DIAS DE PAZ

BIANCA

Já fazem dois dias que estou aqui na fazenda, ainda bem que deixei roupas e alguns produtos de higiene na casa da Flavy e ela colocou uma pequena mala no carro.

estou vivendo verdadeiros dias de paz, não saio de casa não quero ser vista por nenhum funcionário amigo do Benjamin e da Bruna, A lica conseguiu para mim uma tv pequena e é com isso que estou passando o tempo, também estou aproveitando para colocar o sono em dia sinto falta na minha rotina, dos meus pacientes, da minha cama e mais ainda de falar com a Carol, mas não posso voltar agora.

O Julian é um homem frio, se eu voltar agora não sei o que ele seria capaz de fazer comigo, eu estando longe ele vai se ocupar em me procurar e vai esquecer um pouco aqueles a quem amo.

Por isso não posso ser fraca nesse momento, saudade dá e passa.

Tenho que pensar no meu futuro, não no presente, isso mesmo Bianca foca no teu futuro, estou ficando mais louca do que já sou, me dando conselho de auto ajuda.

Ainda não acredito que consegui me livrar do Julian, o que ainda está me agoniado é a falta de notícias sobre a minha família, mas acredito que estejam todos bem, ainda não consegui pensar como vou me livrar desse casamento, daquele homem.

Quando a Lica vier trazer a minha comida vou pedir o celular dela emprestado, vou ligar para Flavy, preciso saber como estão as coisas e como está a minha mãe, eu sei que a Bruna vai passar mais alguns dias no Rio de Janeiro, então não devo me preocupar já que eles andam com segurança quando estão por lá.

LICA - D. Bianca aqui está o seu almoço, desculpe a demora mas o Dedé e o Agenor estava em casa tive que despistar eles.

BIANCA - Muito Obrigada Lica, quando tudo isso acabar você será bem recompensada, Eu te prometo.

LICA - Que é isso D. Bianca eu não estou fazendo isso por recompensa nenhuma e sim para ajudar a senhora que sempre foi muito boa comigo e com a minha família, não esqueci que foi a senhora que salvou a vida do Agenor quando ele se entalou, se não fosse a sua ajuda ali o meu filho teria morrido.

BIANCA - que é isso Lica são ordens do meu ofício, eu sou uma enfermeira é o meu dever ajudar o próximo.

LICA - mesmo assim Dona Bianca eu tenho que agradecer muito a Sra.

Agenor é o meu único filho.

conversamos enquanto eu comia a lica é uma graça.

BIANCA - Lica, você poderia me emprestar o seu celular? eu deixei o meu no hospital para que não fosse rastreada.

A Lica tirou o celular dela da cintura e me entregou, liguei para Flavy mas ninguém atendeu,tentei três vezes seguidas e nada liguei para o hospital e a informação que tive é que a Flavy está de licença problemas de saúde com avó

Dona Léia é uma senhorinha de 82 anos cadeirante que cuidou da Flavy, o amor delas é lindo de ver, pena que não estou lá para poder ajudar.

Não quero ligar para minha mãe, nem para ninguém da Família eles podem está sendo rastreado pelo Julian

Aquele Mafioso pensou que me obrigando a casar com ele iria me fazer sua cachorrinha encoleirada, nunca, eu não fico com ninguém por obrigação, ele não será o primeiro, aquele Mafioso Ordinário.

Como não consegui falar, devolvi o celular para Lica, lavei o prato Como sempre faço e entrego para ela limpo, eu não trouxe nenhum cartão nem nada que alguém possa me rastrear trouxe uma pequena quantia em dinheiro, vou dar uma parte para Lica para ajudar nas compras da casa já que estou comendo nada mais justo.

BIANCA - Lica eu sei que é pouco mas é de coração para ajudar na alimentação, não posso dar apenas despesas.

LICA - A senhora sabe que com essa quantia eu consigo fazer a compra do mês, e não está dando despesa nenhuma a senhora come igual um passarinho.

BIANCA - Mesmo assim eu quero que você aceite.

LICA - Dona Bianca a senhora pode sair um pouco, indo por aqui vai dar na outra parte do Rio não é perigoso, a senhora fica o tempo todo presa aqui tem que tomar um ar, sair um pouco no sol, bem ali na frente tem uns pés de manga a senhora vai gostar é muito boa.

BIANCA - Você tem certeza Lica que não é perigoso, eu queria muito sair mas tenho medo de ser vista e reconhecida.

LICA - Tenho certeza sim, só quem anda mais por esse caminho sou eu e o Dedé, mas ele está fazendo hora extra na fábrica.

A lica pegou o dinheiro, o prato e voltou para sua casa, tranquei a porta e me deitei.

Bateu uma saudade da minha vidinha de antes, quando o meu maior problema era Amar o Diogo, se eu não tivesse enlouquecido por esse Amor que mas foi uma maldição na minha vida, Hoje eu não estaria aqui me escondendo de um Mafioso que cismou comigo.

Não sei onde o Julian me viu pela primeira vez, também não sei se ele me obrigou a fazer isso por ordens de alguém, preciso descobrir alguma coisa sobre esse homem.

Algo que eu possa usar para me livrar dele, só tenho que rezar para que nesse tempo ele não faça nem uma besteira nada que afete a minha família.

Resolvi sair um pouco, andar pelo caminho onde a lica me falou que não é perigoso, consegui chegar até os pés de manga

Quando tirei uma manga e comecei a comer, chegou um rapaz de cavalo, com uma. cara horrorosa e agora o que que eu faço?

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