MEDO

Valentina, narrando…

Acordo mais tarde que o normal, pois havia chegado tarde com os meus pais e estava cansada.

Levanto, faço a minha higiene e me visto, desço para o restaurante do hotel e os meus pais já haviam tomado café.

Um dos nossos funcionários me avisa que eles foram para mais um evento e eu decido voltar para o quarto.

📲 Valentina: Amiga, isso aqui é tão chato. Queria está no México e de preferência no shopping fazendo compras com você.

📲 - Você que é muito chata, se veste e sai para aproveitar esse lugar maravilhoso, anda Valentina.

📲 Valentina: Tudo bem, mas só depois do almoço, quando os meus pais chegarem.

📲 - Enquanto isso tente se distrair com algo, lembre-se que voltará em breve. Precisa aproveitar.

Nos despedimos e eu decido ir até a academia do hotel.

Depois de algumas horas eu decido me arrumar e dar uma volta no shopping, me encontro com os meus pais lá e eles me contam tudo sobre o evento de mais cedo. Almoçamos e eu aproveitei para fazer algumas compras com a minha mãe.

Durante a volta para o hotel recebo uma mensagem, o número é desconhecido então imagino que seja o Nat.

Martina: Está tudo bem querida?

Valentina: Está sim mãe.

Martina: Mais tarde vamos jantar com um casal de amigos, você quer ir?

Valentina: Acho que prefiro ficar no hotel.

Martina: Tem certeza?

Valentina: Tenho sim mãe.

No hotel…

James: Filha, podemos conversar um minuto?

Valentina: Claro pai, entre.

Meu pai entrou no quarto e se sentou ao meu lado na cama.

James: O que achou do Lourenço?

Valentina: Ele é legal, mas posso saber o motivo da pergunta?

James: Filha, eu reparei que depois do Nat você se esfriou, não só para relacionamentos amorosos, mas com a gente também, está acontecendo alguma coisa?

Valentina: Claro que não pai, é impressão sua.

James: Não filha, seu irmão, sua mãe e até os seus avós repararam isso.

Valentina: Eu juro pai, não está acontecendo nada, mas o que isso tem a ver com o Lourenço?

James: Ele é uma pessoa de boa família e você também, então eu pensei que…

Valentina: Não.

James: Espere, não terminei.

Valentina: Já sei onde quer chegar com isso pai, mas saiba que eu não irei me casar tão cedo, tão pouco com um homem que acabei que conhecer.

James: Vocês estão solteiros, não custa nada sairem para conversar e se conhecer melhor qualquer dia desses.

Valentina: Pai…

James: Tudo bem, eu já vou! Tem certeza que não quer vir com a gente?

Valentina: Não pai, aproveite e leve ela para um lugar diferente, ficarei bem.

James: É uma ótima ideia, voltaremos logo cedo.

Ele beijou a minha testa e saiu do quarto.

Passei o resto da tarde pensando na conversa que tivemos, meu pai nunca foi de me arranjar pretendentes, pelo contrário.

Quando já está escurecendo eu decido me arrumar e ir para o salão do hotel mesmo, não tenho companhia, mas posso muito bem ficar sozinha.

Escolho uma das mesas, me sento e chamo o garçom. Depois que o meu pedido chega eu janto e observo um homem do outro lado do salão, ele disfarça quando eu olho e eu automaticamente penso que é um dos idiotas que o Nat contratou para ficar no meu pé. Chamo o garçom, pago a conta e volto para o quarto do hotel.

Valentina: Não é possível que aquele idiota não vai me deixar em paz…

Me deito na cama e fico pensando em todas as idiotices que já fiz para agradar o Nat, para no fim ele me trair.

Quando estou quase dormindo sinto uma movimentação estranha no quarto, levanto rapidamente e vejo que estava ventando muito, então provavelmente foi a cortina.

Deito novamente, mas uma coisa me pede para levantar e ir até a varanda. Levanto e vou até a varanda, mas não tem nada.

Volto para o quarto, mas fico com uma sensação estranha, decido pegar meu telefone e ligar para o Lourenço. Penso duas vezes antes de ligar, mas ligo.

Como ele não atendeu eu decido não insistir, provavelmente está ocupado ou simplesmente não quer falar comigo. Pego o meu celular e vou até o banheiro.

Ponho uma música relaxante enquanto a banheira enche, tiro minha roupa e ponho um roupão. Quando estou prestes a entrar na banheira escuto a porta do banheiro bater e me assusto.

Vou até a porta e tranco imediatamente, me afasto e quando olho para o chão tem uma carta, me abaixo para pegar, mas não tenho coragem de abrir.

Pego meu celular e ligo para os meus pais, mas nenhum me atende, sem alternativa eu decido ligar novamente para o Lourenço.

Ele me atende e eu não consigo nem explicá-lo o que aconteceu, só peço que ele venha o mais rápido possível. Sento no chão com a cabeça entre as pernas e fico esperando o Lourenço chegar.

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