Capítulo 11

Lillian narra

Meu pai despediu a maioria dos empregados, apenas nossas babás ficaram conosco, pois não podiam levar todos nós e, para nossa segurança, todos os soldados foram conosco, incluindo meu esquadrão.

Para viajar para Nastia, precisávamos chegar ao porto, e o porto ficava a uma semana do condado que era do meu pai, então tivemos que parar em algumas cidades para dormir e comprar comida.

Quando chegamos ao porto, o primeiro a descer foi meu pai, e ele nos disse para esperá-lo um momento, que ele precisava ir falar com o capitão do navio.

Dez minutos depois, ele voltou e nos disse para descermos da carruagem e embarcarmos imediatamente, pois o navio já estava partindo, e assim fizemos.

Quando tudo estava dentro do navio, meu pai pagou ao cocheiro e agradeceu seus serviços, depois que ele desembarcou, o capitão deu a ordem para zarpar.

Cinco meses depois ........

Eu estava na minha cabine afiando a espada que Victor havia me dado quando ouvi "terra à vista", então a deixei na cama e fui para o convés e, de fato, tínhamos chegado.

Minha família também estava no convés, então me aproximei deles e abracei minha mãe.

Daiana: Finalmente verei meu filho depois de sete anos, você acha que ele mudou muito?

Lillian: Com certeza, mãe, quando o vimos pela última vez, ele era apenas um jovem, agora deve ser um homem feito.

Daiana: Os anos estão passando e eu estou ficando velha, você não vai demorar muito para nos deixar também.

Lillian: Não diga isso, mãe, mesmo que eu tenha 30 anos, continuarei ao seu lado.

Daiana: Filha, você um dia conhecerá um homem e com certeza irá com ele, e eu ficarei ao lado do seu pai.

Lillian: Não acho que isso vá acontecer, mãe, parei de confiar nos homens há muito tempo e, por favor, não pergunte por quê.

Daiana: Ok, se você não quer me dizer, é sua decisão.

Meu pai se aproximou de nós e disse que já estávamos prestes a chegar ao porto, então disse para nos prepararmos para desembarcar, então fui para minha cabine, peguei minha espada e a guardei na bainha e depois saí.

Quando descemos do navio, vi Alexander nos esperando, mas antes que ele pudesse se aproximar de nós, minha mãe correu e se jogou em seus braços.

Daiana: Ah, como senti sua falta, meu filho, você não sabe os momentos de angústia que passei sem ter notícias suas nos primeiros cinco meses.

Alexandre: Mas já estamos aqui, não estamos? E ficaremos aqui para sempre.

Daiana: Não duvide disso.

Depois que eles se abraçaram, ele deu um abraço em Charlie e em meu pai, Stefan, sem saber o que fazer, se escondeu atrás de sua babá (Fanny).

Lillian: Vamos, não tenha medo, ele não vai te machucar.

Alexandre se aproximou de nós e então olhou para Stefan.

Alexandre: E imagino que você seja o pequeno Stefan?

Stefan: Sim, e você deve ser meu irmão Alexandre, não é?

Alexandre: Sim, agora venha aqui, pequenino, e me dê um abraço.

Stefan olhou para mim e eu assenti, então ele se aproximou de Alexandre e lhe deu um abraço, depois disso ele foi com meus pais.

Alexandre: E você não vai me dar um abraço?

Lillian: Claro que sim (me aproximei dele e lhe dei um abraço bem apertado) como senti sua falta, Alex, os dias na casa sem você não eram os mesmos.

Alexandre: Eu também senti muito sua falta, senti falta daquela pequena moleca que costumava iluminar meus dias.

Lillian: Ei, eu não sou mais uma moleca, agora sou uma mulher feita.

Alexandre: Desde quando?

Lillian: Desde que meu pai me deu meu próprio esquadrão.

E antes que Alexandre pudesse dizer qualquer coisa, minha mãe se aproximou de nós e disse que estava muito cansada, que tudo que ela queria era chegar na casa de Alexandre para dormir.

Então Alexandre me disse que tinha muito o que me contar, então três carruagens se aproximaram de nós e nós as abordamos.

Alexandre foi em uma das carruagens com meus pais e Charlie, Stefan foi na outra com suas babás e eu tive que ficar sozinha com minha babá e não tinha com quem conversar já que minha babá adormeceu assim que entramos na carruagem, então decidi admirar a cidade.

Pouco tempo depois, chegamos à casa de Alexandre, então acordei minha babá, dizendo que já tínhamos chegado, desci da carruagem e fiquei surpresa ao ver os empregados da casa enfileirados.

Alexandre, ao descer, imediatamente deu ordem para que descarregassem todas as coisas e as levassem para dentro, enquanto nos pedia para segui-lo e, ao entrar, disse a várias empregadas que nos levassem aos nossos respectivos quartos.

Alexandre: Por favor, vão descansar, nos vemos no jantar.

Depois que ele foi para algum lugar, uma empregada se aproximou de mim e me pediu para segui-la para que eu pudesse ver o quarto onde eu ia dormir, e assim fiz. Ao chegar, vi que o quarto não era tão grande quanto o que eu tinha no Império do Norte, mas era aconchegante, então dei minha espada para minha babá e me joguei na cama.

Lillian: Isso é o que eu preciso depois de viajar cinco meses em um navio.

A cama e os travesseiros eram tão macios, nem preciso dizer que eu já estava quase dormindo quando minha babá tocou meus pés.

Lillian: O que foi?

Mérida: Que você precisa tomar banho antes de dormir.

Lillian: Isso não é justo, por que você não me deixa dormir assim e depois eu tomo meu banho? Por favor.

Fiz minha melhor cara de cachorrinho repreendido, vi que minha babá estava começando a hesitar.

Mérida: Ok, mas só por desta vez.

Lillian: Obrigada, é por isso que eu te amo tanto.

Entreguei a espada para minha babá e depois lhe dei um beijo, ela saiu do quarto com a empregada e eu imediatamente me aconcheguei na cama para dormir.

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