Capítulo, 11

Antonella, encontrava-se no meio da bagunça que estava o seu próprio quarto, quando o seu pai, Jimin, adentrou no cômodo, ele segurava um copo de suco, com o sabor preferido da mais nova, morango, ao qual foi entregue para ela que sorriu agradecida.

— Qual o motivo para o seu quarto estar nessa bagunça? Hoje não é o dia que costumamos fazer faxina.

— Estou a procurar algumas roupas que quero levar na excursão, vamos ficar uma semana fora, e quero estar preparada para qualquer clima, seja chuvoso ou mais quente.

— Sendo assim, deixe que lhe ajudo com isso. O seu pai e eu, fizemos muitas viagens surpresas, então, eu sei preparar malas com roupas para todos os climas.

A garota concordou e observou o pai começar a organizar as roupas que a sua filha deveria levar, ela apenas observava todo o cuidado, e sorria quando os lábios do pai formava um bico enquanto ele pensava qual opção era melhor entre dois casacos, e assim, ela envolveu o mais velho num abraço, sem um motivo específico.

— Papai Ji, eu amo você, desculpe ter lhe decepcionado com as minhas notas.

— Eu também amo você, e já passou, está tudo bem, sei que acabei exagerando na minha reação, mas é que eu me preocupo com o seu futuro.

— Sei que você quer apenas o melhor para mim, papai. Mudando totalmente de assunto agora. Posso fazer-lhe uma pergunta?

— Claro que sim, minha princesa. O que quer perguntar?

— Por que você é assim? Falo sobre ser religioso. Eu não entendo, o senhor é tão crente a Deus, independente de tudo, e não entendo como consegue.

— Como assim, filha?

— É que você e o papai sofrem tanto preconceito, já foram agredidos só por serem gays, diariamente são humilhados, e tantas outras coisas más, mas ainda sim, acreditam em algo que nunca fez nada por vocês dois.

— Filha, Deus não, é algo, ele é alguém, não fale desta forma, como se ele não fosse nada. E como assim ele não fez nada de bom por nós? Olhe para você, Antonella, está aqui, conosco, e senão fosse pelos milagres de Deus, nós não teríamos conseguido-te adotar. Além disso, diariamente ele abençoa o nosso lar, e sempre temos o que comer, vestir, e ainda conseguimos pagar um ótimo colégio para você poder ter um futuro brilhante. Deus só faz maravilhas nas nossas vidas, e eu jamais vou condenar ele pelos erros que os seres humanos cometem.

— Se é assim, por que quando mais precisamos, ele não está lá por nós? Por que nunca protege você e o pai de tanto preconceito e violência?

— Sinceramente, eu não sei, nunca vou compreender os planos de Deus, porém, tudo acontece por algum propósito dele, tenho certeza que quando somos machucados, ele chora junto.

— Ele não deveria chorar junto, mas sim impedir que as lágrimas deslize por nosso rosto! Não é justo papai, você crer tanto nele e ainda continuar a ser machucado. Que tipo de amor dele é esse?

— Nós humanos nunca vamos conseguir compreender as decisões de Deus, porque o amor dele não precisa ser compreendido, basta você crer e ter fé.

A garota suspirou, e o seu pai a olhou atento antes de abrir os braços, ele sentiu no seu peito que ela precisava daquilo e não estava errado, Antonella precisava muito sentir-se acolhida naquele mesmo instante.

— Reunião familiar e ninguém me convidou? Aliás, surpresa! Cheguei cedo hoje do trabalho, e vamos poder sair para jantar, só nós três.

Antonella correu para os braços do seu outro pai, este que lhe envolveu num abraço protetor e olhou ao redor vendo toda aquela bagunça, decidiu ajudar para poderem terminar mais rápido, enquanto isso, eles iam decidindo aonde iriam jantar, acabando por optarem ao restaurante japonês, local preferido do casal.

Yoongi sugeriu para a filha que ela convidasse Miguel, assim não seria a única adolescente e poderia ter alguém para conversar sobre coisas que ela gostava, porém, a mais nova não sabia o número do garoto, sequer sabiam que o anjo estava ali o tempo todo.

Após se arrumarem, eles seguem para o restaurante japonês, a mais nova estava ao lado dos pais que usavam blazers da mesma paleta de cores, Jimin usava um, na tonalidade azul-marinho, e o outro optou por um azul bebê, enquanto a filha, usava um vestido preto, totalmente fora da paleta, e Miguel ia atrás fazendo a proteção dela.

Chegando no restaurante, os três escolheram uma mesa quase no centro do local, sentaram-se enquanto já pensavam nos pedidos, como eram clientes frequentes, acabaram por pedir a mesma coisa de sempre, e assim ficaram conversando sobre planos futuros, viagens, a compra de uma nova casa, talvez a adoção de uma criança para ser irmão da Antonella, eram muitos sonhos que queriam realizar juntos.

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Comments

joana Almeida lima

joana Almeida lima

Não sei pra que essa garota quer ir nessa excursão. Se os abusadores forem também, ela pode ter problemas.

2024-01-05

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