Capítulo 18

Bryan acabara de levar Luna até o terminal de ônibus. Enquanto ela descia de sua motocicleta, observava a fila de ônibus com um olhar vazio, claramente sobrecarregada de indecisão sobre qual cidade escolher, uma vez que não tinha um destino específico em mente. Sua vida era uma triste saga de tristeza.

"Para onde devo ir?" Luna ponderou interiormente.

Não havia destino para ela, ninguém com quem estar. Ela se sentia profundamente solitária, tendo sofrido por tanto tempo, e não era surpresa que ela fosse distante com estranhos.

Durante o trajeto, nem Bryan nem Luna se envolveram em conversa, talvez devido à sua timidez mútua como novos conhecidos. E Luna, apenas agarrada ao casaco de Bryan, estava envergonhada demais para abraçá-lo novamente, como tinha feito corajosamente antes, corando com sua própria audácia com esse atraente motorista compartilhado.

Assim que saiu da moto, Luna entregou a Bryan uma nota de 50.000 rúpias. "Isso é pelo valor da corrida. Obrigada por me ajudar e me trazer até aqui".

No entanto, Bryan se recusou a pegar o dinheiro de Luna. "Oh, não precisa. Fique com ele, Luna".

"Por que não? Fui sua passageira duas vezes agora, não devo pagar?" Luna questionou, apesar de suas próprias necessidades financeiras; Bryan tinha sido de grande ajuda e ela se sentia culpada ao pensar nele recusando o pagamento mais uma vez.

Bryan, ciente dos problemas de Luna através do sistema de passageiros, ficou calado para evitar despertar suas suspeitas, deixando-a decidir quando compartilhar sua história.

Além disso, Bryan ainda se sentia desconfortável perto de Luna, sem saber como abordá-la ou persuadi-la a permanecer na cidade.

"Está tudo bem, Luna. Eu realmente quero ajudar", Bryan a assegurou com sinceridade.

[Talvez você devesse tentar elogios, por exemplo: 'Não se preocupe, eu fiquei realmente intrigado com você desde o momento em que te vi', tais palavras podem derreter o coração de uma mulher.]

O sistema aconselhou Bryan, embora isso fosse desnecessário, já que ele não era um novato em romances, mas ainda se sentia desconfortável perto de mulheres desconhecidas. Na verdade, Bryan tinha uma inocência inerente nele.

Uma vez que Bryan estava essencialmente começando de novo, fazia sentido que ele se sentisse desconfortável perto de Luna, precisando conhecê-la melhor.

"Muito obrigada, Juan. Preciso ir", Luna disse ao partir.

Bryan simplesmente acenou em resposta.

Assim que Luna se despediu, ela sentou-se em um banco no terminal e percebeu que seus sapatos de salto alto tinham quebrado, provavelmente por toda a corrida que havia feito antes.

"Minha vida realmente é amaldiçoada. Por que meus sapatos de salto alto quebrariam agora?" Luna lamentou.

Sem escolha, ela jogou fora os sapatos quebrados e, segurando apenas 200.000 rúpias, contemplou seu próximo passo. Permanecer na cidade não era uma opção - Jerome a encontraria rapidamente e ela estava cansada de viver com a madrasta e os meio-irmãos.

"Para onde devo ir?" Luna murmurou, olhando para os ônibus destinados a várias localidades fora da cidade.

Refletindo sobre suas opções, Luna considerou deixar a cidade, pensando onde ficaria, a desvantagem de não ter amigos. Sua vida havia se tornado uma existência nômade de falta de propósito, sem cuidados desde a morte de seu pai, toda sua herança roubada por sua família- uma figura verdadeiramente trágica.

Descalça, Luna contemplou seu estado infeliz e refletiu sobre seu casamento arranjado com o impiedoso Jerome.

Percebendo um ônibus indo da cidade A para a cidade C, ela inclinou-se para a cidade C, apesar de não saber seu destino lá já que seu dinheiro logo seria gasto com a passagem de ônibus.

De repente, alguém segurou a mão de Luna.

Virando-se rapidamente, ela descobriu que Bryan, a quem conhecia como Juan, a segurava. Ela pensou que ele já tivesse partido, mas lá estava ele, ainda no terminal.

Sem dizer uma palavra, Bryan se ajoelhou na frente dela, revelando que havia comprado um par de sandálias sabendo que seus sapatos de salto alto haviam quebrado - fato que ele descobriu por meio do sistema a um preço alto de 20 milhões, por informações que custaram apenas 500 mil pelas sandálias, deixando sua conta com 1,2065 bilhões. Mas valeu a pena se significasse cativar o coração de Luna.

Pois uma mulher precisa não apenas de palavras eloquentes, mas também de ações sinceras que toquem a alma.

Enquanto Bryan colocava as sandálias em seus pés, Luna fixava os olhos nele. Esse motorista de aplicativo era verdadeiramente cativante, talvez até capaz de fazer com que seus passageiros se apaixonassem. Luna ficou profundamente emocionada.

"Obrigada, Juan. Não consigo acreditar que você sabia que minhas sandálias haviam quebrado. Mas como você sabia o número do meu calçado?" perguntou Luna, sua curiosidade despertada.

Para surpresa de Luna, as sandálias se encaixaram perfeitamente - um testemunho do conhecimento preciso e íntimo do sistema, tão preciso que até mesmo sabia o tamanho do sutiã de uma mulher.

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