Lui sentia-se completamente abalado com a situação. Ao sair da sala de audiência, onde o divórcio havia sido finalizado, a tristeza em seu coração era quase insuportável. Ele caminhou em direção ao estacionamento, com os olhos marejados de lágrimas. Entrou em seu carro, antes de qualquer coisa, desligou o celular e dirigiu-se para casa, desejando que tudo aquilo fosse apenas um pesadelo do qual ele pudesse acordar.
Ao chegar em casa, ele sentiu como se cada objeto ao seu redor carregasse memórias dolorosas. Era difícil olhar para as coisas de Keth e lembrar-se dos momentos felizes que tiveram juntos. Lui sabia que precisava arrumar as coisas dela e entregá-las de volta, mas cada movimento era como um ato de despedida doloroso. Só não sabia para onde mandar. Ela aparecia e desaparecia com por mágica.
Ele caminhou pelo quarto, passando a mão pelos livros que ela gostava de ler e pelas roupas que ela vestia com tanto estilo. A cama vazia parecia um poço de solidão. Lui sentou-se nela e encostou a cabeça no travesseiro, deixando as lágrimas caírem livremente. Era difícil aceitar que tudo havia chegado ao fim.
Uma lembrança fugida, brincou em suas memórias, era uma Keth quase criança, com um sorriso genuíno o chamando para fazer algo. Ela pegou na sua mão e o arrastou para algum lugar que ele não lembra.
Chegando ao quarto de hóspedes, ele viu o pequeno escritório que Keth havia montado para si mesma. Era modesto, mas era o seu refúgio, o lugar onde ela exercia a advocacia. Lui lembrava-se do orgulho que ela sentia ao receber seus primeiros clientes, conquistando sua independência profissional.
Era doloroso pensar que Keth não havia aceitado nenhum dos bens oferecidos pela família de Lui, exceto pelo modesto escritório. Ele havia criado muito sonhos quando abriu o escritório de advocacia, com Keth como sua assistente. Mas ele entendia. Ela sempre havia valorizado sua independência e sua própria carreira. O escritório era o símbolo de tudo o que ela havia conquistado sozinha, e era a única coisa que ela queria levar consigo.
Lui começou a ordenar os documentos e pertences de Keth, preparando-os para a entrega. Cada item parecia contar uma história, lembrá-lo dos momentos em que eles eram inseparáveis. Ele guardou tudo com cuidado, sentindo uma mistura de tristeza e gratidão pelas memórias compartilhadas.
Depois de terminar a tarefa, Lui sentou-se no sofá, imerso em pensamentos. Ele queria desesperadamente encontrar Keth, conversar com ela e tentar entender o que havia acontecido. Mas meses haviam se passado desde que a viu pela última vez, ante de hoje no tribunal, e todos os seus esforços para encontrá-la foram em vão.
A indiferença de Keth durante o processo de divórcio havia machucado Lui profundamente. Ele não conseguia entender como a pessoa com quem ele havia compartilhado tantos momentos especiais poderia se tornar tão distante e fria. Mas ele sabia que precisava seguir em frente, aceitar que aquela parte de sua vida havia chegado ao fim.
Enquanto Lui se acomodava em uma mistura de tristeza e desapontamento, prometeu a si mesmo que encontraria a felicidade novamente, mesmo que parecesse impossível naquele momento. Ele aprenderia a valorizar a si mesmo e a sua própria jornada, mesmo que isso significasse deixar o passado para trás.
Com o coração partido, Lui fechou os olhos e se permitiu chorar mais uma vez. As lágrimas eram uma mistura de dor e esperança, uma liberação necessária para seguir em frente. Ele sabia que tinha um longo caminho pela frente, mas, com o tempo, a ferida cicatrizaria e ele encontraria a paz novamente.
Enquanto o sol se punha lá fora, Lui abraçou suas emoções e prometeu a si mesmo que não deixaria essa experiência definir o resto de sua vida. Ele se lembraria dos momentos felizes que compartilharam, guardaria as lições aprendidas e seguiria adiante, procurando por novas oportunidades e uma nova chance de ser feliz.
E assim, enquanto as sombras da dor se dissipavam lentamente, Lui se levantou do sofá e decidiu que a partir daquele momento ele iria se reconstruir. Com determinação renovada, ele olhou para o futuro com esperança, certo de que, um dia, encontraria a felicidade que tanto desejava, mesmo que fosse longe de Keth.
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Atualizado até capítulo 111
Comments
Patrícia Travasso
É um otario manipulado e sem personalidade. Usado pela família e pela Ágatha.
2025-03-20
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Deuselene Maria
muito burro mesmo o pior cego aquele que não quer ver
2025-03-08
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Aldenora Tavares
não entendo como pode ser um advogado se é tal manipulável
2025-03-01
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