Capítulo 11 Diálogo entre Gabriele e sua mãe.

PALAVRAS DE CONFORTO.

Gabriele entra no seu apartamento e encontra a sua mãe mexendo no notebook.

Gabriele :Já está fazendo arte dono Helena ?

Helena :Oi meu amor. Estou só dando uma olhada em algumas coisas.

Gabriele aproxima-se de sua mãe e abraça.

Gabriele :Mas a senhora tem quê manter repouso absoluto.

Helena :Meu amor, passei a manhã toda deitada, se eu ficar mais um segundo vou ficar entediada.

Fernanda:Oi meu bem?

Gabriele :Oi Nanda

Fernanda:Quer comer alguma coisa ?

Gabriele :Não Nanda, ja almocei .E a senhora almoçou ?

Helena :Almocei uma sopa. Estava gostosa, mas não tinha sal.

Ela faz uma careta.

Gabriele :Mas é para o seu bem.

Fernanda :Já disse isso, e a partir de hoje vou diminuir o sal e o açúcar, vi várias receitas de sobremesas.

Gabriele :Gostei Nanda.

Fernanda :Fiz uma,quer esperimenta?

Gabriele :Sim.

Helena :A sobremesa ficou uma delícia.

Logo a Fernanda tras a sobremesa e Gabriele experimenta.

Gabriele :Nossa,realmente está uma delícia.

Helena :Também gostei. Nanda traz mais um pouco para mim?

Gabriele fica a saborear sua sobremesa, mas está com a cabeça longe. Ela tinha medo de não realizar os seus sonho,e achava está a perder tempo por sua deficiência.

Helena percebe e pergunta.

Helena:O que se passa nessa cabecinha?

Gabriele olha para ela saindo do seu transe.

Helena :Está distante, aconteceu alguma coisa?

Gabriele :Estava a pensar. Será que não estou a perder meu tempo fazendo arquitetura? Quem vai querer contratar uma deficiente?

Helena pensa um pouco antes de responder.

Helena :Isso não é seu sonho? Sempre foi seu desejo fazer arquitetura. Quando era pequena já falava sobre isso.

Fernanda aproxima-se, dá a sobremesa da Helena e senta ao lado delas.

Gabriele:Sei que sempre foi meu sonho,mas quem vai querer contratar uma arquiteta paraplégica?

Helena :As pessoas vão lhe contratar pelo seu trabalhar, não por sua deficiência.

Helena respira fundo e continua a falar.

Helena:Logo quando eu vendi a parte do seu pa fiquei preocupada. Pensei muitas vezes que a minha profissão ia acabar, que ninguém ia-me contratar por não estar mais na esprema. E percebi que é o meu trabalho que conta, não é nome e nem nada. Se você é uma profissional, vai ser vista dessa forma. Sei que existe preconceito, vai ouvir muitos não, mas também as pessoas que tem os movimentos das pernas ouviram muitos nãos, mas no meio do caminho receberam uma oportunidade, e aprenderam a valorizar isso. Temos que começar de baixo para valorizar lá em cima. Temos que ouvir muitos nãos,para lá em cima saber receber o sim e agradecer por ele.

Gabriele :As vezes me sinto insegura, mas pensando por esse lado a senhora tem razão.

Helena :Estava a pensar. Vou fazer algumas mudanças na agência, já conversei com a Natália. Gostaria que trabalhasse comigo. Vamos receber alguns estagiários e vamos fazer algumas mudanças.

Gabriele :Más eu não entendo nada de design interior.

Helena :Você é ótima com computador. precisamos de alguém para fazer a montagem e a divulgação.

Gabriele :A empresa do tio já não faz isso ?

Helena :O negócio dele é outro. Quero que cuide dos sites. Tem uma moça que faz isso,mas quero tirá-la e colocá-la como a minha assistente.

Gabriele pensa um pouco.

Fernanda :Penso que vai ser bom para você. Apesar de não ser sua área, mas acho que faz parte. Pode pegar experiência, e outra, se distrair e não fica a pensar bastante.

Helena :Isso mesmo.

Gabriele :Tudo bem, vou tentar.

Helena :Há que maravilha. Vai ser ótimo minha filha. Vou organizar tudo,e começamos na segunda-feira. Sei que vai para a aula, mas pode ficar na parte da tarde, e os dias de aula ‘on-line’, olha o horário melhor para você, mesmo assim pode até trabalhar de casa,mas prefiro você na agência kkkkk.

Helena estava muito feliz, fazia tempo que ela queria isso.

Elas conversam mais um pouco, depois Gabriele vai para o seu quarto.

EM OUTRO LUGAR.

Alberto passa mais um dia trabalhar, e logo dá seu horário e vai para casa. Como sempre Clarinha o aguardava na escada.

Clarinha :Meu papai ,meu papai.

Ela fala pulando de alegria ao ver Alberto.

Alberto :Minha princesa.

Ele dá um beijo nela e a coloca nos braços.

Clarinha :Papai, o senhor viu a moça?

Alberto :Que moça o meu amor?

Clarinha :A moça da cadeira de roda.

Alberto :Há meu amor, eu não a vi mais, ela sumiu .

Clarinha :Nossa ,ela era um anjo.

Alberto :Acho quê sim kkkk.

Ele dá mais alguns beijos nela.

Clarinha desce dos braços do seu pai,e o puxa até a mesinha de centro onde tinha vário lápis e folhas para colorir.

Alberto :O que foi minha filha ?

Clarinha :Quero te mostrar uma coisa.

Clarinha pega o papel e dá para ele. Alberto pega e dá uma olhada.

Alberto :Nossa meu amor, que boneca linda .

Clarinha :kkkkk ,não é boneca papai. É a moça que esbarrou no senhor

Alberto dá mais uma olhada.

Alberto :Tá linda.

Ele fala sem jeito.

Clarinha pega a folha e senta na mesinha.

Clarinha :Papai ,eu quero pintar. Qual a cor do cabelo dela?

Alberto :Meu amor, a cor que você pintar vai ficar lindo.

Clarinha :Más quero pintar da mesma cor do cabelo dela. E qual a cor da roupa dela?

Alberto :É... Eu não lembro. Pinta o cabelo da mesma cor do seu ,e um vestido rosa.

Clarinha :Vai ficar parecido ?

Alberto :Sim,vai ficar lindo.

Joana aproxima-se deles .

Joana :Meu filho.

Alberto vai até ela e dá-lhe um beijo.

Alberto :Oi Ana, como ela se comportou?

Joana :Muito bem, passou o dia fazendo esse desenho.

Clarinha :Papai ,vou colocar duas rodas para fazer a cadeira dela,qual a cor?

Alberto :An ... Marrom.

Clarinha :Papai, quando eu terminar coloca em um, porta retrato, eu quero colocar no meu quarto.

Alberto olha para Joana.

Alberto :E porquê não colocar com as outras lá na sua brinquedoteca?

Clarinha :Eu quero no meu quarto papai.

Alberto :Certo,agora o papai vai tomar banho, e você termina o seu desenho.

Ele vai em direção a escada, e Clarinha pergunta.

Clarinha :Pspai? Qual a cor nos olhos?

Alberto para e olha para ela .

Ele pensa um pouco e fala.

Alberto :Da mesma cor do seu.

Clarinha:Más tem que ser os olhos dela.

Joana :Vai tomar o seu banho que eu converso com ela.

Alberto toma o seu banho pensando em Clarinha . Após o banho, ele troca-se e desce logo em seguida.

Clarinha não parava de falar na moça que esbarrou em Alberto, mesmo não a conhecendo, ela tinha a sua imagem na mente.

Após o jantar, Alberto fica na sala com Clarinha desenhando, e quando dá o horário, ele leva-a para dormir. Alberto coloca o desenho que Clarinha desenhou em um porta retrato,e ela coloca-o na sua cabeceira. Alberto fica a pensar nisso.

PRÓXIMO CAPÍTULO.

***Esta obra está sob contrato com a NovelToon, e a pirataria, como a reimpressão sem permissão, é estritamente proibida.***

***Faça o download do NovelToon para desfrutar de uma experiência de leitura melhor!***