No outro dia, Alice faz a sua rotina de sempre para ir trabalhar. Dessa vez, ela acordou mais cedo e conseguiu tomar café da manhã com calma com os seus pais.
Alice se despede dos seus pais e sai a caminho do ponto de ônibus quando um carro para ao seu lado.
— Luís: Alice, que coincidência. Tá indo para empresa?
— Alice: Oi Luís. Sim, tô indo para lá.
— Luís: Entra aí, eu te levo.
— Alice: Não precisa, eu vou de ônibus. Obrigada Luís.
— Luís: A gente tá indo para o mesmo lugar, não custa nada, eu te levo. Anda, eu te levo.
Luís insiste tanto que Alice se sente na obrigação de aceitar a carona. Os seguranças que estava com Alice desde o momento que ela saiu de casa, não sabiam de quem era o carro, pois eles tinham que ficar afastados para não serem notados.
Vitor, o chefe da segurança liga para Rafael e avisa que Alice entrou num carro cinza que parou ao lado dela enquanto ela caminhava até o ponto de ônibus. Rafael fica preocupado com Alice e já começa imaginar o pior.
Depois de alguns minutos, Rafael não aguentava mais esperar e decide sair a procura de Alice. Quando ele chega no andar da saída da empresa, dá de cara com Alice e Luís que iam chegando.
- Rafael: Alice!
- Alice: Ah, oi! Bom dia!
- Rafael: Tá atrasada!
— Luís: Só se passaram 2 minutos.
— Rafael: Exatamente! Já se passaram 2 minutos.
— Alice: Desculpa, eu…
- Luí: Aí cara, pega leve. Ela...
- Rafael: Luís, dos meus funcionários, cuido eu.
— Alice: Eu vou andando, até mais Luís.
Alice sai e logo Rafael sai andando atrás dela, mas antes deu uma boa olhada para Luís. Alice estava no elevador e Rafael entra logo depois dela. Luís fica a olhar a porta do elevador fechar.
DENTRO DO ELEVADOR:
— Rafael: O quê foi aquilo?
— Alice: Eu que te pergunto
— Rafael: Onde você tava?
— Alice: Como assim onde eu tava? Eu estava em casa até vir para a empresa.
— Rafael: Os seus seguranças te viram entrar num carro. Pegou carona com o Luís? Você não aceita nem as minhas caronas!
— Alice: Meus seguranças?
Rafael olha para Alice e a porta do elevador abre, eles chegaram no andar de trabalho deles e foram em direção a sala de Rafael. Alice passa e é parada por Carol, Rafael continua andando.
— Carol: Ai meu Deus! Vocês estão juntos?
— Alice: O quê? Não...
— Carol: Não mente para mim...
— Alice: A gente tá se conhecendo...
— Carol: Aaaaaah * Grita Carol chamando atenção de todo o mundo*
— Alice: shiii. Tá louca? Não conta para ninguém ainda.
— Carol: Como assim? Todo o mundo tem que saber. O Alan sabe?
— Alice: Ninguém pode saber, tem ideia dos ataques que eu vou receber? Eu vou contar para o Alan na hora certa.
- Carol: Você tem razão sobre os ataques. Mas eu acho que você não deveria esconder isso do Alan. Vocês contam tudo um para o outro
Alice foi interrompida de falar por Rafael que a chamou de longe.
— Alice: Depois a gente conversa
— Carol: Tudo bem
Alice vai em direção a Rafael que a esperava no corredor que levava até a sua sala e, consequentemente até o lugar que Alice trabalhava. Alice passa por Rafael e Rafael anda logo atrás dela.
— Rafael: Você pegou carona com o Luís?
— Alice: Você colocou os seus seguranças para me vigiarem?
— Rafael: Eu coloquei seguranças para te proteger! você foi seguida e entraram na minha casa atrás de você. Se essa pessoa tivesse entrado no banheiro enquanto você tomava banho? eu não ia ver!
— Alice: Então você achou melhor colocar pessoas para me vigiarem sem me consultar antes?
- Rafael: Se eu perguntasse, você iria aceitar? Eu queria te proteger.
— Alice: Era só me avisar, não quero que esconda nada de mim. E se eu notasse que eles estavam atrás de mim e ficasse com mais medo ainda?
— Rafael: Tá bom. Você tá certa, você sempre tá certa e eu tô errado. vai lá pedir para o Luís te levar para casa.
— Alice: Você tá sendo infantil. Ele só me deu uma carona
— Rafael: Coisa que você não aceita nem de mim que sou seu... o seu... que sou eu!
Rafael estava com muita raiva e sabia que não ia conseguir continuar essa conversa, ele bem sabia ao certo o que eles eram, não tinha rolado nenhum pedido oficial e ele sentiu como se Alice não devesse satisfação para ele, já que eles estavam apenas "ficando".
— Alice: Desculpa
— Rafael: O quê foi?
— Alice: Eu entendo o que você tá sentindo. Eu não aceito nada que vem de você que deveria ser quase o meu namorado, mas aceito de um estranho. Eu também não pensei que teria problema, era só uma carona e ele também estava vindo para o mesmo lugar que eu. Que mal tem? De primeira eu recusei, mas ele insistiu tanto que ficou impossível dizer não.
— Rafael: Quem decide é você. Você não faz nada que não quer.
— Alice: Eu sei, não tem problema eu aceitar carona de um colega de trabalho.
— Rafael: Eu poderia ir buscar você.
— Alice: Não tem problema
— Rafael: Olha, me desculpa ter colocado seguranças com você sem o seu consentimento. Eu só queria proteger você, tô preocupado.
— Alice: Eu sei, tá tudo bem.
— Rafael: De hoje em dia, não vai existir mais segredos entre a gente.
— Alice: Eu acho isso ótimo
— Rafael: E você não aceita mais carona.
- Alice: Rafael!
— Rafael: Eu posso te buscar e te deixar onde você quiser.
— Alice: Depois a gente conversa melhor. Daqui a pouco chega gente aí e eu não quero que pensem nada.
— Rafael: Tá bom, a gente vai almoçar hoje no restaurante que te falei ontem, depois de tudo aquilo, a gente nem foi.
— Alice: Melhor deixar para outro dia, vou almoçar aqui hoje.
— Rafael: Mas por quê?
— Alice: Até a gente tornar isso oficial e público, é assim que vai ser. Agora se me der licença, eu tenho trabalho a fazer.
— Rafael: Ah então é assim? * Fala agarrando Alice*
— Alice: Rafael para, aqui não.
— Rafael: Qual é amor, para de ser chata.
— Alice: Alguém pode ver a gente
— Rafael: Que se dane, eu quero que todo o mundo veja mesmo.
- Alice: Vai pra sua sala vai
- Rafael: Eu vou, mas eu volto.
Rafael da um beijo malicioso em Alice e entra para sua sala, Alice se certifica de que ninguém estava olhando e senta em sua mesa. Ela tinha certeza que ninguém estava observando eles, mas ela não estava totalmente certa. Um homem de pele escura observava atenciosamente eles dois e esperava o momento certo para agir, ele estava observando cada passo, cada fraqueza, tudo que pudesse usar contra eles. Ele estava literalmente com Rafael na palma da mão.
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Atualizado até capítulo 65
Comments
Marina Matos
gente até eu tô com medo kkkk senhor Jesus, misericórdia
2024-06-12
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