Cap 9

— Nossa é estranho quando o Tommy não tá aqui sabia. — Henry sentou ao lado do namorado.

— Tá com saudades do pestinha? Ele nem ligou hoje , isso significa que ele e o Rapha devem estar bem. — Tudo que queria ver era o sobrinho e seu melhor amigo bem.

— Você se preocupa muito com os dois, né? Seu irmão e ele tem uma relação estranha né? Raphael me parece tão distante. — Para ele era fácil notar , estando de fora e pela forma que Thomas falava da relação de seus pais.

— Os pais do Raphael são pessoas nojentas, e quando ele engravidou foi um inferno, por sorte James disse que se casaria e nosso pai apoiou. — A história é complicada demais.

— Só se casaram por isso né? — Henry olhou triste, um casamento começado dessa forma não era nada agradável.

— Muita coisa entre os dois Baby, não acho que deveriam ter se casado daquela forma, em dois meses eles já estavam casados. — Pensou no quanto foi difícil aquele casamento repentino.

— Nossa casar assim é horrível. Tadinho do Tommy no meio dessa confusão.— Se preocupava muito com o mais novo.

— Henry, que tal aproveitarmos meu apartamento, só nós dois. — Puxou o namorado para o seu colo .

— O que me sugere em Juh ? — Aproximou os lábios ao do namorado , mas a campainha tocou cortando o clima.

— Que porra , aff bem agora.— Julian resmungou frustrado tirando o namorado de seu colo.

— Agora que não vai rolar hoje né.— Henry riu enquanto namorado ia até a porta.

— Papai? Oi... — Olhou para a pessoa ao lado do seu pai.

— Oi filhote, eu estava fazendo compras aqui perto e encontrei o Leo e decidi passar aqui para te dar um oi.— John sorriu animado.

— Oi Julian , desculpa seu pai insistiu. — Leo disse sorrindo.

— Oi Senhor , oi Leo. — Henry forçou um sorriso.

— Ah você tá aqui Henry. — John analisou o namorado do filho.

— Entrem. — Julian disse a contra gosto .

— É entrem... — Olhou o namorado de relance, não gostava nenhum pouco do Leo e o namorado sabia bem daquilo.

— Não queremos atrapalhar — Leo disse olhando somente para Julian.

— Oxi Hyun jamais atrapalhariamos. — John disse entrando no apartamento do filho.— Nossa seu apartamento tá diferente.

— Tá igualzinho pai, nada de novo.

— É John da última vez que vim, estava do mesmo Jeitinho. — Disse provocativo encarando Henry que sorriu irritado .

— E olha que faz um tempo . — Julian tentou amenizar o clima

— Se bem que o senhor tem razão senhor John, Julian e eu pintamos as paredes, também trocamos as poltronas.— Olhou feio para Leo .

— Tendi , que tal um almoço? Posso cozinhar filho?— John tinha um sorriso brilhante.

— Claro pai , ótimo, mas não sei se tem ingredientes.— Julian não queria aquilo, mas como negaria.

— Vá com Leo no mercado, o Henry pode me ajudar aqui não é? — John sugeriu num tom de autoridade.

— Amor? — Julian olhou para o namorado.

— Posso ficar e te ajudar ...— Leo sugeriu.

— Queria conhecer melhor o meu genro, você não se importa, não é Henry?

— Por mim tudo bem, vá lá baby. — Henry segurou a mão do namorado e Julian lhe deu um beijo na bochecha.

...

— Leo me contou que o relacionamento de vocês é aberto. — John tinha um olhar vitorioso. — Bem que imaginei que meu filho não ia se apegar a uma pessoa só, sempre foi assim.

— Decidimos assim, gostamos dessa forma, senhor . — Abriu a geladeira tirando uma carne.

— Claro , diversão . — Revirou os olhos.

— Senhor John já sei que não gosta de mim.— Falou sem graça. — Desculpa por não atender as suas expectativas.

— Sabe Henry, não e nem que tenha algo contra você, só que ... Não faz bem o estilo do Julian, fiquei até surpreso.— Mediu o mais novo.

— Claro ... Só vamos tentar manter a boa convivência. — Não ia chorar na frente do mais velho.

— Claro não acho que vamos conviver por muito tempo mesmo. — Sorriu de canto.

— Vou ao banheiro. — Foi até o quarto e entrou no banheiro da suíte.

" Papa." — Ligou para o pai.

" Oi bebê, que foi? Aconteceu algo? Você não ia passar o dia com o ju?"— Se preocupou

" Só tô com saudades..." — Tentou disfarçar a voz.

" Te conheço meu pequeno, o que houve? "— Estar longe do filho o preocupava ainda mais.

" Eu não sou alguém bom o suficiente? Minha aparência? Meu trabalho?" — Perguntou .

" Filho, quem te disse algo assim? Eu vou matar... Você é Perfeito em tudo, nunca ouse pensar ao contrário." — Disse já irritado.

" Senhor John não acha que seja alguém certo para o filho dele, ele está aqui no apartamento."

" Se eu pudesse ia aí agora, quem esse homem pensa que é em? Que ridículo." — Disse ríspido se tivesse aí já estaria na porta do apartamento de Julian.

" Não Papa deixa para lá, esquece isso, vou para casa, não quero ficar aqui."

" Vai ficar sozinho lá? e o Julian?"— Não queria o filho sozinho.

" Foi no mercado com o Leo."

" Filho, acho melhor ir para casa dos seus tios , vou ligar para o Sam."— Sabia que Henry era forte, mas tinha coisas que o afetavam demais.

" Tá bom vou para casa dos tios."

Henry desligou a ligação, limpou os olhos, pegou a bolsa e saiu do apartamento sem nem olhar para trás.

...

— Leo você deveria ter ignorado o pedido do meu pai né?— Pegou alguns legumes.

— Desculpa impossível dizer não a ele , e somos amigos não é?

— Só que você e o Henry ... Merda ele é meu namorado , vocês brigaram por nada naquele dia.— Pensou no dia em questão.

— Estava bêbado , foi sem querer , jamais provaria ele . — Abaixou o olhar. — Já tentei me desculpar , mas o Henry não quis nem me ouvir.

— Tudo bem Leo, conversarei com o Henry, isso de vocês dois já deu.— Respirou tenso. — Vamos pagar ?

— Sim vamos... — Sorriu animado.

...

— Pai... Pai... — Entrou no apartamento.

— Chegaram rápido. — John apareceu na sala com um avental.

— Foi rápido lá Jin.

— Pai , cadê o Henry?— Olhou procurando .

— Ele disse que ia ao banheiro e não vi mais. — Balançou os ombros.

— Vou ver se ele tá no quarto. — Saiu indo para o quarto, procurou e nada.

Ligou algumas vezes e nada , como o namorado podia ter ido embora assim , do nada.

" Tive que vir na casa dos meus tios . Desculpa , não posso atender agora ."

— Que porra, que porra... — Jogou o celular na cama irritado.

— Cadê ele? — Leo questionou com um olhar estranho.

— Pai o que você disse ao Henry?

— Nada filho oxe, estávamos conversando ele disse que ia no banheiro e não voltou mais, ele foi embora? Que sem educação.

— Eu te conheco pai, aff sério o Henry é o homem que eu amo, merda.

— Acho melhor eu ir embora... — Leo estava totalmente sem reação.

— Claro que não, Leo fica, vamos comer , se Henry foi embora não tenho nada haver.

— Então se sinta à vontade, quando saírem fechem a porta. — Pegou a chave do carro e saiu batendo a porta.

— Eu e avisei que quando ele tá com o Henry ele muda.

— Isso não vai durar vai por mim. — Vem vamos cozinhar já estamos aqui mesmo.

— Claro ... Será que algum dia ele vai olhar para mim.

— Você e o homem perfeito para ele , não se esqueça disso.

...

— Julian? — Sam abriu a porta da casa.

— Oi Sam, o Henry?— Sorriu envergonhado.

— Olha aqui Julian, eu adoro você e sei que você gosta muito do meu sobrinho, só que ele não merece ser tratado de qualquer forma não.

— Meu pai não é ruim, eu estou envergonhado, eu nem sei o que ele disse ao meu Henry.

— Tio para. — Henry apareceu na porta com os olhos inchados.— Oi.

— Amor...— Abraçou o namorado. — Desculpa por seja lá o que meu pai disse.

— Esquece Min... Já passou, ele não disse nada de horrível só que fez pensar em coisas demais.

— Não deveria ter te deixado sozinho.— Soltou o namorado.

— Entre vocês dois, tá frio aí e já tá na hora de comer.— Sam disse calmo.

— Posso?— Pensou que seria expulso.

— Claro ... E seu pai?— Henry Respondeu.

— Sei lá deixei ele no meu apartamento e vim atrás de você, hoje era nosso dia de ficar juntos.

— Como são melosos. — Sam riu fechando a porta assim que os dois entraram.

— Tio para ... — Henry riu.

— A família de vocês é diferente. — amava a família do namorado, os tios , os pais .— Minha família nunca foi tão... Cativante.

— Você sabe que faz parte disso agora né. — Bento apareceu na sala.— Que bom que veio Min , vem vamos comer vai esfriar meninos.

— Sim vamos amor.. — Henry sabia que a família do namorado tinha suas complicações, principalmente por não ser filho de sangue de John, os pais dos mesmo nunca o consideraram como netos , e sua mãe morreu quando ele e o irmão eram crianças ainda.

...

— Mais que porra... — Matt esbarrou no homem a sua frente derrubando toda a bandeja com o café da manhã.

— Caralho você é cego? Que porra, meu sapato novinho seu idiota. — O homem soltava fumaça..

— Você que deveria ter percebido, veio correndo sem olhar para frente mexendo nessa merda de celular, e quem tá todo sujo sou eu e nao você, mal molhou esse seu sapato horrível.— Matt tentou se controlar para não entrar numa briga.

— Esse sapato não deve nem pagar o seu salário. — John analisou o homem, vestido de moletom largo e com tatuagens à mostra .

— Diga o valor pago um novinho para você agora mesmo. — Pegou a bandeja do chão irritado quem aquele homem achava que era.

— Claro que vai pagar. — John pegou o celular e mostrou o valor.

Matt engoliu a seco como aquela merda podia ser tão cara.

— Farei uma transferência, me passa sua conta . — Coçou a cabeça não ia dizer que aquilo era caro .

— Esqueça . — Revirou os olhos. — Não preciso do seu dinheiro, com certeza fará falta no seu bolso.

— Eu faço questão. — Disse se controlando para não voar no pescoço do homem.

— Não, obrigado. — Saiu da cafeteria que por sorte só tinha os dois de clientes.

— Nossa que cara sem noção. — Matt resmungou.

— Esqueça isso. — Kauê negou com a cabeça, era amigo de Matt a alguns bons anos.

— Desculpa pela sujeira, te ajudo a limpar, já que tá sozinho hoje.

— Tenho que contratar mais um funcionário, quando a Lilian não tá isso vira um caos.

— Oi, bom dia. — Feliz entrou e Kauê abriu o maior sorriso do mundo.

— Oi Lipe... Faz tempo que não passa aqui.— Gostava mais do que deveria do outro.

— Doutor Felipe é muito ocupado. — Matt brincou, sabia que Kauê sempre foi apaixonado por Felipe , mas como li era casado Kauê sabia que não tinha nada a ser feito.

— Estava com saudades da sua torta de banana.— Olhou pro chão vendo a sujeira. — Matt sério?

— Nem te conto a confusão que ele arrumou. — Kaue saiu de trás do balcão para limpar. — Já te atendo Lipe.

— Sem pressa eu ajudo vocês.— Sorriu.

Depois de tudo limpo, Kauê embrulhou os pedidos de Felipe que saiu apressado deixando os amigos.

— Deveria chamar ele para sair , ele tá sozinho a dois ano.

— Ele não olha pra mim dessa forma, você sabe... Ainda ama o Kaio... Eu só apenas o dono de uma cafeteria, ele é um médico foda.— Não se achava bom o bastante.

— Deixa de ser tonto... Vai deixar a oportunidade passar. — As vezes achava que o Kauê era um tonto por pensar dessa forma.

— Última vez que chamei ele para algo ele disse que seria legal reunir os amigos, ele nem notou que era para um encontro . — Disse desanimado.

— Li é desligado mesmo. — Matt riu.— Saudades do meu bebê.

— Yuri faz falta aqui no café da manhã . — riu. — O outro lá não deu as caras não né?

— Até agora não ufa , espero que não tente nada .

— Aquele ali não ama ninguém , só queria causar na certa.

— Pois é, preciso ir, tenho uma agenda lotada hoje e tenho que me trocar.

— Vamos sair para beber hoje não esquece.

— Ok..

…

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