cap: 18

No outro dia, Alice faz a sua rotina de sempre para ir trabalhar. Dessa vez, ela acordou mais cedo e conseguiu tomar café da manhã com calma com os seus pais.

Alice se despede dos seus pais e sai a caminho do ponto de ônibus quando um carro para ao seu lado.

— Luís: Alice, que coincidência. Tá indo para empresa?

— Alice: Oi Luís. Sim, tô indo para lá.

— Luís: Entra aí, eu te levo.

— Alice: Não precisa, eu vou de ônibus. Obrigada Luís.

— Luís: A gente tá indo para o mesmo lugar, não custa nada, eu te levo. Anda, eu te levo.

Luís insiste tanto que Alice se sente na obrigação de aceitar a carona. Os seguranças que estava com Alice desde o momento que ela saiu de casa, não sabiam de quem era o carro, pois eles tinham que ficar afastados para não serem notados.

Vitor, o chefe da segurança liga para Rafael e avisa que Alice entrou num carro cinza que parou ao lado dela enquanto ela caminhava até o ponto de ônibus. Rafael fica preocupado com Alice e já começa imaginar o pior.

Depois de alguns minutos, Rafael não aguentava mais esperar e decide sair a procura de Alice. Quando ele chega no andar da saída da empresa, dá de cara com Alice e Luís que iam chegando.

- Rafael: Alice!

- Alice: Ah, oi! Bom dia!

- Rafael: Tá atrasada!

— Luís: Só se passaram 2 minutos.

— Rafael: Exatamente! Já se passaram 2 minutos.

— Alice: Desculpa, eu…

- Luí: Aí cara, pega leve. Ela...

- Rafael: Luís, dos meus funcionários, cuido eu.

— Alice: Eu vou andando, até mais Luís.

Alice sai e logo Rafael sai andando atrás dela, mas antes deu uma boa olhada para Luís. Alice estava no elevador e Rafael entra logo depois dela. Luís fica a olhar a porta do elevador fechar.

DENTRO DO ELEVADOR:

— Rafael: O quê foi aquilo?

— Alice: Eu que te pergunto

— Rafael: Onde você tava?

— Alice: Como assim onde eu tava? Eu estava em casa até vir para a empresa.

— Rafael: Os seus seguranças te viram entrar num carro. Pegou carona com o Luís? Você não aceita nem as minhas caronas!

— Alice: Meus seguranças?

Rafael olha para Alice e a porta do elevador abre, eles chegaram no andar de trabalho deles e foram em direção a sala de Rafael. Alice passa e é parada por Carol, Rafael continua andando.

— Carol: Ai meu Deus! Vocês estão juntos?

— Alice: O quê? Não...

— Carol: Não mente para mim...

— Alice: A gente tá se conhecendo...

— Carol: Aaaaaah * Grita Carol chamando atenção de todo o mundo*

— Alice: shiii. Tá louca? Não conta para ninguém ainda.

— Carol: Como assim? Todo o mundo tem que saber. O Alan sabe?

— Alice: Ninguém pode saber, tem ideia dos ataques que eu vou receber? Eu vou contar para o Alan na hora certa.

- Carol: Você tem razão sobre os ataques. Mas eu acho que você não deveria esconder isso do Alan. Vocês contam tudo um para o outro

Alice foi interrompida de falar por Rafael que a chamou de longe.

— Alice: Depois a gente conversa

— Carol: Tudo bem

Alice vai em direção a Rafael que a esperava no corredor que levava até a sua sala e, consequentemente até o lugar que Alice trabalhava. Alice passa por Rafael e Rafael anda logo atrás dela.

— Rafael: Você pegou carona com o Luís?

— Alice: Você colocou os seus seguranças para me vigiarem?

— Rafael: Eu coloquei seguranças para te proteger! você foi seguida e entraram na minha casa atrás de você. Se essa pessoa tivesse entrado no banheiro enquanto você tomava banho? eu não ia ver!

— Alice: Então você achou melhor colocar pessoas para me vigiarem sem me consultar antes?

- Rafael: Se eu perguntasse, você iria aceitar? Eu queria te proteger.

— Alice: Era só me avisar, não quero que esconda nada de mim. E se eu notasse que eles estavam atrás de mim e ficasse com mais medo ainda?

— Rafael: Tá bom. Você tá certa, você sempre tá certa e eu tô errado. vai lá pedir para o Luís te levar para casa.

— Alice: Você tá sendo infantil. Ele só me deu uma carona

— Rafael: Coisa que você não aceita nem de mim que sou seu... o seu... que sou eu!

Rafael estava com muita raiva e sabia que não ia conseguir continuar essa conversa, ele bem sabia ao certo o que eles eram, não tinha rolado nenhum pedido oficial e ele sentiu como se Alice não devesse satisfação para ele, já que eles estavam apenas "ficando".

— Alice: Desculpa

— Rafael: O quê foi?

— Alice: Eu entendo o que você tá sentindo. Eu não aceito nada que vem de você que deveria ser quase o meu namorado, mas aceito de um estranho. Eu também não pensei que teria problema, era só uma carona e ele também estava vindo para o mesmo lugar que eu. Que mal tem? De primeira eu recusei, mas ele insistiu tanto que ficou impossível dizer não.

— Rafael: Quem decide é você. Você não faz nada que não quer.

— Alice: Eu sei, não tem problema eu aceitar carona de um colega de trabalho.

— Rafael: Eu poderia ir buscar você.

— Alice: Não tem problema

— Rafael: Olha, me desculpa ter colocado seguranças com você sem o seu consentimento. Eu só queria proteger você, tô preocupado.

— Alice: Eu sei, tá tudo bem.

— Rafael: De hoje em dia, não vai existir mais segredos entre a gente.

— Alice: Eu acho isso ótimo

— Rafael: E você não aceita mais carona.

- Alice: Rafael!

— Rafael: Eu posso te buscar e te deixar onde você quiser.

— Alice: Depois a gente conversa melhor. Daqui a pouco chega gente aí e eu não quero que pensem nada.

— Rafael: Tá bom, a gente vai almoçar hoje no restaurante que te falei ontem, depois de tudo aquilo, a gente nem foi.

— Alice: Melhor deixar para outro dia, vou almoçar aqui hoje.

— Rafael: Mas por quê?

— Alice: Até a gente tornar isso oficial e público, é assim que vai ser. Agora se me der licença, eu tenho trabalho a fazer.

— Rafael: Ah então é assim? * Fala agarrando Alice*

— Alice: Rafael para, aqui não.

— Rafael: Qual é amor, para de ser chata.

— Alice: Alguém pode ver a gente

— Rafael: Que se dane, eu quero que todo o mundo veja mesmo.

- Alice: Vai pra sua sala vai

- Rafael: Eu vou, mas eu volto.

Rafael da um beijo malicioso em Alice e entra para sua sala, Alice se certifica de que ninguém estava olhando e senta em sua mesa. Ela tinha certeza que ninguém estava observando eles, mas ela não estava totalmente certa. Um homem de pele escura observava atenciosamente eles dois e esperava o momento certo para agir, ele estava observando cada passo, cada fraqueza, tudo que pudesse usar contra eles. Ele estava literalmente com Rafael na palma da mão.

Baixar agora

Gostou dessa história? Baixe o APP para manter seu histórico de leitura
Baixar agora

Benefícios

Novos usuários que baixam o APP podem ler 10 capítulos gratuitamente

Receber
NovelToon
Um passo para um novo mundo!
Para mais, baixe o APP de MangaToon!