Capítulo 8

Aristóteles de Ascaban

Durmo por cerca duas horas e acordo, meu amigo Black está inquieto pela natureza livres os lobos não conseguem ficar muito tempo trancados, meu estômago começa a dar sinal, desde que chegamos aqui não comemos nada e eu preciso me alimentar para manter a paz de espírito a única coisa que me resta, para o meu pai eu sou apenas uma peça para a sua vingança contra a rainha Morgana dos reinos das fadas.

Mudo as minhas roupas para algo mais simples, pois não quero chamar a atenção para nós.

Saio com Black ao meu lado e ele chama a atenção das pessoas por onde passamos, não só por sua obediência como pela sua pelagem preta e olhos de extremo azul.

Chegamos a uma Taverna e eu peço uma refeição, quando viajo costumo comer refeições a moda da casa, peço também uma bebida quente:

— Por favor meu bom homem eu quero uma bebida quente que aqueça o corpo.

— Meu jovem, aqui temos quentão de gengibre com cachaça ele queima num gole e aquece o coração — Mas se quiser posso preparar somente o quentão sem a cachaça a gosto do freguês.

Como sou fraco para bebidas opto pelo quentão de gengibre sem a cachaça.

— Muito bonito e obediente o seu amigo lobo — Você é um domador de lobos?

— Sou, sim, e Black é meu melhor amigo

— Ele deve estar faminto vou pedir para prepararem uma porção generosa de carne crua de javali para ele e não se preocupe meu jovem essa será por conta da casa— Escolha uma mesa e se sente, meu fiel ajudante logo levará a refeição de vocês.

Vou para uma das mesas e me sento, logo o rapaz chega com a nossa refeição ele serve primeiro a Black a carne crua de javali e depois com muita habilidade e velocidade em seus movimentos ele serve a minha refeição e meu quentão.

Nos alimentamos e eu sinto que as minhas forças voltaram, pago a refeição e quando nos preparamos para ir embora o dono da Taverna me chama e oferece uma tigela de água fresca para o Black que em questão de segundos toma boa parte da água eu agradeço ao bom homem da Taverna.

— Obrigada meu bom homem por cuidar de Black.

— Não precisa agradecer faz anos que eu não vejo um domador de lobos por essas bandas, o último que vi foi Seti mais ele já está ancião, e faz muito tempo que não temos notícias deles— O seu companheiro fiel é um lobo muito bonito.

Agradeço a hospitalidade e voltamos para a hospedaria a qual estamos hospedados meu amigo lobo sempre leal me acompanha.

Entramos em meu aposento e eu me sento em minha cama.

Amanhã procurarei a princesa Talita de Avalon filha do rei Chales V, quero ter uma amizade com ela, mas não vou forçar a barra se acontecer de nos apaixonarmos é porque com certeza os deuses escreveram nas linhas de meu destino.

Os deuses, tem nomes pelos quais os clamamos em oração: Union o surpreso ele quem decide todas as coisas no reino, Natural o deus da natureza, Angel o deus do amor e o que não muda em lugar nenhum, Ares o deus da guerra. Não tenho intensão nenhuma de violar as ordens dos deuses, o único com quem eu bateria de frente é Ares, pois guerras só geram mais guerras e destruição.

Para o meu pai eu sou apenas uma peça no tabuleiro de xadrez que ele acha que vai mover como quer, mas não é assim não, eu não quero fazer parte de uma guerra inútil que meu pai quer para dominar o reino de Avalon e das fadas, tudo porque no passado a rainha Morgana o rejeitou.

Meu pai nunca se esqueceu da vingança mesmo minha mãe lhe dando amor, não o fez esquecer, minha mãe se dedicou durante toda a vida a meu pai e a mim, mas mesmo assim meu pai não esqueceu Morgana e não se conforma por ser no passado rejeitado por ela.

Não permitirei que ele me use se eu ficar com a Talita será porque nos amamos e não por mero capricho de um homem inescrupuloso que é o meu pai.

Eu vou, sim, fazer a proposta de casamento para ela, desde que estejamos apaixonados um pelo outro.

Meu pai quer que eu volte para Ascaban com a Talita a meu lado.

Mas não vou forçá-la a nada, não quero e nem pretendo fazer parte da vingança de meu pai. Não sou uma moeda de troca.

Tento dormir mais o sono não chega, me sento na cama e verifico os meus pertences, eu tenho muitas moedas de ouro, o que me proporcionará vários meses fora, não quero e nem pretendo voltar para Ascaban pelo menos não agora.

Não quero passar pela floresta sombria novamente aquele lugar é horrível cheio de energia negativa.

Um dia ela foi uma linda floresta, porém a dureza do coração do ser humano fez com que o deus Natural torna-se a floresta sombria para dar uma lição aos seres humanos, pois se corromperam da bondade de do bom caminho se desviando dele.

Me pergunto se um dia o deus Natural devolverá a vida a floresta sombria, pois muitos ali morreram pela falta de esperança e pela energia negativa tão poderosa e densa.

" Eu espero viver para ver a floresta sombria ser linda e de luz novamente"

Olho para meu amigo fiel e afirmo:

— Black você é meu único amigo, eu espero que você nunca me abandone no reino de meu pai não tenho amigos, pois desde criança só ouço falar na guerra contra o reino de Avalon— Vou cumprir o que prometi a você meu fiel e leal amigo, libertarei seus irmãos da alcateia da magia negra de domínio.

Meu fiel amigo me olha e eu compreendo que ele não vai me deixar mesmo que eu liberte a sua alcateia, pois ele me escolheu para ser seu melhor amigo por esse motivo ele me é leal.

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