banheiro e se vestiu. Ele estava se preparando para enfrentar mais um dia ao lado do pai na empresa, mas no fundo de sua mente, ele sabia que em algum momento teria que tomar decisões importantes sobre seu futuro e seguir seu próprio caminho, independentemente das expectativas de sua família, mas faltava coragem para ele tomar essa decisão. E com a cabeça cheia, o seu dia passou lentamente.

Já Bia se preparava para mais uma comemoração. No início da noite ela se arrumava para sair, ela e os amigos se encontrariam para um jantar em comemoração ao aniversário dela.

_ Como estou? Perguntou pronta para sair.

 _ Você está linda, princesa.

 _ Obrigada papai.

_ Bia, você parece até uma boneca. Elogiou Julie.

_ Bia, você é incrivelmente linda . Disse Luna a abraçando.

_ Oh quem fala? As morenas de olhos verdes. Brincou beijando as bochechas das duas irmãs que se pareciam com o pai, tendo os olhos verdes como os dele.

_ Se cuide ,meu anjo.

 _ Não se preocupe mamãe, eu tenho juízo… Brincou. _ É apenas um jantar,  voltarei cedo porque amanhã ainda é quinta feira, e eu terie aula cedo. Falou se despedindo dos pais.

 Rafael conseguiu despistar o pai com a dizendo que precisava compar um livro, e por isso não voltou com ele para a casa depois do trabalho, precisava ficar um pouco sozinho. Ele havia Garantido ao pai que chegaria em casa a tempo do jantar com a família de Nicole.

_ Eu não vou jantar com eles… Decidiu Rafael depois de dar alguma voltas no centro da cidade, sem se importar com a irritação que causaria, principalmente na mãe. Com fome, ele resolver jantar, e escolheu uma restaurente que não costumava frequentar para evitar encontrar algum conhecido.

Rafael estava folheando o cardápio quando um começou a escutar um burburinho que o incomodou.  Havia uma mesa animada e e eles começaram a bater palmas. _ Péssima escolha Rafael... Resmungou balançando a cabeça de forma negativa quando começaram a cantar parabéns para alguém da mesa.

_ Bia, Bia... Ele levantou o olhar depois de escutar o nome da aniversariante que se levantou para agradecer. Quando Rafael  viu a jovem meiga e sorridente se levantar, o seu coração disparou.

Rafael (imagens retiradas da internet)

Bia

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