Capítulo 3 - Lembranças e Ataque!

Doze anos atrás, Cidade Vermelha, o céu escuro, mesmo durante o dia, o vento carregando a areia pelas ruas, Miguel Archer de oito anos, olhava o temporal que ocorria uma vez pela semana, através da janela, em meio a aula de física quântica.

- Archer!? - a voz da professora chamou atenção do pequeno garoto, que ajeitou o óculos no rosto se virando para a mesa. - Quer tentar responder essa questão no quadro para seus colegas?

Miguel se levantou, ignorando os olhares julgados dos colegas de classe, pegou o giz e começou a respoder a questão, que em poucos segundos ja estava resolvido.

- Incrível! Era uma questão da matéria bem avançada, contudo você resolveu como se fosse uma simples conta de matemática! Estou impressionada Archer! - ela acariciou seus cabelos sorrindo, enquanto os outros alunos o olhavam com receio, nojo e irritação.

A aula acabou assim que o sinal tocou, Miguel saiu em silêncio percebendo os olhares de todos na escola em cima de si, podia ouvir-se os cochichos dos demais pelo corredor.

- A professora dar muita atenção para ele!

- Ela fez a gente estudar questões avançadas por causa desse idiota!

- Ouvi dizer que ele acertou todas as questões e ainda corrigiu o próprio diretor em uma palestra da escola...

- Ele não é normal... Deve ser um monstro... Ouvi que nem os pais da atenção a ele!

- Dizem que a mãe dele vive bêbada e o pai desapareceu, dando desculpa que iria trabalhar e nunca mais retornou.

Miguel acelerou os passos querendo não ouvir aquilo, porém as vozes continuaram em sua mente, fazendo com que um pânico crescesse em seu coração. Estando fora da escola, Miguel entrou em um beco escuro, sentindo o coração acelerar e a respiração ofegante, as vozes ainda soavam em sua mente, aquilo doia muito, deixou o óculos cair e então raios dissiparam pelos fios de energia da cidade, sacos e latas de lixos começaram a levitar no momento que ele se ajoelhou no chão.

Percebendo seu descontrole, Miguel se esforçou para ignorar as vozes na cabeça, olhando para um lado e outro, encontrando uma faca de mesa jogada próximo aos sacos de lixo que agora voavam naquele beco. Em agonia pela dor, Archer pega aquela arma pontiaguda, e respirando fundo, ja com lágrimas caindo pela agonia, ele fura a própria mão, gritando de dor em resultado.

As latas e sacos de lixos cairam, os raios se desfizeram, e as vozes desapareceram de sua mente, voltando ao normal, Miguel se encosta na parede, sentindo o sangue escorrer pelos dedos, e o suor caindo de seu rosto, junto com a lágrimas.

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Em casa, sentado na mesa, Miguel almoçava com sua mãe, olhava para a comida com uma expressão cabisbaixa, enquanto aquela mulher terminava de beber mais uma garrafa de whisky.

- Brigou na escola outra vez? - perguntou ao perceber a mão enfaixada,porém ele apenas acenou negativamente para ela.

Abrindo mais uma garrafa e virando-a de uma vez, a senhora Archer encarava o filho sabendo que ele queria falar algo mais, então esperou ele ter coragem para lhe falar.

- Mamãe...- ele tomou coragem para chama-la. - Porque o papai nos deixou?

Ela esperava que ele lhe perguntasse algo desse tipo, porém ela queria que esse dia nunca chegasse. Deixando a garrafa de lado, ela se aproxima do garoto.

- Miguel... - se agacha para encara-lo melhor - Me diga, eu sou uma péssima mãe para você?

- Você faz seus deveres como mãe, me alimenta, me veste e da moradia... Porém seu alcoolismo não é bem visto pelos colegas da minha escola.

- Entendi... Então alguém disse algo que te magoou, não foi? Foi sobre sua inteligência ou aparência?

- Você sempre foi esperta mamãe! Acho que ambos... - ele ajeita os óculos.

Ela sorrir fraco, mesmo que fosse vista como a pior mãe do mundo pelos outros, ela nunca tratou seu filho como lixo e tinha um motivo para ela beber tanto.

- As vozes em sua cabeça soam cada vez mais alto?

Ele acenou em afirmação, com um olhar triste. - Eu perdi o controle de novo!

Delicadamente sua mãe pega em seus óculos, os tirando de seu rosto.

- Seu pai não nos abandonou... - ela coloca os óculos do filho em seu próprio rosto,respondendo a pergunta de antes - E você não é o monstro que todos dizem ser! Você é Miguel Archer, o garoto que vai mudar a Cidade Vermelha!

Ela sorrir para o mesmo, fazendo com que as lágrimas caíssem do rosto do filho.

- Eu confio em você Miguel! - ela o abraça fortemente. - Prometa-me que aconteça o que acontecer, nunca ira esquecer que eu e seu pai te amamos muito, você sempre ira ser nosso orgulho, meu filho!

Ele acena em confirmação enquanto a abraçava, tinha um sentimento dizendo que deveria abraca-la o tanto que podia.

Durante a noite, Archer tentava dormir em seu quarto, sem sucesso algum, aquela dor de cabeça acontecia novamente e vinha aumentando cada vez mais, se levantou não suportando aquilo, iria pedir para dormir com sua mãe, quando de repente, ao ver a luz do quarto da mesma acessa, se aproximou encontrando algo que poderia responder suas dúvidas ou deixariam mais perguntas.

No quarto, um homem alto de cabelos roxos e óculos de vista, na janela ao lado daquela que lhe criou, estava Albert Archer, seu pai.

- Como está Miguel? - perguntou Albert

- Ele perguntou por você essa tarde! - sua voz era tão triste, tentava esconder os soluços que se formavam.

- Então... Não vai demorar muito... Não é? - ele tocou em seu rosto, colocando uma mecha atrás da orelha,enquanto as lágrimas se formavam em seus olhos. - Sua visão vai realmente acontecer!

- Eu... Eu não quero... Eu não quero ter que deixa-lo!! - as lágrimas caíram - Ele ainda é tão pequeno...

- Eu sei... Mais não podemos fazer mais nada... Ja tentamos de tudo! - ele a abraçou fortemente - Ele vai ficar seguro e será um ótimo garoto, eu garanto!

- Me desculpa Albert! Me desculpa...- ela soluçava entre as lágrimas - Se eu pudesse controlar isso...

- Shh... - ele acariciou seus cabelos, tentando acalmar seu coração. - Ele é inteligente, vai entender!

Miguel chorava em silêncio naquele momento, algo estava acontecendo e seus pais estavam escondendo de si.

"Minha mãe estava doente, o álcool ajudava ela a controlar a consciência existente de várias pessoas em sua mente, porém aquilo não iria cura-la. Meu pai tentou de todas as formas encontrar uma cura, contudo nada foi encontrado, o que minha mãe havia adquirido, era uma doença rara chamada de "Mind Eco", para aqueles que conseguiam dividir sua mente com outros, por exemplo minha mãe que poderia ler, invadir ou apagar mentes de outras pessoas. Essa doença destruiria o cérebro pouco a pouco do usuário, tendo três estágio, invasão de pensamentos, descontrole de realidade e por último, auto destruição.

Como ela havia previsto, minha mãe morreu, e meu pai me levou com ele para onde trabalhava, um lugar chamado Mundo das Sombras, lá havia um castelo e nele o Imperador para quem meu pai trabalhava, ele passou todos esses anos tentando ajudar pessoas como minha mãe ao lado do Imperador, tendo falhas consecutivamentes, então eu dediquei minha vida em ajudar meu pai a chegar em seu propósito. Com isso, acabei deixando todas as emoções de lado, focando apenas em estudo e tecnologias, tudo para encontrar uma solução que meu pai tanto queria.

Meu pai acabou falecendo após alguns anos com o estresse e falhas dos testes, com isso fiquei no lugar dele, sendo nomeado como Guardião do Imperador aos doze anos. Por ter deixado as emoções de lado, me tornei frio com as pessoas ao meu redor, participando de missões concebidos pelo o Imperador, contudo eu sentia que faltava algo em mim, eu estava incompleto e me tornei totalmente possesso ao Imperador, sua palavra era a única que eu obedecia, me tornei aquilo que não imaginei que me tornaria, que provavelmente decepcionaria meus pais. Me tornei um ser sem alma, sem emoção.

Porém eu nunca imaginei que fosse sentir tudo que meus pais me ensinaram, ao conhece-lo. Foi aos meus catorze anos, quando ele entrou pela porta irritado com o Imperador.

- Pai! Precisamos conversar! - baixo, irritado e moreno, meu futuro melhor amigo, Jayson Night. "

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Leon Scarlet entrou no laboratório chamando atenção de ambos amigos em silêncio.

- Venham, Ben está com a Miya na enfermaria! Algo ta acontecendo com ela, preciso de você lá agora Miguel!

Ele ajeita os óculos antes de encarar o fato ocorrente.

- As suas ordens Capitão!

Logo ambos, Jayson e Miguel seguem seu líder ruivo em direção a enfermaria. O sinal tocaria em cinco minutos e sabiam que o diretor não deixaria tanta gente na enfermaria com uma garota em meio as aulas, por isso descobriram o que fosse naquele momento e depois um deles ficaria cuidado da garota dependendo do resultado da enfermeira da escola.

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No templo da cidade de Kyoto, cabelos negros, olhos escuros, com uma espada na cintura, caminhava até o centro do templo, se ajoelhando ao chegar próximo a estátua de um Deus Celestial que os humanos admiravam. Saindo logo de trás do Deus Celestial um ser de cabelos negros e olhos acinzentados que lembrava uma cobra, girava uma adaga entre os dedos.

- A Imperatriz... Está recobrando a memória Senhor. - diz desviando o olhar para baixo.

- Entendo... Não vai demorar muito pra eles agirem! Temos que ser mais rápidos! - ele encara o garoto seriamente ao parar a adaga na mão - Conto com você! Mate a garota antes que o clã tenha posse dela!!

- Sim Senhor! - após afirmar o garoto se reverência e sai do templo.

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A lua brilhava tão nitidamente aquela noite, os Demônios Negros estavam saindo de um mercadinho aberto 24hrs, comiam algumas besteiras, enquanto caminhavam de volta para casa.

- Tenho 70,05% de chance que a nossa querida Vampire não vai demorar para descobrir a real linhagem dela.

- Isso ainda é estanho... Myllena consegue sobreviver em meio a luz do dia... Nenhum membro do clã dos Vampiros pode fazer isso! - Jayson abria um pacote de biscoito e refri de laranja.

- Por isso ela era descartável como possível Imperatriz... Miguel descobriu algo sobre o efeito da luz do sol? - pergunta o ruivo tomando uma caixinha de suco.

- O corpo dela parece normal... Para uma vampira é claro... Porém contém um tipo de magia que não consigo analisar... - ele ajeita o óculos - Se me permitir Capitão, queria poder me juntar a Feiticeira nessa pesquisa!

- Ei! Não trate a Miya como um experimento do seu laboratório! - questiona Max ao lado de Benjamin, que apenas caminhava em silêncio junto ao grupo.

- Relaxa Max! - pede Jayson com uma expressão cansada.

- Jack, o que acha? Deveríamos pedir ajuda as Fênix Vermelhas? - pergunta o ruivo

- Elas são amigas da Myllena, correto? - eles afirmaram com cabeça para o maior tomando refri - Elas possuem o mesmo objetivo que a gente! E creio que não vai demorar para os inimigos também perceberem isso!

- Entendo onde quer chegar... De qualquer forma, teremos que nos unir para o bem da Imperatriz! - conclui Miguel.

- Isso significa trabalhar com elas? - pergunta Jayson

- Vamos para a festa que Emilly nos convidou, aproveitamos para falar com a Capitã das Fênix! - Leon joga na lixeira a caixinha de suco, caminhando em direção a festa das garotas,os demais concordaram e o seguiram.

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Myllena usava seu vestido vermelho rubi, com um colar de esmeraldas, e um salto alto preto, seu cabelo amarrado em um rabo de cavalo com uma flor de cerejeira, uma maquiagem de leve, para enaltecer sua pele pálida e brincos de luas vermelhas. Ela desce as escadas olhando para as amigas na sala, lhe aguardando para começar a festa, era algo simples, porém Kiara as convencerá de se arrumarem bem, até mesmo alugou um salão para a festa.

- Miya... Você está incrível! O Vermelho Rubi combina muito com você, fofa! - elogia Kiara

- Obrigada amiga. Você está magnífica nesse vestido prata, combina com você! - agradece o elogio com outro elogio,dando um sorrisinho de lado.

Kiara sorrir, usava um salto cor de vinho brilhante, o vestido prata combinava com os brincos estrelas que usava.

- Pergunta rápida. Porque estamos transformando uma festinha de casa entre meninas em uma festa de salão para um grupo de amigos... Que por sinal a maioria nem são nossos amigos!? - pergunta Diana revirando os olhos até Emilly e Kiara lado a lado, irônica.

- Porque é melhor assim! Temos que nos unir! - diz Emilly com um sorriso

- Até mesmo com o Jayson?

- Não enche Diana! - seu tom de voz era seria e irritada.

Diana revirou os olhos novamente, desviando para qualquer ponto da sala, negando com a cabeça a ideia das amigas. Kathy era a única que parecia preocupada demais, desde que saíram da escola, quando Miya teve seu primeiro colapso com sua identidade real, na enfermaria ela teve uma crise, seus olhos mudavam de cor constantemente e ficava cada vez com mais sede, uma sede de sangue. Com sorte Miguel invadiu a mente da garota para controla-la, contudo Kathy tinha certeza que não demoraria para ela ser a vampira que estava destinada a ser desde que nasceu.

- Miya, esta tudo bem você ir? Pode descansar se preferir, sabe, depois do seu desmaio na escola. - comenta Kathy

- Não, ta tudo bem, Kathy! Foi só um mal estar. - ela sorrir cativante

- Muito bem. - Helena se pronúncia após sair do celular em uma chamada - Estão prontas? Vamos logo para a nossa festa!

- Vamos! - Kiara pulou em animação.

Emilly usava um vestido dourado, com um salto verde escuro com asas de borboletas no tornozelo, o cabelo amarrado em um coque, brincos de leques dourados. Kathy usava um salto alto roxo, um vestido cor de vinho, seu cabelo solto com uma tiara dourada e brincos de cubo roxo. Diana usava um vestido azul marinho, salto alto que combinava com seu cabelo castanho amarrado em um rabo de cavalo, e brincos de serpentes. Helena usava um vestido marrom, salto alto vermelho, cabelos soltos com uma rosa, e brincos de chamas vermelhas.

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No salão reservado pela Kiara Lovely, Leon Scarlet, se encontrava no balcão do bar, esperando Helena se aproximar quando chegasse, Jayson e Max faziam o que sabiam de melhor, dançavam no meio do salão, uma música escolhida por eles mesmos, Benjamin rondava o local para manter a segurança, Jack e Miguel olhavam as luzes e som para ter certeza de que não teria sabotagem ou espionagem.

As meninas chegaram, Kiara logo expulsou Jayson e Max da pista de dança, mudando a música, Helena Bunny avistou Leon no bar de bebidas, contudo quem se aproximou dele foi Myllena Vampire.

- Podemos conversar?

Leon se virou para a garota surpreso por ela se aproximar primeiro, Benjamin ao nota-la, apenas encarou seriamente, Helena e Diana ignorou essa aproximação repentina e se juntaram a Kiara e Emilly que brigavam com Max e Jayson. Kathy ajudava Miguel e Jack com a segurança do salão, enquanto conversavam suas dúvidas e possibilidades.

- O que deseja Myllena? - pergunta indicando para a mesma sentar ao seu lado.

- Porque aceitaram vim a essa festa? - pergunta ao se sentar sem encara-lo, cruzando as pernas entre o vestido.

- Emilly nos convenceu! - ele bebe um gole de seu drink.

- Que tipo de argumento ela usou para convence-los? - continua sem encara-lo.

Leon a encara confuso pela curiosidade repentina da garota, ela tinha o olhar direcionado as bebidas do balcão, como se evitasse encara-lo. Ele arquea uma das sobrancelhas antes de responde-la.

- Um que não pudemos recusar de qualquer forma! - bebe um gole do drink novamente desviando o olhar.

- Você não cansa de beber Wisky? Porque não tenta um vinho?

- Vinho tem um péssimo gosto! - ele gira o conteúdo do copo antes de beber mais um gole.

Myllena observa o ruivo tomar um gole do drink, antes de soltar um pequeno sorriso de canto.

- Sabia que o gosto do vinho fica cada vez melhor, dependendo do sangue da pessoa, Scarlet?

Leon para de beber, encarando a garota de relance, ela estava com a mão apoiada no balcão sustentando a cabeça, com um sorriso de lado, ficando surpreso ao ouvir aquilo e pela sua forma de falar, notou rapidamente que ela estava diferente.

Deixou o copo no balcão antes de se virar para a garota com a expressão seria, ela sorria.

- Você se lembrou?

- Com muita clareza, Scarlet!

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Durante tudo isso, do lado de fora do salão próximo aos fuzis de energia, Jack terminava sua vigília.

- Esse lado parece seguro, Miguel! - diz conectado com a mente do Archer no corredor.

Thunder olha para o céu escuro, as estrelas brilhavam mais do que o normal naquela noite, a brisa do vento tão calma, contendo apenas o barulho da música no salão.

- Jack, retorne para dentro do salão, o capitão precisa da gente!

- O Leon sabe se virar! - ele suspira - Mais ja estou voltando!

Desconectando do garoto, Jack vira para o lado olhando a rua deserta, com pequenas faíscas de choque pelo corpo, dissipa uma quantidade de raios no chão, fazendo com que alguém revela-se em sua frente, e em poucos segundos, seu punho se encontrava na cara do ser que apareceu.

- Olha só o que vento trouxe! - sorrir irritado para o garoto que havia sido arremessado pro outro lado da rua.

Cabelos azuis e olhos carmesins, com leves machucados no rosto após apanhar, o garoto se levantou um pouco sem equilíbrio olhando para o maior.

- Merda! Isso doeu pra cacete! - reclama pela dor.

- Precisa de ajuda, Pietro? - pergunta estalando os punhos.

- Eu vim em paz! - ergue as mãos para cima. - Carlos não quer confusão com o Leon!

- Eu deveria acreditar nisso? - inclina a cabeça para o lado, arqueando uma das sobrancelhas.

- Estou falando serio! - abaixa as mãos o encarando.

- O que esta fazendo aqui então? - pergunta abaixado os punhos.

- Eu só... Diego nos contou sobre a Imperatriz!

Jack estala a língua, desviando o olhar.

- Pelo visto ficaram nos vigiando até agora, não é?

- Era necessário! Seu capitão e Carlos não se dão bem! - Pietro olha de relance para o lado, em seguida retorna a encarar o maior.

- Leon tem motivos para tê-lo no topo da lista negra! - sua irritação era evidente no rosto.

- É... Então... - olha de relance de novo - Diego era a única pessoa que poderia vigia-los para nós...

- Você tá me enrolando?

- O q-que? Não! Eu to falando a verdade... - volta a encara-lo.

- Diz logo o que você quer e vaza!

Pietro engole em seco, desviando o olhar para baixo, pensando seriamente no que faria.

- Eu só... - um sorriso se estampa em seu rosto, dando um salto para trás - Precisava que você ficasse no mesmo lugar!

Uma onda de sombras surgiu em direção ao Thunder, que não se movimentou, engolindo o mesmo, formando um redemoinho das Trevas ao redor.

- Demorou Carlos! - diz ao ver o moreno sobrevoando no local com sua magia das sombras nas mãos.

- Eliminar o braço direito do Capitão dos Demônios Negros, requer tempo e estratégia, Pietro! - seus cabelos negros balançando com o vento, e olhos escuros como a noite, Carlos estava serio e antipático.

- Acho que vai precisar de outra estratégia... - chamas azuis se intensificaram no meio daquela escuridão, chamando atenção de ambos. Jack Thunder desfez o redemoinho a sua volta, sem dificuldade alguma, encarando seus oponentes. - E de muito mais tempo!

- Eh!? Como ele saiu daquela escuridão? - pergunta Pietro apavorado.

- Droga! Mesmo com minha magia das Trevas, segurar o Deus do Trovão ainda é complicado!!

Como um raio azul, Jack surgiu na frente de Carlos com o punho fechado em sua cara, arremessando para algum prédio vazio por aquela rua, deixando Pietro ainda mais apavorado.

- Ele é rápido e tem muita força mesmo sem usar uma cerca quantidade da magia! - comenta Carlos em meio a dor. - Que tipo de monstro o Leon cria?

Jack se aproxima de Pietro, levantando o mesmo pela cabeça, enquanto agonizava em medo e apavoro.

- Não, por favor! Eu juro que não era minha intenção! Carlos ordenou que eu te distraisse para poder ferir o Capitão de vocês!!!! Por favor, Jack!! Tenha piedade!! - diz em súplica, ao ponto de tremer.

Sentindo tédio com o corpo do garoto tremendo e seus gritos exagerados de medo, Jack apenas derruba o garoto no chão afundando sua cara no asfalto da rua vazia.

Ele é do tipo que "Mexam comigo, mais não mexam com os meus amigos!".

- Como eu pensei... Você não tem um senso de piedade com os outros e ainda se sente um herói! - diz Carlos ao conseguir ficar em pé novamente.

- Nunca me considerei um herói! E só pra constar Carlos... - sua expressão era de tédio total - Vocês perderam por conta própria!

Após dizer isso, tudo em volta de Carlos e Pietro se desfez, surpreendo-os, não continha uma fração de que ocorreu batalha naquele local, muito menos que Jack se moverá.

- Não pode ser... Estavamos numa ilusão...!? - Carlos encara tudo incrédulo.

Próximo aos fuzis onde havia encontrado Pietro na primeira vez, Jack Thunder estava de braços cruzados encarando eles por cima.

- Mais... Mais como... Tenho certeza que Jack não lançou nenhuma magia que não fosse vista!

- Ele realmente não lançou! - a voz de Miguel se fez presente, ficando lado a lado com Thunder. - Essa foi minha magia... "Conversão de Realidades!"

- Archer...? - Pietro encara o garoto de óculos, incrédulo. - Mais eu tinha certeza que Jack estava sozinho!

- Eu realmente estava... - se pronúncia - Porém, a magia de Kathy já estava ativada!

- Eu expandi minha magia por toda a rua, então, foram vocês que entraram no meu domínio... "Caçada Mágica!" - não tinha sinal da garota, porém, sua voz ecoava no local.

- Todo ser mágico é captado pela magia da Belial! - Miguel ajeita o óculos - E depois disso, eu apenas manipulei a mente de vocês, fazendo acreditarem que batalhavam com Jack!

- Isso quer dizer... Que eu não precisei mover um músculo para acabar com vocês! - ele sorrir satisfeito.

Carlos estala a língua, totalmente irritado por ter sido ingênuo e pego pelos companheiros do seu rival, mais isso não significava que desistiria, ele tinha um motivo para estar ali aquele noite. Em pé novamente, Carlos deixa um sorriso sair dos lábios, em seguida uma pequena risada, chamando atenção de Archer e Thunder.

- A mente e os músculos da equipe juntos em um lugar só... - seu olhar era sádico - Isso vai ser divertido!

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Leon e Miya conversavam sobre suas memórias, que retornaram após um pequeno choque de magia, mesmo que sem querer, Miguel ativou sua verdadeira identidade quando a fez desmaiar na enfermaria, no dia anterior. Com isso, Myllena entenderá que era mais do que uma simples humana, era uma herdeira de um clã poderoso, e que sua posição era importante para o equilíbrio do Mundo das Sombras, do Submundo e dos Humanos.

- Você quer o que!? - pergunta o ruivo incrédulo após ouvir seu desejo de querer fazer parte dos Demônios Negros.

- Isso que você ouviu! Sua missão é proteger a Imperatriz dos Vampiros, contudo, se eu me tornar uma companheira sua, não será necessário me tratar como uma indefesa! - diz com orgulho e determinação.

- Espera um pouco Miya! - ele olha ao redor antes de encara-la novamente - Você tem certeza disso? A coisa pode ficar séria!

- Leon, eu não sou uma garota indefesa, posso me defender... E agora sabendo o que eu sou de verdade, não posso deixar meus amigos correndo perigo para me proteger! - ela pega em suas mãos - Me deixa ser um Demônio Negro, por favor!

Os olhos esmeraldas brilhavam tão nitidamente naquele momento para o ruivo, ele sempre mantinha a compostura, mais era impossível não ceder para aquela garota, mesmo que se conhecessem a pouco tempo. Leon tentava lutar contra aquele olhar suplicante que ela fazia.

Ele suspira em derrota para a garota segundos depois.

- Esta bem... - diz derrotado, recebendo um grande sorriso da mesma. - Contudo, tem uma condição!

Ela fica estática lhe ouvindo, como uma gatinha esperando o dono chamar, aquilo lhe deixou com cara de tacho.

- Que merda de expressão é essa? - ele balança negativamente a cabeça tentando focar no que queria - Você ficará no time conhecido das Fênix Vermelhas! E terá que fazer todas as missões dadas sem questionar, entendeu?

- Você fala como se eu fosse uma criança! Mais eu entendi tudo, Capitão! - ela pisca de lado para o garoto, dando ênfase na palavra "Capitão".

- Tô começando a me arrepender disso...

De repente Leon sente uma presença estranha do lado de fora do salão.

- Mais o que...

< Imperatriz dos Vampiros/Mundo das Sombras >

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