Júlia diz e aponta para um homem que estava parado perto da fonte. Alto, músculos evidentes, mesmo sob a roupa social, um sorriso confiante e possui os olhos verdes mais lindos que eu já vi. Ele usa um terno preto e uma gravata vermelha, e segura uma taça na mão. Ele parece entediado com a conversa com outro homem mais velho.
— Você está louca? Eu nem sei quem ele é. E se ele for um dos executivos do meu pai? E se ele for casado? E se ele for um idiota? — Eu disse e desviei o olhar.
— E se ele for o amor da sua vida? E se ele for o homem que vai te fazer feliz? Pare com esse "e se", arrisque algo uma vez na sua vida, Isa — Júlia diz e me empurra na direção dele assim que o homem mais velho se afasta.
— Júlia... — Eu digo num tom tímido e tento voltar — Eu não posso…
— Vai, amiga, confia em mim. Você não tem nada a perder. Só vai lá e diz "oi". O resto é com você. — Júlia diz e me dá um sorriso incentivador.
Respirei fundo e caminho até o homem misterioso. Sinto o meu coração acelerar e as minhas mãos suarem. Eu não faço ideia do que dizer ou fazer. Eu só sei que ele era o homem mais bonito que eu já vi na minha vida.
— Oi... — Digo e toco no seu braço. Ele se vira para mim e me olha com surpresa. Os seus olhos verdes brilham na luz da lua e eu me perco neles.
— Oi... — Ele diz e sorri. Um sorriso encantador que me provocou um frio na barriga.
— Meu nome é Isabella... — Digo e estendo a mão.
— Leandro... — Ele sorri e aperta a minha mão.
O seu toque foi suave e firme ao mesmo tempo. Eu senti uma corrente elétrica percorrer o meu corpo.
— Prazer em conhecê-la, Isabella... — Ele disse e soltou a minha mão.
— O prazer é todo meu, Leandro...
Nós ficamos nos olhando por alguns segundos, sem dizer nada. Havia uma conexão entre nós, uma química inexplicável.
— Você quer dançar comigo? — Ele perguntou e apontou para a pista de dança.
— Claro...
Leandro me conduz pela mão até a pista de dança. Uma música lenta e romântica embala o ambiente. Ele me envolve pela cintura e eu enlaço os meus braços em volta do seu pescoço. Nós nos movemos no ritmo da música, hipnotizados pelo olhar um do outro.
— Você dança muito bem — Ele sussurra próximo ao meu ouvido, provocando um arrepio na minha pele — Quem me dera se todas as festas dessa empresa tivessem uma companhia tão agradável quanto a sua.
— É sempre tão ruim assim?
— Você não faz ideia — Leandro esboça um sorriso irônico e revira os olhos — Um monte de pessoas fingidas, tentando bajular o chefe para conseguir algum benefício.
— Foi exatamente o que pensei quando cheguei aqui. Acho que conversar com você foi a melhor parte dessa noite.
— Nisso eu tenho que concordar. Já estava quase desistindo de entrar novamente e indo embora, mas tive sorte em ser abordado por você. Acho que preciso te agradecer por tornar a minha noite mais divertida. Como posso te recompensar?
— Você disse que estava quase indo embora… — O encaro e decido seguir o conselho da Júlia. Ir embora com esse pedaço de mal caminho parece a melhor opção, ou certamente meu pai irá me obrigar a ir embora com o tal Diego. Atrevimento nunca foi o meu forte, mas só por hoje decidi arriscar — Que tal me levar com você? Estou cansada dessas pessoas e imagino que você também esteja.
— Imaginou certo, Bella — Ele sorri e me puxa pela mão — Aceita uma carona?
— Sem dúvidas. Só preciso avisar a minha amiga antes de ir.
— Tudo bem, vou me despedir de alguns amigos e te espero no estacionamento.
Leandro solta a minha mão e caminha em direção à saída, enquanto os meus olhos percorrem a multidão. Após andar entre as pessoas, encontro a Júlia conversando com um rapaz moreno, que observa atentamente o que ela diz.
— Amiga? — interrompo a conversa deles com um sorriso sem graça.
— Claro! Um minuto, Bruno, já volto. — Ela se despede do rapaz e me segue até o jardim.
— Júlia — Falo assim que chegamos ao ar livre — eu vou embora.
— Isso é óbvio, amiga, e até acho melhor. Ou seu pai dará um jeito de você ir embora com aquele loiro sem sal que estava conversando com você.
Abro um sorriso empolgado e ela me olha surpresa.
— Você não vai acreditar no que fiz.
— O quê?
— Aceitei ir com ele, Júlia. Com o Leandro.
— Tá se sentindo bem? — Ela coloca a mão na minha testa e franze a testa — Você? Sexo casual? Não acredito!
— Amiga, não seja exagerada! — Dou uma risada nervosa e balanço a cabeça — Eu só aceitei a carona. Mas isso não significa que vou para a cama com ele.
— Você tem vinte anos, Isa. — Ela revira os olhos e coloca as mãos na cintura. A música alta e as luzes coloridas do salão contrastam com o seu tom sério — Vinte anos e só transou com um homem na sua vida! Por que não se diverte um pouco?
— Você deveria me aconselhar a pedir um Uber, e não me induzir a ir para a cama com um desconhecido. Não vou ignorar seu conselho, mas também não vou prometer que vou seguir.
— Aproveite! — Ela abre um sorriso empolgado e me abraça por alguns segundos — Agora vai logo, antes que o seu pai apareça.
— Uma boa noite para você, ao lado do seu acompanhante, te mando uma mensagem pela manhã.
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Atualizado até capítulo 51
Comments
Fernanda Carvalho
Curiosa por esse romance... apostando que vou gostar!!!
2023-07-30
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