capítulo 03: passando mal na rua

Me olho no espelho uma última vez na tentativa de me sentir melhor, escolhi um vestido rosa bebê soltinho que faz a minha barriga parecer um pouco maior que realmente é, fiz uma maquiagem leve deixei as minhas madeixas loiras já precisando ser retocada soltas , o café já deve estar servido lá embaixo e eu preciso comer nem que seja uma fruta antes de sair, hoje o meu dia será longo e dele depende o meu futuro e o futuro dessa criança que está crescendo no meu ventre e se eu não me alimento direito faço hipoglicemia e tudo o que eu não preciso é passar mal na rua hoje. Desço as escadas e me sirvo de um farto café da manhã porém o meu apetite é sempre pouco pela manhã e mal consigo engolir um pouco iogurte com granola e frutas picadas e uma fatia de bolo com café e leite.

Uma hora depois eu desço do táxi e fico aguardando na rua até ver o carro preto elegantíssimo se aproximar, não demora uma mulher de aparentemente cinquenta e poucos anos usando um terninho feminino ,óculos escuro e uma bolsa enorme desce e entra no restaurante para encontrar alguém, eu a tenho seguido nos últimos dez dias na tentativa de um bom momento para revelar a minha gravidez no entanto ela sempre está cercada de pessoas e ainda não consegui me aproximar e preciso que seja um momento em que possamos conversar tranquilas pois o seu apoio é crucial para o bem estar desse bebê.

Me aproximo do carro parado no estacionamento e bato no vidro, o motorista me encara com cara de poucos amigos mas eu não me intimido e bato outra vez, ele baixa o vidro apenas o suficiente para me ouvir e pergunta o que eu quero

_ preciso falar com a sua patroa! é importante. acrescento sem nem respirar e ele me olha de cima a baixo e abre um sorriso cínico

_ sinto muito senhorita,mas a minha patroa não tem tempo a perder com alguém como você.

Eu sinto um suor frio percorrer o meu corpo e as minhas mãos trêmulas e ele abre a porta a tempo de me segurar

_ ei você esta bem? Moça fala comigo? Diz me segurando pelos braços.

_ eu preciso de algo doce! Falo fraca sentindo a minha glicose baixar de vez.

Ele abre a porta do carro e me senta no banco de trás,em seguida da a volta e abre o porta luvas me entregando um doce que eu mastigo imediatamente,a cena já atraiu a atenção de alguns curiosos e quando me sinto melhor ouço a voz da senhora bem atrás de mim

_ o que está acontecendo aqui? Seu tom firme me causa um arrepio pela espinha e o homem se apressa em falar

_ essa mulher passou mal bem na minha frente e como está grávida me senti na obrigação de ajudar.

Ela me encara e percebe a minha palidez,olha em direção a minha barriga e pergunta ainda em um tom gélido

_ você esta de quanto tempo minha jovem?

_ Quatro meses! Respondo fraco.

_ vamos levá-la ao hospital, você esta muito pálida é não é normal passar mal assim no meio da rua,tem alguém aqui com você?

_ não, eu estou sozinha!

_quer que eu ligue para alguém?

_ eu não tenho ninguém! Respondo baixando o rosto e de fato não é uma mentira.

_ vamos ao hospital José!ela diz segurando a minha mão que permanece fria e seguimos em um silêncio assustador até chegar-mos a um hospital particular ali perto.

Eu encaro Rosita que está ao telefone com os olhos cheios de questionamentos e o coração cheio de incertezas e ela parece ler a minha mente, eu sinto que essa mulher tem uma aura diferente como se pudesse me desvendar deuma ponta a outra apenas com um olhar o que me deixa uma sensação de nervoso incomum para alguém como eu que fui treinada desde cedo a ser o que as pessoas querem que eu seja.

_não se preocupe ! Diz serena, eu não vou te fazer nenhum mal ,só quero te ajudar, disse que está de quatro meses mas a sua barriga é quase imperceptível e você não me parece bem, está branca feito leite , pedi a uma velha amiga para te examinar ,ela trabalha aqui nesse hospital e será tudo por minha conta, você apenas precisa responder as perguntas dela e colher material pros exames.

_ Rosita eu preciso te falar uma coisa!

_ você me conhece? Pergunta surpresa

_ Não exatamente,mas eu preciso de sua ajuda.

_ eu já estou ajudando então pode falar, o seu tom é firme e ainda mais sério que antes.

_ a minha gravidez é de risco e eu perdi o emprego.

_ você quer a minha ajuda financeira pra ter o bebê é isso? Rosita me interrompe e alguém bate no vidro do carro bem na hora que eu iria contar sobre quem é o pai do meu bebê.

_ Estou esperando por você Rosita! A mulher loira e muito bonita, diz sorrindo então desvia o olhar para mim.

_ você esta bem querida? Pergunta olhando o meu rosto que permanece ainda sem cor.

_ ela será sua paciente sofhi, passou mal na rua e acabou de dizer que é uma gestação de risco.

_ então vamos entrar para mim examinar-te, a senhora tem algum documento pessoal?

_ tenho! Eu não saio de casa sem os meus documentos, estão aqui na minha bolsa.

Entramos no hospital e Rosita pega os meus documentos pessoais para fazer a ficha, a doutora sofhi examina-me e encaminha para fazer um ultrassom, ela não é obstetra, mas trata-me com muito carinho e eu sinto-me amparada e cuidada, após um técnico de enfermagem colher o meu sangue sou encaminhada para o ultrassom, encontro Rosita no corredor e pergunto se ela quer me acompanhar no exame, ela exita um pouco, mas eu insisto e ela se compadece sentindo o meu temor e me acompanha até a sala onde uma jovem passa um líquido sobre meu abdômen , confesso que estou anciosa ,logo em seguida ela liga o aparelho e não demora o meu bebê aparece como uma mancha escura na tela enorme.

A médica observa bem os detalhes e me pergunta novamente a minha idade gestacional e assim que lhe confirmo dezesseis semanas ela parece um pouco espantada, eu já fiz o meu primeiro ultrassom mas o equipamento não era tão bom quanto o daqui e a médica não me explicou muita coisa, talvez por ser um procedimento feito no sistema único de saúde e ter uma enorme quantidade de gestantes esperando a vez ,ela tenha se apressado em terminar o seu trabalho deixou a cargo do obstetra dar as informações.

_ seu bebê já está formado o que condiz com o que você diz ,porém é muito pequeno para a idade gestacional e com certeza a senhora precisa de um acompanhamento mais cauteloso para que nasça saudável, seu bebê está desnutrido e pequeno para o tempo de gestação e a senhora precisa cuidar para que ele se desenvolva adequadamente o quanto antes.

_ A médica do posto de saúde já tinha me avisado , estou tomando as vitaminas e os remédios que ela me passou.

_ Quer ouvir o coraçãozinho ? Ela me pergunta e eu confirmo com um aceno de cabeça que sim então ela coloca e o som alto e acelerado dos batimentos ecoam pela sala,olho para Rosita e seus olhos estão marejados de lágrimas e de repente eu me sinto culpada por não contar a ela que esse é o som do coração de seu neto.

_ é normal ser tão acelerado assim?

_ sim, é super normal os batimentos do bebê são assim mesmo rápidos e fortes.

_ já dá para saber o sexo ?pergunto me sentindo um pouco estranha pois a gravidez me deixou emotiva como nunca fui na vida.

_ Sim, já está todo formado, não posso garantir cem por cento devido ser muito pequeno ,mas aposto num menino , dá para ver nitidamente o saco aqui. Diz e aponta pra tela onde para mim é impossível distinguir alguma coisa.

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Eliane Pereira Mendes

Eliane Pereira Mendes

mais uma mãe com dificuldades para criar um filho sem pai..

2024-02-18

1

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Capítulos
1 capítulo 01: conhecendo Geisyane
2 capítulo 02: conhecendo o Ravier
3 capítulo 03: passando mal na rua
4 capítulo 04: uma bomba detonada com sucesso
5 capítulo 05: Rosita mostrando a sua face
6 capítulo 06: um pouco sobre a história de Rosita
7 capítulo 07: memórias de Rosita
8 capítulo 08: tentando manter a racionalidade
9 capítulo 09: um pouco sobre Antônio Hernandes
10 capítulo 10: lembranças de uma noite quente
11 capítulo 11: visita inesperada
12 capítulo 12: pondo os pingos nos iis
13 capítulo 13: Ravier revoltado
14 capítulo 14: um pequeno sangramento
15 capítulo 15: Rosita sendo uma avó amorosa
16 capítulo 16: chegando a São Paulo
17 capítulo 17: um novo lar
18 capítulo 18: Ravier causando discórdia
19 capítulo 19: escolhendo um nome para o bebê
20 capítulo 20: passando mal
21 capítulo 21: Tentando ser um bom filho
22 capítulo 22: Ravier se preocupando.
23 capítulo 23: problemas puxando problemas
24 capítulo 24: mãe e filho se apoiando
25 capítulo 25: encontro de amigos
26 capítulo 26: uma conversa para esclarecer as coisas
27 capítulo 27: Geisy e seus sentimentos
28 capítulo 28: consulta médica
29 capítulo 29: dia de piscina
30 capítulo 30: Ravier acabando com a diversão
31 capítulo 31: Ravier e seus problemas
32 capítulo 32: a fúria de Rosita
33 capítulo 33: Geisyane sendo sincera
34 capítulo 34: um incentivo para sair da bad
35 capítulo 35: uma leve mudança de comportamento
36 capítulo 36: indo ao socorro da loira
37 capítulo 37: uma manhã de compras
38 capítulo 38: desconfiança
39 capítulo 39: Ela é a mãe do meu filho
40 capítulo 40: ficando ainda mais bonita
41 capítulo 42: um momento muito esperado
42 capítulo 43: sucumbindo ao desejo
43 capítulo 44: Geisyane de cabeça cheia
44 capítulo 45: onde está Geisyane?
45 capítulo 46: tentando se acertar
46 capítulo 47: Ramon mostrando a sua face
47 capítulo 48: Ramon Guilherme Hernandes junior.
48 capítulo 49: um momento fofo pra variar
49 capítulo 50: Ravena chegando e já causando.
50 capítulo 51: Ravena Hernandes
51 capítulo 52: quase se afogando
52 capítulo 53: José sendo herói
53 capítulo 53: ficando em observação
54 capítulo 54: uma cobra sendo coagida
55 capítulo 55: Ramon tentando tirar proveito
56 capítulo 56: chegando e já se preocupando.
57 capítulo 57: um momento a dois
58 capítulo 58: Geisyane por uma gota d'água.
59 capítulo 59: porquê quer ir embora Geisyane?
60 capítulo 60: problema resolvido
61 capítulo 61: ciúmes
62 capítulo 62: ciúmes parte 2
63 capítulo 62: ciúmes parte 3
64 capítulo 64:uma noite divertida
65 capítulo 65: Decepção
66 capítulo 65: concelhos da sogra
67 capítulo 67: um dia feliz
68 capítulo 68: Os sentimentos de Ravier
69 capítulo 69: uma noite que prometia ser perfeita
70 capítulo 70: Marília Gabriela dando as caras
71 capítulo 71: conhecendo Marília Gabriela
72 capítulo 72: Geisyane sendo sincera
73 capítulo 73: um problema a menos
74 capítulo 74: Um jantar nada perfeito
75 capítulo 75: Medo e angústia
76 capítulo 76: apoio de um amigo
77 capítulo 77: acordando de um pesadelo
78 capítulo 78: Tomando providências
79 capítulo 79: Insinuações
80 capítulo 80: eu quero um exame de DNA
81 capítulo 81: um final nada feliz !
Capítulos

Atualizado até capítulo 81

1
capítulo 01: conhecendo Geisyane
2
capítulo 02: conhecendo o Ravier
3
capítulo 03: passando mal na rua
4
capítulo 04: uma bomba detonada com sucesso
5
capítulo 05: Rosita mostrando a sua face
6
capítulo 06: um pouco sobre a história de Rosita
7
capítulo 07: memórias de Rosita
8
capítulo 08: tentando manter a racionalidade
9
capítulo 09: um pouco sobre Antônio Hernandes
10
capítulo 10: lembranças de uma noite quente
11
capítulo 11: visita inesperada
12
capítulo 12: pondo os pingos nos iis
13
capítulo 13: Ravier revoltado
14
capítulo 14: um pequeno sangramento
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capítulo 16: chegando a São Paulo
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capítulo 17: um novo lar
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24
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25
capítulo 25: encontro de amigos
26
capítulo 26: uma conversa para esclarecer as coisas
27
capítulo 27: Geisy e seus sentimentos
28
capítulo 28: consulta médica
29
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30
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capítulo 31: Ravier e seus problemas
32
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capítulo 74: Um jantar nada perfeito
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capítulo 75: Medo e angústia
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capítulo 76: apoio de um amigo
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capítulo 78: Tomando providências
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